CONVERSA FIADA Para o bem do jogo? |
Ora muito bem! O trinitário foi um dos presos pelo FBI no
congresso da FIFA (o Marin das medalhas também estava lá, se lembram?) Para
amenizar um pouco o tamanho da porrada, Warner prometeu colaborar com as
investigações, naquele sistema tão familiar a nós, a delação premiada. Aí,
amigo, não tem perdão.
Charles Blazer, norte-americano ex-secretário geral da
Concacaf quando esta era presidida por Warner, seu parceirão de tramoias, foi
banido no início de julho após tornar-se o principal delator do esquema. O
glutão Chuck, de 70 anos, foi preso pelo FBI e também caiu na malha fina da receita
americana. Aí era escolher entre entregar os parceiros ou ir para a cadeia por até 75 anos.
Fácil, né?
Outro expurgado pelo íntegro e arauto da moralidade Comitê
de Ética foi o catariano Mohammed Bin Hammam, que presidiu a Federação Asiática
de Futebol e foi parceiro de longa data (e de longa ficha) da dupla
Blatter/Havelange. Até que resolveu disputar a eleição à presidência da FIFA
contra Blatter, em 2011. Com o cofre cheio e com igual disposição para agradar os
delegados votantes no pleito, Bin Hammam era uma ameaça real ao império de Blatter à frente do
grande negócio futebol. Aí teve sua candidatura impugnada e foi expulso pela
ética entidade. "Pelo bem do jogo".
Jack não caiu porque roubou. No mundo secreto da FIFA isso não tem a menor
importância. Ele caiu porque foi descoberto. Este foi seu pecado. A FIFA é
mafiosa e funciona como tal: admite muita coisa, mas traição, não.
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