* por Douglas Sato
O pesadelo da Série B do Campeonato Brasileiro que
atormentou o Palmeiras desde a conquista da Copa do Brasil de 2012 poderá se
tornar realidade ao término deste nacional. A agremiação com maior currículo de
títulos do futebol nacional segue lutando, sobrevivendo, mas ao que tudo indica
terá um final trágico. Em 2013 o clube, octacampeão do Brasileiro (quatro são
presente da CBF), poderá jogar ao lado de ABC, CRB, ASA, Guarani, Paraná,
Ceará, entre outros.
O rebaixamento de um grande clube é traumático, causa dor,
revolta e profundas mudanças. Num momento assim não existem vítimas, apenas
vilões. Desde o maior ídolo em campo até mesmo aquele jogador que apenas compõe
o elenco, todos são culpados, sem exceção.
O Palmeiras está praticamente rebaixado. De novo! O calvário
já havia acontecido em 2002 e agora parece que se repetirá, coincidentemente
dez anos após o primeiro. É triste ver um gigante indo à lona, mas é preciso
aceitar, sobretudo quando o clube não se ajuda.
Não vou argumentar em cima de um possível rebaixamento, o
qual parece ser inevitável, mas não se consumou ainda. Vou falar sobre este
Alviverde que enche sua torcida que canta e vibra de vergonha e que pensa de
forma provinciana e muito pequena há anos.
Rebaixado ou não, o Palmeiras precisa fazer uma limpeza
geral no clube. Nem que isso custe mais um ano de sofrimento e angústia para a
torcida. Essa mudança é inevitável. Ou se faz isso ou o clube seguirá assim,
frágil e dependente de um sopro de esperança e sorte (e uma parceria) para
buscar um caneco.
Qualquer mudança para 2013 passa pela dispensa do jogador
Valdívia. Não falo isso jogando a culpa da degola exclusivamente do chileno.
Defendo, sim, a dispensa do camisa 10 como um sinal de que o Palmeiras iniciará
um novo tempo.
O clube precisa retomar o respeito pelo seu manto e pela
hierarquia dentro do clube. Valdivia não só desrespeita a camisa e a torcida do
Palmeiras como também não respeita a hierarquia interna. Já bateu boca com o
presidente, com o diretor, com o treinador... Num clube em que tudo pode. Um
erro...
Como já disse aqui, diante de um rebaixamento ou de uma
campanha vexatória como a cumprida no atual nacional não existem vítimas, nem
mesmo o torcedor, que fez com que o time tivesse que jogar a partida de vida ou
morte diante do Coritiba em Araraquara. Todos são violões, sem exceção. Então
não se esqueçam de Felipão, que abandonou o barco e de Wesley que, apesar de
machucado e fora de combate, não pode ficar alheio a todo esse trauma que o
alviverde vive nesta reta final da temporada.
O Palmeiras está garantido na próxima Libertadores, afinal
ganhou a traiçoeira Copa do Brasil. Se rebaixado, o que fazer: formar um time
para disputar o torneio continental e a Série B? Ou formar um time com cara de
Segunda Divisão, bem mais barato e condizente com a realidade, para disputar o
principal torneio do continente?
Essas são apenas algumas dúvidas que já pressionam os
dirigentes alviverdes. Sem contar que o iminente rebaixamento deixará também
muitos craques longe do Palestra Itália. A fuga do Palmeiras da degola é
possível, mas ao que tudo indica é improvável. Espero que esteja errado, mas é preciso
que o Palmeiras me prove o contrário, o que eu duvido.
* Douglas Sato tem 23 anos, é músico e estudante de Jornalismo
(nesta ordem) e, nas horas vagas, é imitado pela dupla Cesar Menotti e Fabiano.
(nesta ordem) e, nas horas vagas, é imitado pela dupla Cesar Menotti e Fabiano.
O Palmeiras cairá por méritos. A diretoria não levou a competição nacional a sério e achou que a qualquer momento o time poderia se impor através de sua camisa. É lamentável para o futebol Paulista ter um de seus grandes protagonistas fora da elite do futebol Brasileiro.
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