domingo, 18 de setembro de 2011

Sem sal e sem açúcar

* por Thiago Albino


No estádio Mario Kempes, em Córdoba, na última quarta-feira, jogaram as duas seleções de maior rivalidade mundial, por que não? Ambas só convocaram jogadores que atuam no próprio país, e claro, a Argentina veio com um elenco onde não tinha um jogador de destaque.

Como o Brasil é o país do futebol, seria estranho se a amarelinha não entrasse em campo com pelo menos um grande talento. Por isso, por falta de um, entraram dois: Ronaldinho Gaúcho, aquele que sempre fica devendo com o manto verde e amarelo, mas joga bem nos clubes por onde passa, e Neymar, a grande jóia brasileira, o que pode vir a ser melhor que Ronaldo “fenômeno”, segundo alguns comentaristas esportivos, que agora não vem ao caso.

É engraçado usar esse titulo se tratando de seleção brasileira. Mas, o que ficou no Superclássico entre Argentina x Brasil foi isso: um jogo sem tempero, sem aquela velha emoção que se sentia quando a canarinho entrava em campo, onde o placar foi um misero 0x0.

Enfim, com essa renovação entre os jogadores, fiquei esperançoso e ansioso para ver os jogos da Seleção Brasileira e o velho futebol arte de volta, o que não acontecia de 2003 até 2010. Agora, se for para a seleção jogar do jeito que está, chama o Zico, Rivelino, Bebeto, Romário que eles darão conta do recado.

O time não tem jogada trabalhadas, não tem ofensividade, joga o básico, com medo de errar. Por isso admiro Leandro Damião, um rapaz de personalidade, que arrisca, joga sem medo. Apesar de achar que o Borges também mereça uma chance.

Procuro entender porque o moço de Passo do Sobrado, no Rio Grande do Sul, não coloca o Lucas como titular, nem se quer o coloca para jogar 30 minutos das partidas. Convoca jogadores que não acrescentam em nada, só estão lá pelo nome: Ronaldinho Gaúcho, Kleber, Robinho e por ai vai.

Portanto, abra o olho Mano Menezes, senão você irá ver a Copa do Mundo de 2014 sentado no sofá da sala tomando chimarrão.

*Thiago Albino, 20 anos, é estudante de Jornalismo.

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