Na semana passada, antes do espetáculo dantesco que a “seleção” nos proporcionou no Maracanã, frente à Colômbia, o meia Kaká foi homenageado, passando a ser o jogador mais novo a ter seus pés imortalizados na calçada da fama do maior do mundo. Na mesma ocasião, Robinho também foi homenageado, ao ver seu belíssimo drible contra o Chile registrado numa igualmente belíssima seqüência de fotos.
O curioso, pra não dizer lamentável, é que eles foram homenageados por absolutamente nada, ou pouco mais que isso. O que eles fizeram pela Seleção a ponto de receberem tal honraria? Nada!
O curioso, pra não dizer lamentável, é que eles foram homenageados por absolutamente nada, ou pouco mais que isso. O que eles fizeram pela Seleção a ponto de receberem tal honraria? Nada!
Kaká brilha no Milan. Na equipe canarinho a única conquista dele foi estar no grupo que foi campeão do mundo em 2002. Recentemente, quando Dunga precisou dele pros Jogos Olímpicos, foi operado no joelho e ficou de fora dos jogos. Depois reconheceu que poderia esperar pra passar pela cirurgia.
E o Robinho? Além das firulas, pouca coisa. Aquele drible foi bonito, mas dar essa importância toda? Ainda mais pra um jogador que fugiu da Olimpíada? Alegou uma contusão e durante a competição já estava fagueiro e serelepe, já recuperado. Contra a Colômbia, se contundiu e pediu pra sair, mas após o jogo estava “atuando” num pagode com alguns amigos. E disse que estaria à disposição do seu time, o Manchester City.
Temos o péssimo hábito de cultuar ídolos instantâneos. Um drible mais sofisticado chama muito a atenção. Gols, então, meia dúzia basta pra render contratos milionários, e infelizmente a Seleção, que era o ápice da carreira profissional de um atleta, hoje nada mais é que um mero trampolim, uma simples etapa pra se ganhar dinheiro, muito dinheiro. Não que eles não mereçam. Que ganhem milhões, mas que deixem a “amarelinha” pra quem tem vontade de jogar, de verdade. E não querer aparecer somente em jogos fáceis.