Vergonha. É a melhor definição para explicar o que sinto após os deploráveis acontecimentos, no vestiário, após a derrota para o Vila Nova.
Nem quando perdemos em casa para o Paysandu, por 6 a 2, em 2006, eu senti isso. Nem quando fomos rebaixados, seja no Paulista ou no Brasileiro. Nessas ocasiões, senti tristeza ou raiva, o que é natural. E isso passa. Agora, a vergonha, essa custa passar.
Nada justifica os acontecimentos. Nem a fase ruim, nem o futebol pífio, tampouco a longa espera por títulos. Para isso, servem os apupos, os protestos. Mas tudo dentro do limite.
Não importa quem foram os (ir)responsáveis. Se é "torcedor" ou conselheiro. Vestiário é lugar para os jogadores e para a comissão técnica. E só.
As versões não batem. Uns dizem que as armas estiveram na cintura. Outros juram que elas - as armas - foram sacadas. A verdade é que, independentemente de terem ficados com as armas em punho, a situação foi gravíssima. Além do mais, o Renê Simões não teria pedido demissão apenas pela pressão. Menos ainda o Edno afirmaria que não joga mais pela Lusa se não acontecesse nada de mais grave.
Cabe à diretoria não atrapalhar as investigações, identificando os imbecis, que não terão seus respectivos nomes citados por mim, pois, pelo menos aqui, estes não encontrarão espaço. Cabe à polícia apurar os fatos e indiciar esses bandidos. E cabe à torcida apoiar a Portuguesa, seja quem for o treinador.
Aliás, o cargo já foi devidamente preenchido por quem de direito, Vagner Benazzi, que volta após 14 meses da equivocada demissão, que foi aprovada por aqueles que se julgam donos da Portuguesa, a "torcida" (des)organizada.
A vergonha passará, mais cedo ou mais tarde. Não por torcer pela Lusa. Muito pelo contrário, sempre tive orgulho de ser lusitano. O que eu tenho é vergonha de torcer pelo mesmo time dessa marginália.
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