* por Vinicius Carrilho
Neste final de semana, alguns brasileiros puderam começar a
acompanhar a reta final de um dos campeonatos mais emocionantes do mundo. Uma
competição que todos os anos conta com vários favoritos ao título e que
geralmente é decidida apenas na última rodada. Falo da sempre agradável
J-League, o campeonato japonês.
Falando em linhas gerais, a J-League se destaca por ser um
campeonato de “gente da gente”. Durante 90 minutos, o espectador pode ser
surpreendido por lances geniais ou por jogadas patéticas, dignas daquela pelada
com os amigos no final de semana. Além disso, é uma oportunidade para rever aquele
jogador brasileiro sumido, que você achava até que tinha desistido da
profissão.
Em 2012, o campeonato caminha para mais um final
emocionante. Restando quatro jogos, a liderança da competição é do Sanfrecce
Hiroshima, com 55 pontos, seguido pelo Vegalta Sendai, com a mesma pontuação,
mas em desvantagem nos critérios de desempate. Correndo por fora aparece o Urawa
Reds , com 49 e o Shimizu
S-Pulse, com 48 pontos ganhos. Lembrando que o campeão japonês tem vaga
garantida no Mundial de Clubes da FIFA e, pelo chaveamento, pode enfrentar o
Corinthians na semifinal da competição.
A
partida transmitida para o Brasil neste final de semana foi o embate entre
Júbilo Iwata × Vegalta Sendai, jogo terminado em 1 a 1. Apesar de ser o segundo
colocado da competição, o time de Sendai parece ser bem limitado e, caso seja o
campeão, não deve trazer problemas no torneio mundial. De caras conhecidas do
torcedor brasileiro, a equipe conta com o meio-campista Deyvid Sacconi , que
teve passagem pouco marcante pelo Palmeiras, além do atacante Wilson, que
nenhuma saudade deixou no torcedor do Corinthians, mas que, pasmem os senhores,
é o terceiro colocado na artilharia da J-League, com 12 gols marcados.
Os
jogos do campeonato japonês acontecem na madrugada de sexta para sábado e podem
ser vistos no Brasil por inúmeros links na internet, além da NHK, TV estatal
japonesa que transmite as primeiras e últimas rodadas do torneio, geralmente às
3 horas. Esta última está disponível apenas em algumas operadoras de TV por
assinatura.
Para
quem gosta de futebol, mas tem insônia; acabou de chegar da noitada; está de
bobeira em casa; quer dar risada; revoltar-se por não ter apostado na carreira
de jogador; acompanhar um possível adversário do seu time no mundial; ou apenas
quer curtir aquele futebol despretensioso, onde a técnica é artigo de luxo, a
J-League é uma grande pedida.
* Vinicius Carrilho tem 21 anos, é estudante (quase formado)
de Jornalismo, morador de Osasco e gostaria de ganhar a vida
fazendo humor, mas escreve melhor do que conta piadas.
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