quarta-feira, 29 de junho de 2011

Azar de quem não foi

Na gelada noite de terça-feira a Lusa fez mais uma vítima, pela Série-B: o São Caetano. O time do ABC foi simplesmente triturado pelo Bacalhau Mecânico comandado pelo técnico Jorginho, por cinco golos a dois. Outra vez Edno foi o nome do jogo, marcando por duas vezes. Marcelo Cordeiro (um golaço), Ananias e Leandro Silva completaram o massacre, que já apontava 4 a 1 antes do intervalo. E olha que teve bola da baliza e golo perdido com o arqueiro entregue. Para o Azulão marcaram Giovane, que foi expulso por agressão no intervalo, e Sousa, de falta.

Mais uma vez a Portuguesa justificou a alcunha, cunhada por este que vos escreve, de Barcelusa: futebol ofensivo, de movimentação intensa, posse de bola, paciência e objetividade. Tudo bem que abrir 2-0 antes do décimo minuto facilitou, mas nem quando o adversário diminuiu o escore o panorama mudou. Lá foi a Rubro Verde tocando bola, pressionando, encurralando o oponente no seu próprio campo. E mais golos foram saindo.

A equipa de Jorginho faz o básico, o simples: com a posse de bola não se toma gol; melhor ainda: fazendo a bola correr, quem tem que marcar se cansa mais. E nem adianta colocar até nove jogadores atrás da linha da bola, como fez o oponente batido na noite de ontem, pois a bola ficará rondando a área, traiçoeira, pé por pé dos ótimos armadores da equipe, só à espreita para dar o bote. Uma hora a marcação falha. Sempre falha. Este é o be-a-bá da bola.

Dá gosto ver este time jogando bola. Pra frente, com garra, com intensidade. Com os cinco tentos anotados, já são impressionantes 25 golos em oito partidas. A se lamentar o fato de apenas pouco mais de 2 mil pessoas se dispuserem a enfrentar o frio antártico do início do inverno paulistano no gelado cimento do Canindé. Sorte deles. E azar de quem não foi.

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