A mãe do menino Victor Hugo Deppman, morto por um
"dimenor", foi entrevistada hoje pela manhã na Rádio Bandeirantes.
Seu filho morreu pelas mãos uma "criança" de 17 anos, que, por dois
dias, DOIS DIAS, não tinha consciência dos seus atos, segundo a arcaica
legislação brasileira. O assassino (menor infrator é o cacete), segundo consta,
tem ficha corrida, já passou pela Fundação CASA e, obviamente, não foi
recuperado.
A lei é ultrapassada? Sim, e muito, pois foi baseada
nos usos e costumes dos anos 1970, mas a qualidade dos legisladores é um
reflexo da qualidade do eleitorado, e este não muda. Aliás, muda sim, mas pra
pior.
Enquanto isso, Marco Feliciano e o preço do tomate são
os assuntos mais importantes, são as bolas da vez. Não que a causa homofóbica
(extremamente legítima) ou a questão da maconha (legítima porra nenhuma) ou qualquer outro tema populista que os valha não
tenham importância, mas perdemos o discernimento do que é prioritário.
Este é o espelho da nossa sociedade. Somos um bando de
idiotas. E não fazemos nada pra mudar. Fazemos piada de tudo, rimos feito
hienas da própria desgraça, como uma nova versão da Amélia, mas em vez de
mulher, imbecis de verdade.
Mas é normal. Afinal, a Gloria Perez ainda não escreveu
nenhuma novela sobre o tema, né?
*nem vou pedir perdão pelo palavrão. Neste caso, a licença poética cabe.
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