quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O puxão de orelha foi dado



A máscara do Neymar começou a render seus dividendos: hoje ele ficou de fora da lista de convocados do técnico da Seleção, Mano Menezes. É certo como dois e dois são quatro que, na próxima convocação, seu nome voltará a aparecer, mas o fato é que o recado está dado.

Neymar foi mimado desde sempre nas categoria de base do Santos. Infelizmente, tem como empresário Wagner Ribeiro (nem sei se é com "W", mas não tem a menor importância, dado quem é), que já mostrou exercer uma influência questionável nas carreiras de outros jogadores, como Robinho e Lulinha. Por certo irão dizer que o Kaká também fazia parte do casting dele, mas ele, Kaká, tinha berço e educação diferenciada, ao contrário dos demais citados.





Neymar julga-se acima do bem e do mal, principalmente porque foi criado assim. É um pouco complicado cobrar maturidade dele, o que não significa, em hipótese alguma, que se passe a mão no seu estranhíssimo penteado a cada pisada de bola. Ele, por seu talento, já seria naturalmente visado. Com suas atitudes, então, potencializa demais o efeito da marcação adversária. Os árbitros já não caem mais no seu "cai-cai" - com o perdão do trocadilho, horroroso, por sinal - e seu jeito folgado tende a atrair mais e mais botinadas.

O fato é que, como alertou Renê Simões após o jogo da confusão, o monstro foi criado. Cabe a ele escolher o caminho que irá trilhar. Ou leva em consideração o puxão de orelha dado pelo Mano e por toda a imprensa esportiva (que está rareando) dita séria deste país e despe-se da máscara e abaixa a crista e a gola da camisa ou assume o papel lhe concedido pela frouxa diretoria santista: o de dono do time, da bola e do mundo, dando razão ao bigodudo Renê. Caso escolha esta opção, terá que arcar com o seu ônus, que geralmente é alto. E aí, provavelmente, não terá mais seu empresário-eminência parda para defendê-lo.



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