quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O não-jogo de ontem

Ontem Brasil e Argentina resolveram ofender o futebol. Nem o mais crítico dos torcedores esperava algo tão ruim, ainda mais se tratando de duas maiores escolas do futebol mundial. É difícil escrever sobre um jogo que não houve. Aliás, houve, mas aquilo lá não pode ser chamado de futebol.

Como é praxe nos jogos da seleção do Mano, uma ou outra jogada individual, incluindo a carretilha do ótimo Leandro Damião que acabou na trave. No mais, um time inteiramente dominado no primeiro tempo, montado com um meio de campo formado por jogadores que nunca deveriam passar perto da camisa da Seleção. Neymar apanhava um pouco e caia muito, Ronaldinho Gaúcho jogava o que sempre (ou nunca) jogou com a camisa amarela e Leandro Damião só via a bola de longe. Lucas, que poderia mudar o panorama do jogo, passou o tempo todo ao lado do convocador, no banco.

Pode-se alegar que só estiveram em campo os jogadores que atuam no país, mas o mesmo caso se aplica a nuestros hermanos, e a diferença é que, enquanto o Brasil contou com algumas estrelas, a Argentina não pode contar com seus dois principais jogadores, Veron e Riquelme, que estavam lesionados. No mais, um bando de jogadores esforçadíssimos que são o retrato fiel de um futebol falido financeiramente.

O não-jogo foi válido pela Copa Nicolas Leoz, antiga Copa Roca. A princípio torci o nariz para a homenagem a um dirigente tão danoso, ainda mais em se tratando de um torneio que já teve gente do nível de Sívori, Pedernera, Pelé e Didi. No entanto, após o desfutebol de ontem, não só aceito como concordo. Afinal, como se diz em Portugal, pra quem é, bacalhau, ou melhor, Nicolas Leoz basta.

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