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Não é o primeiro desperdiçado pelo atacante e, provavelmente, não será o último. O que o difere dos demais é o momento turbulento que o expoente da geração do futebol nacional vem passando na semana que finda neste sábado.
Dentro de campo, na sapecada de 4 a 1 que o Barcelona levou do Celta de Vigo no Estádio Balaídos, foi dele o solitário gol blaugrana, quando o placar, 3 a 0, já praticamente definia o duelo. Fora dele, porém, é que o negócio está mais feio.
A Receita Federal brasileira bloqueou R$ 189 milhões do jogador, que é suspeito de sonegar cerca de R$ 63 milhões em impostos entre 2011 e 2013. O valor bloqueado corresponde ao que teria sido sonegado, acrescido de uma multa de 150%, que é aplicada quando há suspeita de dolo, fraude ou simulação. Mesmo com um patrimônio avaliado em R$ 242 milhões, o que está no nome do atacante corresponde a R$ 19 milhões. O restante está dividido entre os pais do atleta e três empresas da família.
Se o leitor reparou no período, data da época da sua nebulosa e muito mal explicada transferência do Santos para a Catalunha, quando o Peixe ficou com uma quantia módica do montante envolvido na negociação, enquanto a empresa do pai dele teria abiscoitado a bagatela de U$ 40 milhões. Lembre-se que o então presidente do Barcelona, Sandro Rosell, é um velho companheiro de Ricardo Teixeira, capo di tutti capi do futebol brasileiro até outro dia e igualmente sujo feito pau de galinheiro. Rosell era o todo-poderoso da Nike quando a empresa fechou o contrato de patrocínio com a CBF. Ou seja, o negócio não é para amadores.
Obviamente, o que existe é uma suspeita de que existam irregularidades, e deve ser tratada como tal, sem julgamento prévio e com todo espaço para a defesa da parte acusada. Ainda assim, mesmo que o cidadão Neymar não tenha envolvimento direto em alguma eventual tramoia, como alegam seus advogados, é impossível dissociar o atleta, que é admirado e tem milhões de fãs, do CNPJ de suas empresas.
Final do Mundial de Clubes de 2011, quando o Barcelona já havia pago parte da transferência de Neymar (Yuriko Nakao/Reuters) |
Obviamente, o que existe é uma suspeita de que existam irregularidades, e deve ser tratada como tal, sem julgamento prévio e com todo espaço para a defesa da parte acusada. Ainda assim, mesmo que o cidadão Neymar não tenha envolvimento direto em alguma eventual tramoia, como alegam seus advogados, é impossível dissociar o atleta, que é admirado e tem milhões de fãs, do CNPJ de suas empresas.
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