*por Vinícius Carrilho
O ano de 2012 passou, o mundo não acabou, já estamos em 2013
e em meio ao período de especulações, o torcedor aguarda ansiosamente o início
do Campeonato Paulista, que marca o fim da abstinência desta droga chamada
futebol.
No manual de conduta do torcedor, o torneio estadual, quando
não é vencido pelo seu time, passa a ser menosprezado e criticado. Já quando
sua equipe do coração é a vencedora, aquele campeonato passa a ser o maior do
planeta. Porém, todos sabemos que não há um torcedor de verdade que não goste
do estadual. Até aquele que critica, na verdade, gosta, pois todo aquele ódio,
lá no fundo, é um amor não assumido.
Neste ano, o Santos, na teoria, larga como grande favorito
ao tetracampeonato, já que São Paulo, Palmeiras e Corinthians, outros naturais
candidatos ao título, dividem suas atenções com a Copa Libertadores da América
desde o meio da competição. Já a equipe da baixada, que está fora do torneio
continental, disputará a Copa do Brasil, porém essa, reformulada, só terá
início em abril, quando o Paulistão estará em suas rodadas finais da fase de
classificação.
Se pelos grandes o estadual acaba sendo desprezado, o
torneio tem a dimensão de uma Copa do Mundo para as equipes do interior, que
veem ali uma forma de ganhar dinheiro nos poucos meses em que estão sob os
holofotes da grande mídia.
Em 2013, vindos da Série A2, aparecem o tradicional União
Barbarense, dirigido pelo jovem e promissor Moisés Egert, atual treinador
campeão da Copa Paulista de Futebol; o Atlético Sorocaba, com sua boa estrutura;
o São Bernardo FC, que quer mostrar serviço após o rebaixamento em 2011; e o
Penapolense, estreante na competição e que há alguns anos vem sendo
administrado de forma exemplar por Nilso Moreira, seu presidente.
A bola começa a rolar nos gramados de todo o estado no dia
19 de janeiro e o grande campeão será conhecido no dia 19 de maio. Neste
período, veremos muita comemoração por parte de vencedores, menosprezo por
parte de perdedores e inúmeras matérias falando da “festa do interior”, com a
trilha musical de Elba Ramalho, cada vez que um interiorano vencer o chamado
“time grande”. Esse é o cenário de mais um amado, odiado e esperado Campeonato
Paulista.
* Vinicius Carrilho tem 21 anos, é jornalista,
morador de Osasco e gostaria de ganhar a vida
fazendo humor, mas escreve melhor do que conta piadas
e teve a petulância de escrever o primeiro post de 2013.
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