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Mas é exatamente este o tamanho europeu do atual Benfica. Não adianta nada ser um tubarão em Portugal se, para além das fronteiras, não passar de um carapau. Já são três temporadas seguidas sem superar a fase de grupos, que irrompeu apenas três vezes nesta década, na qual a presença não falhou uma vez sequer. E são apenas quatro vitórias nos últimos 20 jogos, contando uma edição com seis derrotas.
O empate que ditou a eliminação da edição 2019-2020, por si só, nem é um descalabro. Afinal, na Alemanha, foi a primeira vez que o Benfica pontuou pela competição. Havia perdido os 11 jogos anteriores. O que faria prever uma situação diferente hoje?
Abrir 2 a 0 aos 60 minutos poderia supor a quebra de tal escrita, além de deixar os Encarnados às portas das oitavas-de-final, bastando vencer o Zenit em casa na última rodada do grupo. Mas aí pesou a inexperiência de Bruno Lage em jogos deste calibre. Foram três substituições após o minuto 80, sendo duas equivocadas e a terceira após o 2 a 2, quando mais nada havia a fazer.
Bruno Lage, que colocou o Benfica na fase de grupos ao protagonizar a improvável arrancada da época passada, errou desde o primeiro jogo da liga milionária. Escolheu jogadores errados, escalou como titulares quem sequer ficava no banco de reservas nos jogos anteriores e, esta noite, mandou a campo o avançado Caio Lucas quando a prudência mandava Florentino entrar, já que o RB Leipzig agigantou-se ao diminuir o placar ante uma equipe animicamente morta em campo, e ainda com seis minutos a contar nos acréscimos.
O jogo, mesmo, seguiu o roteiro que poderia ser comum e aceitável caso o Benfica não dependesse desesperadamente de vencer para seguir vivo. O time fechado, organizado e contra-atacando quando podia, ao passo que os donos da casa chegavam e desperdiçavam tantas quantas chances foram criadas.
E assim foi até os 82 minutos, com 2 a 0 a favor porque Bruno Lage não inventou ao lançar no 11 jogadores menos utilizados n'outros jogos, como Tomás Tavares, Jardel e Gedson Fernandes. André Almeida, por exemplo, fez sua estreia nesta edição, e teve mais ações defensivas que a soma de Tavares nos jogos em que atuou. Até que Lage começou a promover as trocas.
Raúl De Tomas, que acabara de entrar no lugar de Carlos Vinicius, quase fez um gol antológico do meio-campo, o que segurou o ímpeto do Leipzig por oito minutos. Esse foi o tempo em que os da Saxônia ficaram sem incomodar, o suficiente para baixar a guarda benfiquista e a desgraça se desenhar na Red Bull Arena Leipzig a partir do início dos acréscimos de nove minutos de intenso terror para os encarnados.
Raúl De Tomas, que acabara de entrar no lugar de Carlos Vinicius, quase fez um gol antológico do meio-campo, o que segurou o ímpeto do Leipzig por oito minutos. Esse foi o tempo em que os da Saxônia ficaram sem incomodar, o suficiente para baixar a guarda benfiquista e a desgraça se desenhar na Red Bull Arena Leipzig a partir do início dos acréscimos de nove minutos de intenso terror para os encarnados.
Quando foi preciso fazer a leitura correta da partida, Lage falhou com louvor. Primeiro, colocando De Tomas para executar o mesmo papel de Carlos Vinícius. O touro que segurava os defensores na área dando lugar a um avançado altamente técnico, mas pouco combativo, o que fez que a troca não surtisse o efeito desejado. Pizzi, melhor homem em campo, saiu para ser rendido pelo desastroso e injustificável Caio Lucas, que nem vinha sendo relacionado e, de repente, apareceu entre as opções. Ao entrar, o camisa 7 deixou o lado direito, onde Pizzi e André Almeida controlavam o jogo na medida do possível, como uma autêntica autoban, por onde o porsche alvirrubro atropelou o adversário sem a menor dificuldade. Em vez dele, se era para ter em campo um jogador que agredisse o adversário, Lage poderia ter feito entrar Gedson Fernandes, jogador com mais argumentos para fazer a função, mas que estava, por opção do mister, a ver o jogo das tribunas. Ou manter Pizzi, o melhor e mais lúcido benfiquista em campo, colocando Florentino no lugar Chiquinho, que se arrastava.
