Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. O raio pode até ser que não, mas a dignidade do quase centenário Palmeiras cai diversas vezes.
Depois do enésimo vexame protagonizado pelo Palestra Itália, este numa fria noite outonal do interior paulista, ao ser cilindrado pelo Mirassol (!) por 6 a 2, e com todos os golos anotados somente na primeira parte, cabe uma reflexão.
Não adianta colocarem a culpa no técnico Gilson Kleina, que não tem jogadores condizentes com a grandeza do chamado Campeão do Século. Não resolve trazer outros jogadores no lugar deste amontoado de pernas de pau que vestem a camisa verde e branca. Colocar a culpa na direção do clube, que acabou de assumir para tentar ajeitar o monte de bobagens que a dupla Tirone-Frizzo fez? Nem pensar.
O problema é maior, é estrutural, é de base. O Palestra está infectado até o tutano. É comandado por um bando de retrógrados das famiglie que se aboletaram nas entranhas do clube e, como uma maldição, tem que conviver com o fantasma Mustafá Contursi arrastando suas correntes pelos porões palestrinos.
As arquibancadas estão infestadas por um bando de vagabundos que, travestidos de torcedores, afugentam não só o verdadeiro palmeirense, mas principalmente jogadores que, em condições normais, pediriam para defender o clube da Turiassu.
A goleada de hoje nada mais é do que o reflexo do pandemônio no qual se transformou a política palmeirense, ainda mais potencializado após a queda à Série B do Brasileirão. O Palmeiras não precisa de um time, um técnico novo ou seja lá a medida paliativa que for. O Palmeiras precisa de um Palmeiras.
Sem comentários:
Enviar um comentário