segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Roda de samba e paradinhas

Saindo de casa ontem a caminho de um aniversário, fui pensando: hoje o Corinthians pode ser campeão do BR-11 caso o Vasco não ganhe o jogo lá no Rio de Janeiro. Será que no churrasco as pessoas assistirão ao jogo?

Bem, cheguei à casa da aniversariante, cumprimentei quem estava presente e já fui encher a barriga. As horas foram passando e o pensamento, após ter ficado vago por algumas horas, voltou: já vai começar o jogo e ninguém falando nada de assistir. De repente, outros convidados começaram a chegar juntamente com seus trajes em preto e branco e instrumentos. Rapidamente a movimentação começou a se tornar intensa e a televisão foi colocada no quintal. O samba começou juntamente com o jogo, tudo muito bom.

Com o passar dos minutos comecei a perceber que a atenção de todos inclusive as dos sambistas não estava totalmente voltada para o samba, mas sim para o jogo. A cada passe errado, a cada lance de gol, os presentes no quintal reagiam cada um do seu jeito: respirando fundo, criticando e até olhando para o céu e conversando com Deus.

É claro que não só corintianos ali habitavam, eu como um bom palmeirense estava lá para secar, quietinho, junto com outros palmeirenses e são paulinos. Com o gol do Liédson, o samba parou na hora para a comemoração. Porém, como a secagem para cima do Corinthians estava grande, o Vasco fez 1 a 0 no Tricolor carioca, foram as risadas maléficas dos palmeirenses e sãopaulinos.

A festa e o samba não podiam parar, por isso o jogo começou a ter trilhas sonoras. Entretanto, o samba parou com o gol de empate do time das Laranjeiras e o coro não estava mais nas letras musicais, mas sim no grito de “É CAMPEÃO”.

Os minutos foram passando e a trupe corintiana foi ficando angustiada para o jogo acabar e poder comemorar o pentacampeonato. Bom, o jogo acabou e o Corinthians venceu o Figueirense fora de casa, por 1 a 0. O que os mesmos não esperavam fora o gol do Vasco da Gama nos minutos finais da partida no Engenhão.

Vasco 2 a 1, foi a tristeza e o silêncio dos corintianos por ainda não comemorarem o título e a alegria dos alviverdes e tricolores presentes no aniversário, tudo na maior descontração.

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