Ao fim e ao cabo, a sensação que ficou é que, caso Bruno Lage desse à Liga dos Campeões a importância que merecia e mandasse a campo um time sem invencionices e com os melhores disponíveis a cada jogo, o Benfica teria chegado à Alemanha podendo até perder e ainda teria a chance de garantir a classificação na última jornada.
Para deixar de ser o Bate Borisov que fala Português e assumir a tal dimensão europeia que tanto se orgulha de ter, há de ser mais ousado no mercado, contratando pés e cabeças qualificadas e experimentadas para segurarem o rojão que os verdes anos dos recém-promovidos do Seixal não permitem fazê-lo.
Não adianta planear chegar às finais com uma equipa cuja base vem do Seixal se, à primeira investida mais forte, perde os valores que mais se destacam. E só há duas maneiras de se fazer isso: pagando salários que permitam segurar os melhores jogadores; e tendo um projeto desportivo ambicioso, e que funcione na prática, coisa que o Benfica não tem.
Vlachodimos: prolongou o sonho com defesas monumentais;
André Almeida: por que diabos não jogou antes?
Rúben Dias: o futuro melhor zagueiro do mundo mostrou por que ainda não é o melhor zagueiro do mundo ao cometer o pênalti que originou o primeiro gol alemão;
Ferro: por que diabos não jogou antes?
Grimaldo: renovou contrato essa semana. Por quê, meu Deus? Por quê?
Gabriel: fez o que podia, mas tem podido cada vez menos;
Taarabt: atuação de gala enquanto teve fôlego. Participou dos dois gols;
Pizzi: alguns já se recusaram a deixar o relvado. O Pizzi poderia ter feito o mesmo (Caio Lucas: é o menos culpado por estar em campo quando deveria estar no Benfica-B, isso se devesse estar);
Cervi: o Rafa só volta em fevereiro, né? (Jota: pfff!);
Chiquinho: esteve abaixo, mas ainda abaixo faz mais que o Caio Lucas. Suspeito que também assim era quando estava lesionado;
Carlos Vinícius: queimou minha língua pela nona vez, mas vai errar passes em contragolpes assim lá na...(Raúl De Tomas: ah, se aquela bola entra...)
Bruno Lage: só de reclamações, caberia aqui um texto maior que este.
Para deixar de ser o Bate Borisov que fala Português e assumir a tal dimensão europeia que tanto se orgulha de ter, há de ser mais ousado no mercado, contratando pés e cabeças qualificadas e experimentadas para segurarem o rojão que os verdes anos dos recém-promovidos do Seixal não permitem fazê-lo.
Não adianta planear chegar às finais com uma equipa cuja base vem do Seixal se, à primeira investida mais forte, perde os valores que mais se destacam. E só há duas maneiras de se fazer isso: pagando salários que permitam segurar os melhores jogadores; e tendo um projeto desportivo ambicioso, e que funcione na prática, coisa que o Benfica não tem.
Vlachodimos: prolongou o sonho com defesas monumentais;
André Almeida: por que diabos não jogou antes?
Rúben Dias: o futuro melhor zagueiro do mundo mostrou por que ainda não é o melhor zagueiro do mundo ao cometer o pênalti que originou o primeiro gol alemão;
Ferro: por que diabos não jogou antes?
Grimaldo: renovou contrato essa semana. Por quê, meu Deus? Por quê?
Gabriel: fez o que podia, mas tem podido cada vez menos;
Taarabt: atuação de gala enquanto teve fôlego. Participou dos dois gols;
Pizzi: alguns já se recusaram a deixar o relvado. O Pizzi poderia ter feito o mesmo (Caio Lucas: é o menos culpado por estar em campo quando deveria estar no Benfica-B, isso se devesse estar);
Cervi: o Rafa só volta em fevereiro, né? (Jota: pfff!);
Chiquinho: esteve abaixo, mas ainda abaixo faz mais que o Caio Lucas. Suspeito que também assim era quando estava lesionado;
Carlos Vinícius: queimou minha língua pela nona vez, mas vai errar passes em contragolpes assim lá na...(Raúl De Tomas: ah, se aquela bola entra...)
Bruno Lage: só de reclamações, caberia aqui um texto maior que este.
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