segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Temos a nossa escória

Aconteceu de novo. Domingo, após a derrota para o São Paulo, o meia Héverton foi ameaçado por dois elementos nas dependências do Canindé.

Versões distintas já apareceram na imprensa: um diz que eram conselheiros; outro, que tratavam-se de torcedores a mando de um conselheiro, citando nome e sobrenome do sujeito. Não o farei, pois aqui este tipo de canalha não tem espaço.

Mais uma vez, a imprensa erra ao classificar como torcedores os que acossaram o médio luso. A exemplo do que houve no Corínthians, são bandidos, são escória e deveriam estar distantes das bancadas por absoluta inaptidão de respeitar o direito alheio.

Cabe, entre tantas perguntas, uma em especial: qual o pecado cometido pelo atleta? Salvo raríssimas exceções, o jogador procura o melhor lugar para se trabalhar. Vai aonde paga-se melhor, oferece-se as melhores condições de trabalho e onde tem perspectivas de conquistas. E este, perdoem-me os adeptos lusos, não é o caso da Portuguesa há muito tempo. Ao torcedor cabe, pois, o amor ao clube e ao atleta, o profissionalismo. Ponto.

Além do mais, a indignação é algo íntimo, pessoal. Ao agir em bando, o sujeito torna-se ou massa de manobra ou covarde. Ou, como no caso, os dois. Agora a Lusa corre o risco de perder alguns mandos de campo, como é praxe. A exposição negativa do nome Portuguesa de Desportos está causada,  graças a estes idiotas que se julgam donos do clube. Desculpem o lugar comum, mas quando o ladrão está do lado de dentro não adianta passar o trinco. Sem os mandos, a missão de se classificar entre os oito (!) ficará mais difícil, e estes imbecis não se responsabilizarão, como também é praxe.

Enquanto isso, após o aumento concedido pelo Legislativo, um vereador da Capital paulista passou a custar mais caro que um deputado federal, demandando R$114.800,00 mensais ao erário municipal. Como é corriqueiro neste país-tropical-abençoado-por-Deus-e-bonito-por-natureza, ninguém esperneou. Assim, a frase cunhada pelo grande Rui Barbosa está a cada dia mais atual, afinal, cada povo tem o governo que merece.

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