E a Lusa segue desfiando seu rosário de penas (como se diz no famoso fado de Alberto Janes, imortalizado na voz da também imortal Amália Rodrigues) na temporada. Hoje foi a vez de perder dois pontos praticamente ganhos em casa, contra o Linense.
O jogo foi morno, o adversário era limitado e, mesmo assim, a Portuguesa não foi competente para ganhar. Não que tenha jogado mal, pois dominou 90% das ações. Não venceu porque, principalmente, não tem goleiro.
Rodrigo Calaça é um esboço muito mal feito de guardarredes. Foi reserva a vida toda e veio pra Lusa também para ser o regra 3. Como Wéverton, o antigo titular, resolver sair, acabou ganhando a titularidade praticamente do nada. Acontece que ele, Calaça, não tem a menor condição de ser sequer o terceiro goleiro da Portuguesa. Falhou contra Santos, Ponte Preta e Juventude. A falha contra o Linense, que custou-nos dois pontos, foi a cereja do bolo. Um bolo que pode custar caro, muito caro.
Podem dizer que ele pegou pênalti. Sim, pegou, mas eu também os pego. A grande penalidade, aliás, é o sonho de todo goleiro ruim. Se não pegar, a culpa passa-lhe ao largo. Se defender, vira herói. E Calaça esteve a um passo de virar herói na tarde deste Sábado de Aleluia. Não virou porque voltou a ser a calamidade de sempre ao sair de forma estabanada em uma bola quase morta, dando um golo de graça para o adversário.
Mesmo assim, não é dele que se deve cobrar. Afinal, o "goleiro" não tem como dar mais do que pode, ainda que seja tão pouco. A conta deve ser enviada, pois, para quem o contratou. A diretiva lusa e o técnico Jorginho são os responsáveis pela sua vinda, mesmo sabendo que ele foi reserva de gente como Harlei, no Goiás, e Magrão, no Sport.
Assim como foram eles que montaram este time medonho, que veste uma camisa igualmente tenebrosa. Uma sucessão de erros que pode culminar com um rebaixamento impensável, mas perfeitamente compreensível.
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