terça-feira, 15 de novembro de 2011

Às armas, pois, Portugal!

Às armas, Portugal! Portugal está apurado à fase final da Eurocopa. A decisão foi nesta terça, 15, no estádio da Luz, diante de 60 mil patrícios. E com uma atuação para espantar qualquer dúvida quanto ao poderio da Selecção das Quinas: um inapelável 6 a 2 contra a perigosa seleção da Bósnia, com Cristiano Ronaldo e Helder Postiga a bisar e Nani e Miguel Veloso completando o escore.

Como era de se esperar, o jogo não foi dos mais tranquilos. Só ficou ao gosto português quando a Bósnia ficou reduzida a 10 homens, instantes após Ronaldo apontar, em grande estilo, o terceiro golo português. Ainda assim, a Bósnia voltou a discutir o apuramento quando diminuiu para 3 a 2. A partir daí a então perdulária equipa de Paulo Bento cilindrou o adversário, com três golos.

Agora que o purgatório da repescagem está superado, cabem algumas considerações: Portugal precisa de um guardarredes mais confiável que Rui Patrício, Ricardo Carvalho tem que voltar o quanto antes e Cristiano Ronaldo tem, sim, condições de ser o ponto de desequilíbrio da equipa, que marca presença pela sétima vez consecutiva na fase final dos grandes torneios que disputa: Copa do Mundo e Eurocopa.

A baliza lusa passa por uma situação curiosa. Eduardo, que deveria ser o dono da posição, é apenas suplente do brasileiro Artur no Benfica. Assim está em desvantagem na disputa com o leonino Rui Patrício. Acontece que o guardarredes do Sporting não tem tido atuações seguras, o que pode por a termo as chances lusitanas. Uma solução passaria pela volta do bracarense Quim à equipa, mas este não goza da confiança  dos portugueses.

Outro ponto fraco de Portugal é a defesa,  fragilizada após o afastamento do titular indiscutível Ricardo Carvalho, que foi suspenso por um ano pela Federação Portuguesa de Futebol. Cabe aí uma reaproximação, promovida pelo capitão Cristiano Ronaldo, colega de Carvalho no Real Madrid, ou mesmo por José Morinho, que tem prestígio junto à FPF.

No mais, Paulo Bento parece não ter problemas. Tem dois laterais de qualidade para a direita (Silvio ou João Pereira), quem têm a oferecer mais que os antigos internacionais Paulo Ferreira e Bosingwa; o melhor defesa-esquerdo do mundo, Fábio Coentrão, três trincos de muita qualidade, que são Miguel Veloso, Raul Meireles e Thiago, além de João Moutinho, Nani, Carlos Martins e Danny, que são excelentes ganchos a serviço da Equipa Nacional. Hélder Postiga mostrou-se decisivo, mais que Hugo Almeida, e até Nuno Gomes ainda pode sê-lo.

Sobre Cristiano Ronaldo, este está jogando como nunca, seja com a camisola merengue ou com a encarnada. Faz golos de todos os tipos, serve os companheiros e criou, graças a seus últimos treinadores, um senso de grupo que não tinha. Finalmente está pronto para ser o condutor, no relvado, da nau lusitana.

Às armas e às glórias, Portugal.

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