FREGUÊS PREFERENCIAL Douglas Costa (à dir) marcou seu segundo gol pela Seleção Brasileira, o segundo contra o Peru (André Mourão/MoWA Press) |
A atuação do Brasil na vitória sobre o Peru, se esteve longe de
ser primorosa, não deu espaço para sustos. Tá certo que o adversário é uma
piada, o que não permitiu trocadilhos do tipo "o Peru tá começando a
crescer", mas o fato é que, mesmo sem lá muita convicção, Dunga pode ter,
finalmente, encontrado uma formação equilibrada.
Sem um camisa 9 de
ofício trocando cotoveladas na área (e pela falta de jogadores para disputar
com o santista Ricardo Oliveira a função), o Brasil jogou com Neymar um pouco
mais à frente, mas tendo a companhia de dois jogadores abertos (William e
Douglas Costa, o melhor em campo), o que não o sobrecarregou.
No meio, Elias e Renato
Augusto aproveitaram o entrosamento que têm no clube e, como não tinha quem
marcar, Elias pôde até sair para ajudar na armação, deixando a função de cão de
guarda a cargo do Luiz Gustavo, que não foi o ladrão de bolso furado (rouba
aqui e perdi ali) que é de costume. Como tudo deu certo até antes do jogo, a expulsão
idiota de David Luiz no empate com a Argentina abriu espaço para a entrada de
Gil. Se Dunga for minimamente esperto, o cabeludo peladeiro não volta mais ao
time titular.
Vale repetir que o
adversário não exigiu o mínimo esforço para ser batido e não houve brilho por
parte da Seleção, muito também pela atuação abaixo da crítica do – sabe-se lá
por quê – capitão. Se Neymar estivesse em um dia normal, a vitória por 3 a 0 seria
ainda acachapante.
Resta saber se, em caso
de adversários mais duros que o Peru (viva os trocadilhos), Dunga manterá o
desenho tático e as funções desempenhadas em campo. Na sua volta ao comando da
equipe nacional, ele venceu apenas Peru e Venezuela em partidas oficiais, na
Copa América e nas Eliminatórias. E não convenceu em nenhum destes jogos.
Sem comentários:
Enviar um comentário