O português é triste por natureza. É essa a sua essência. É do seu ser o saudosismo, tanto que a palavra "saudade" não existe em qualquer outro idioma. Não tem tradução. Não que ninguém mais a sinta, longe disso, mas que não há quem a sintetize com mais beleza, mais ternura, ah, isso não há.
A tristeza portuguesa, de tão triste, é bonita. É o principal ingrediente do fado, e como é bonito o fado. Um fado de verdade é cantado com a voz do coração. Canta-se com os olhos fechados, pois vê-se melhor assim, com os olhos da alma, e esta é capaz de enxergar além. Olhos tristes como o fado são olhos com alma!
Quando for ouvir um fado, feche os olhos e escute, apenas escute. Sinta o murmurar da guitarra portuguesa. É como uma viagem ao interior de si próprio. É a tradução mais completa e fiel do íntimo de quem ama, e quem ama chora. A lágrima é inerente ao amor, seja de alegria ou tristeza. Pessoalmente, confesso preferir esta. Não por ser mais digna, pois ambas são, mas porque é mais bonita.
A lágrima de quem sofre por amor tem algo a mais: o desejo da recompensa. Este pode se entender como esperança. E como é bonito tê-la. Como é bonito chorar por amor. Nunca, em tempo algum, se deve esconder uma lágrima, nem se deve esconder um amor pois, como disse Fernando Pessoa, "mas se isto puder contar-lhe o que não lhe ouso contar, já não terei que falar-lhe porque lhe estou a falar".
Imagens captadas na Internet
Vídeo: O Que Foi Que Aconteceu - Ana Moura (Universal Music)
Sugestão do querido professor Eduardo Viveiros de Freitas, que ainda emprestará suas linhas a este blog.
Os sentidos vão longe. Como diz a canção, "a solidão é uma canoa, navega o corpo e a alma voa além do céu e do mar. No pensamento a gente voa. Qualquer problema é coisa à toa e fica mais fácil de se amar".
Quando for ouvir um fado, feche os olhos e escute, apenas escute. Sinta o murmurar da guitarra portuguesa. É como uma viagem ao interior de si próprio. É a tradução mais completa e fiel do íntimo de quem ama, e quem ama chora. A lágrima é inerente ao amor, seja de alegria ou tristeza. Pessoalmente, confesso preferir esta. Não por ser mais digna, pois ambas são, mas porque é mais bonita.
A lágrima de quem sofre por amor tem algo a mais: o desejo da recompensa. Este pode se entender como esperança. E como é bonito tê-la. Como é bonito chorar por amor. Nunca, em tempo algum, se deve esconder uma lágrima, nem se deve esconder um amor pois, como disse Fernando Pessoa, "mas se isto puder contar-lhe o que não lhe ouso contar, já não terei que falar-lhe porque lhe estou a falar".
Imagens captadas na Internet
Vídeo: O Que Foi Que Aconteceu - Ana Moura (Universal Music)
Sugestão do querido professor Eduardo Viveiros de Freitas, que ainda emprestará suas linhas a este blog.
Lendo seu texto, de imediato recordei Fernando Pessoa *-*
ResponderEliminarSou fanática por esse poeta!
Uma agradável surpresa: Ele foi citado no fim do texto. *-*
Saudade... Como outros idiomas sobrevivem sem ela?
aushuahsuhua
Certo amigo meu (americano) passou uns tempos aqui no Brasil, e disse ter sentido saudades da palavra saudade ao retornar ao seu país... hahaha
Muito bacana!!! Tô gostando dessa nova fase do blog no qual vc está diversificando os assuntos. Muito show! Parabéns.
ResponderEliminarPS: Gostei da foto do seu perfil. Tá bem melhor que a outra.
bjus