Chega ao final a carreira mais vitoriosa do futebol brasileiro pós-Pelé. Ronaldo, enfim, parou. Não vou ficar enumerando os feitos deste, merecidamente, Fenômeno. Isto vocês verão e ouvirão aos montes por aí.
Ronaldo entrou para o panteão dos craques do esporte, assim como Boris Becker, Alan Prost, Magic Johnson, Robert Scheidt. Raros são os que atingem tal status.
Entre erros e acertos, o saldo é positivo. É possível que não tenha sabido gerenciar sua carreira fora dos campos, quando deixava de treinar para cumprir compromissos com patrocinadores. No entanto, enquanto esteve no auge não houve no mundo, exceto por Zidane, outro caso à parte, quem fizesse frente ao hoje grosseiramente gordo atacante.
Há de haver quem diga que ele não soube a hora de parar. Mas quem é que saberia, a não ser o próprio? Não foram poucas as vezes em que estava decretado o seu final. Ele, Ronaldo, estava acabado para o futebol quando arrebentou o joelho, ainda na Internazionale. Era apenas o primeiro jogo após longa recuperação da primeira cirurgia. Teimou, voltou e brilhou na Copa de 2002.
Excesso de peso e escândalos marcavam sua vida extra-campo, quando resolveu voltar ao Brasil. Chegou no Corínthians e comandou duas conquistas do Alvinegro, em 2009. Não foi o suficiente para voltar à Seleção e disputar a Copa de 2010, mas não acredito que poderia fazer mais do que fez em 2006, já fora de forma.
Quem fez tanto pelo futebol não merecia o tratamento que recebeu de um bando de vagabundos que não representam, absolutamente, a torcida corintiana. O futebol do Brasil deve muito a ele e não seriam meia dúzia de bandidinhos que mudariam isso.
Se eu torcesse pela Seleção, estaria agradecendo por tudo o que ele fez. Como não é o caso, agradeço por algo bem maior: o exemplo de superação. Obrigado, Ronaldo.
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