Hoje, 30 de janeiro, a FIFA lançou, em evento no Rio de Janeiro, o pôster oficial da Copa do Mundo de 2014. Mais que a presença ilustre de personalidades ligados a quatro das cinco copas conquistadas pelo Brasil, uma frase no mínimo infeliz chamou a atenção. Dentre outras sandices, foi dito que "este é o momento de todos se unirem, inclusive a imprensa. O povo brasileiro não está preocupado com atraso, o povo precisa de alegria".
Quem soltou a lamentável pérola foi o ex-atacante Ronaldo, homem chamado às pressas pelo então presidente de tudo Ricardo Teixeira para dar o mínimo de lisura ao processo de realizar a festa do futebol nos superfaturados gramados tupiniquins, quando ele, Don Corleone Teixeira, perdia prestígio nos corredores do Palácio do Planalto.
É deprimente a postura do cada vez menos fenomenal bicampeão mundial sobre o trabalho da imprensa que deve sim fiscalizar, uma vez que o poder público faz vistas grossas ao que o Comitê Organizador Local, do qual faz parte, deixa de fazer.
Ronaldo, que é figura das mais carismáticas dada a sua incrível história marcada por superação (que não cabe aqui reproduzir), deveria usar seu quase intacto prestígio para batalhar para que haja o mínimo de lisura, como faz outro craque campeão do mundo, Romário, na condição de Deputado Federal.
Em vez disso, o ainda gorducho e agora empresário de marketing esportivo aparece com um discurso patético, nojento e alienado, tentando tirar o foco da roubalheira que está em curso. Segundo ele, o sentimento que vê nas ruas é de felicidade e expectativa, diferentemente do tom das perguntas feitas por esta velha mal amada, malvada e recalcada, que é a imprensa. Imaginem só, que petulância a nossa de querer cobrar!
Este blog sugere, pois, ao adiposo ex-atleta que apresente as contas para a pachecada e veja se continuará saltitante, lépida e fagueira. A não ser que seja criada por hienas, é pouco provável que siga rindo da própria desgraça ao ver seus bolsos sendo solapados.
Só elas para riem (Rajesh Pardesh/Crosby Group) |
Ronaldo como jogador, um dos maiores que vi jogar.
ResponderEliminarAgora ele é representante do comitê brasileiro, astro de programas dominicais e empresário de marketing esportivo. Só isso já mostra o contraste que explica essa opinião absurda.
Só não concordo com a parte em que você coloca que ele foi escolhido para dar lisura. Acho que não era essa a preocupação. O que Ricardo Teixeira queria era um escudo que agregasse popularidade ao processo todo.