quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Campeonato Paulista: amado, odiado e esperado por todos


*por Vinícius Carrilho

O ano de 2012 passou, o mundo não acabou, já estamos em 2013 e em meio ao período de especulações, o torcedor aguarda ansiosamente o início do Campeonato Paulista, que marca o fim da abstinência desta droga chamada futebol. 

No manual de conduta do torcedor, o torneio estadual, quando não é vencido pelo seu time, passa a ser menosprezado e criticado. Já quando sua equipe do coração é a vencedora, aquele campeonato passa a ser o maior do planeta. Porém, todos sabemos que não há um torcedor de verdade que não goste do estadual. Até aquele que critica, na verdade, gosta, pois todo aquele ódio, lá no fundo, é um amor não assumido.

Neste ano, o Santos, na teoria, larga como grande favorito ao tetracampeonato, já que São Paulo, Palmeiras e Corinthians, outros naturais candidatos ao título, dividem suas atenções com a Copa Libertadores da América desde o meio da competição. Já a equipe da baixada, que está fora do torneio continental, disputará a Copa do Brasil, porém essa, reformulada, só terá início em abril, quando o Paulistão estará em suas rodadas finais da fase de classificação.

Se pelos grandes o estadual acaba sendo desprezado, o torneio tem a dimensão de uma Copa do Mundo para as equipes do interior, que veem ali uma forma de ganhar dinheiro nos poucos meses em que estão sob os holofotes da grande mídia.

Em 2013, vindos da Série A2, aparecem o tradicional União Barbarense, dirigido pelo jovem e promissor Moisés Egert, atual treinador campeão da Copa Paulista de Futebol; o Atlético Sorocaba, com sua boa estrutura; o São Bernardo FC, que quer mostrar serviço após o rebaixamento em 2011; e o Penapolense, estreante na competição e que há alguns anos vem sendo administrado de forma exemplar por Nilso Moreira, seu presidente.

A bola começa a rolar nos gramados de todo o estado no dia 19 de janeiro e o grande campeão será conhecido no dia 19 de maio. Neste período, veremos muita comemoração por parte de vencedores, menosprezo por parte de perdedores e inúmeras matérias falando da “festa do interior”, com a trilha musical de Elba Ramalho, cada vez que um interiorano vencer o chamado “time grande”. Esse é o cenário de mais um amado, odiado e esperado Campeonato Paulista.

* Vinicius Carrilho tem 21 anos, é jornalista
morador de Osasco e gostaria de ganhar a vida 
fazendo humor, mas escreve melhor do que conta piadas
e teve a petulância de escrever o primeiro post de 2013.


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