sábado, 23 de junho de 2012

Outro time

Ao vencer o São Paulo, no Canindé, a Lusa terminou com um incômodo jejum. Foram mais de dois anos sem vitórias em clássicos. A última vez que a Portuguesa havia vencido outro grande (Troféu Sócrates não conta) foi na estreia do Paulistão 2010, contra o mesmo São Paulo, por 3 a 1. Independentemente da fase ruim que o São Paulo atravessa, a Portuguesa teve outra cara.

O time não vinha jogando mal, embora cometesse os mesmos pecados do Paulistão. Posse de bola, muita até, mas ninguém sabia o que fazer com ela. Era um time assustado, com medo, muita transpiração e nenhuma inspiração.

Hoje, contra o São Paulo, a Lusa foi um time consistente, ciente das suas inúmeras limitações. E isso foi preponderante para vencer. Como de hábito sob o comando de Geninho, a defesa foi armada com três zagueiros, protegidos por três trincos que saem para o jogo.

A diferença estava nas peças. No gol, a segurança impressionante do Dida, que não jogava há dois anos, mas parecia estar sob a barra da Lusa desde então. No meio, o retorno de Guilherme deu outra cara ao time. Apesar dos dois meses fora, apresentou a mesma movimentação, a mesma marcação, o mesmo passe certeiro.

Dida estreou bem pela Portuguesa (Alê Cabral/AE)

Outro jogador que estreou com destaque foi o atacante Diego Viana. Mostrou presença de área, sabe sair dela para abrir espaços, aguenta porrada e, pelo visto, fede a gol. Um achado! É difícil encontrar avançados com estas características.

Claro que vitórias escondem falhas, da mesma forma que derrotas as potencializam, mas a Portuguesa mostrou uma cara que há muito não se via: de um time que venderá caro cada derrota e que lutará sempre por elas. Será campeão? Óbvio que não! Brigará na parte de cima da tabela? Também duvido, mas o clássico deste sábado é um alento para quem estava fadado apenas a lutar contra o rebaixamento.

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