Que o Campeonato Brasileiro está equilibrado, ninguém duvida. Que o campeão só será conhecido bem no finalzinho, também. Agora, achar que isso garante o bom nível da competição, não dá.
Desde o ano passado, quando o Grêmio não quis ser campeão e o título caiu no colo do São Paulo que, por acaso, passava por ali, não temos um time indiscutivelmente superior. O Palmeiras faz o possível para não ser campeão; o São Paulo parece que não quer a taça; Inter, Atlético Mineiro e Goiás engasgam na hora "h". O Flamengo tem mística e time pra ser campeão, porém a distância para o ponteiro é grande.
Se compararmos com o futebol praticado no outro lado do Atlântico, veremos uma diferença brutal. É raro, na Europa, um time que briga pela ponta de cima da tabela se enroscar em outro time que ocupa a outra ponta. Ser goleado, então, é algo quase surreal. Já por aqui o Palestra caiu de três ante o moribundo Náutico. Pode ser até um "acidente de percurso", mas acontece com uma frequência enorme. Isso, graças ao fato de que não há muita diferença técnica entre os ponteiros para os lanternas, exceto pelo Tricolor carioca e Sport, que já fizeram o check-in do embarque para o rebaixamento.
Faltam menos de dez rodadas e a distância do líder Palmeiras para o vice líder Atlético é de quatro pontinhos. Muito ainda está por vir e ainda não dá pra "cravar seco" um campeão. O que dá pra afirmar, sem erro, é que só haverá quem levante a taça porque alguém tem que ser.
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