Duas derrotas
consecutivas e desempenhos abaixo do esperado nas últimas partidas do
Palmeiras, tanto pela Série B do Campeonato Brasileiro como na Copa do Brasil. Foi o suficiente para um foguinho começar a subir.
Depois da
derrota por 3 a 0 e da eliminação do Palmeiras para o Atlético-PR na Copa do
Brasil, Paulo Nobre não gostou nada da apresentação da equipe alviverde no território inimigo e, em entrevista pós-jogo, soltou o verbo e foi mais
além: falou publicamente que iria cobrar do grupo e da comissão técnica a
vergonha que parecia só ele ter sentido ao ver a atuação pífia dos comandados
de Gilson Kleina, sem vontade alguma.
Pior, não parou por ai: aconteceu uma
reunião entre a diretoria palestrina para tocar no assunto "permanência de
Gilson Kleina", e, desculpe vossa senhoria, Paulo Nobre, mas por que cogitar a saída
do treinador agora? Na Série B o Palmeiras é líder e está com uma ampla vantagem
em relação ao quinto colocado. Pode não ter atuações esplendorosas, o que é
esperado devido ao elenco que tem, mas vem fazendo o seu dever: somando pontos para garantir o quanto antes a vaga para a Série A do Nacional. A equipe perdeu apenas os
dois últimos jogos, e o segundo revés foi para um clube que está no G4 do
Brasileirão e vem fazendo ótimas partidas desde a chegada do técnico Vágner Mancini.
O fato é que
Kleina não goza da confiança do mandatário, e não será surpresa alguma se o treinador
não renovar para o próximo ano, o mais importante da história do clube: o do
centenário. É de se crer que o treinador não tenha sido colocado para escanteio
porque seria mais uma das centenas de dividas que o clube está pagando, já que
o contrato de Gilson Kleina termina no final do ano.
Tudo estava caminhando
bem no Palmeiras, mas alguém teve que acender a lareira para a madeira
queimar. Presidente, os jogadores e comissão técnica têm sim que ser cobrados, mas
não fale isso publicamente. Em certos momentos. não deixe o fanatismo pelo clube
falar mais alto.