quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Não se deve esconder uma lágrima

Ao longo dos anos o homem busca aperfeiçoar-se na arte da comunicação. Nos primórdios, urros, grunhidos e inúmeros gestos eram essenciais para que todos se entendessem.

Depois descobriram que poderiam representar as cenas do cotidiano através de desenhos. Foi um avanço e tanto. Daí para a escrita foi um passo.

A questão, então, era como fazer para incrementar o uso da palavra. Criamos os jornais, as revistas, a carta, o telegrama. Vieram o telégrafo, o rádio, a TV, o telefone.

Muitas ferramentas usadas na comunicação, a princípio, serviram para encurtar as distâncias. Hoje, porém, as novas modalidades de conversa, como os indispensáveis e-mails e os tão impessoais sítios de relacionamento, têm tomado o lugar do bom e velho bate-papo, do "tête-à-tête". Em alguns casos, quebram um galho danado; em outros, no entanto, tornam as relações frias, distantes, até efêmeras.

Faça o que fizer, porém, o homem não conseguirá substituir a troca de olhares, o sussurrar ao pé do ouvido, a sinceridade de uma lágrima. Lágrima, aliás, que insiste em marear os olhos deste que vos escreve. Até porque, por mais belos ou tristes que sejam os motivos para vertê-la, não se deve esconder uma lágrima.

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