terça-feira, 28 de maio de 2019

Redenção e decepção - o fim da temporada de Sporting e Porto no Jamor




Foi verde e branco o sorriso ao fim da época do futebol português.  Outra vez nos pênaltis,  outra vez sobre o Porto, outra vez com o Sporting a levantar o troféu  no duelo com Sérgio Conceição,  que conheceu o quinto infortúnio nas grandes penalidades como treinador, o quarto pelo Porto, que venceu a última disputa desta natureza em 2010.

Se voltarmos no tempo em um ano, veremos que este foi o desfecho mais improvável do lado lusitano da Península Ibérica. O Porto havia recuperado ao Benfica a hegemonia do futebol português e deixava encaminhada uma temporada de afirmação após o inédito tetra encarnado, ao passo que o Sporting ardia em chamas na invasão a Alcochete, que fez entrar para a decisão no mesmo Val do Jamor praticamente derrotado pelo Desportivo das Aves, cenário que acabou por confirmar-se da forma mais catastrófica possível com a perda do troféu e de nomes influentes do elenco, como Gelson Martins, William Carvalho, Rui Patrício e  Bruno Fernandes. Destes, somente o último ficou. E o fez para ser o nome da redenção leonina.
Adiantemo-nos meia época. Líder prestes a engatar a maior sequência de vitórias da história do futebol português e, novamente,  único representante do país na segunda fase da Liga dos Campeões, cumpria-se uma "época à Porto" e tudo levava a crer que o time de Sérgio Conceição, caminhando bem nas três frentes em que militava, somaria mais taças ao seu já avantajado palmarés de conquistas. Foi justamente em um empate vulgar contra o Sporting no José Alvalade, na última jornada do primeiro turno, que a turma portista começou a perder terreno, vendo cair de sete para cinco pontos a vantagem sobre um Benfica que viria a ser imparável na Liga e que seria campeão com uma segunda volta demolidora.

A contar para a Taça da Liga, ainda houve tempo para os dragões imporem a primeira derrota às águias de Bruno Lage, mas pavimentaram o caminho apenas para serem superados pelos leões de Marcel Keizer após estarem a vencer até o final da final, quando Bast Dost, aos 92, salvou sua equipe e levou a decisão aos penais. Se naquele jogo Fernando Andrade fez o tento azul e branco e por pouco não vestiu a capa de herói, no Jamor serviram-lhe justamente as vestes de vilão numa altura em que foi preciso o esforço dos do norte para esticarem, graças ao gol do zagueiro Felipe já além do minuto 120, a discussão para os pênaltis. E foi ele quem viu sua cobrança parar em Renan Ribeiro depois que Bast Dost e Pepe já haviam encontrado a barra nas suas cobranças.




Termina uma época da forma que nem o mais otimista sportinguista, nem o mais alarmista dos portistas, poderiam imaginar. Aos perdedores, fica a lição de que é possivel recomeçar sem Militão, Felipe, Herrera e Brahimi, que se despediram-se do Dragão.  Aos vencedores, vencer as duas taças na mesma temporada pode ser o incentivo que faltava para buscar a reafirmação com o título da Liga, que, nos últimos 30 anos, foi apenas duas vezes para o José Alvalade, mas possivelmente sem o capitão Bruno Fernandes, de partida para o futebol inglês.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

23 sem novidades para a Liga das Nações

ARRISCAR É PRECISO Cabe a Fernando Santos fazer a máquina
funcionar também com a bola (Foto: Global Imagens)
Ao convocar para as semifinais da Liga das Nações 23 dos 25 jogadores que estiveram nas duas partidas das Eliminatórias da Euro 2020, o treinador de Portugal Fernando Santos deixa claro: está satisfeito com o que foi apresentado nos empates contra Ucrânia (0 a 0) e Sérvia (1 a 1). Se o rendimento dentro de campo melhorou notavelmente entre as partidas, escapando a vitória na segunda partida somente pela má atuação do árbitro, deixar de fora somente o machucado André Silva e o meia João Mário, vindo de péssima temporada pelo West Ham e, depois, pela Internazionale, mostra que o leque não é tão aberto quanto se propaga.
Sem surpresas na baliza, Rui Patricio deve seguir como dono absoluto da camisa 1, rivalizado pelo experiente Beto e pelo terceiro guardarredes da vez, José Sá. Aqui, a concorrência nem é tão grande assim, o que não se pode falar da lateral direita.

As dúvidas que pairavam sobre João Cancelo e Nelson Semedo eram mais sobre as questões físicas do que propriamente técnicas. As crias do Seixal vêm de recuperação de uma cirurgia para reparar uma fratura no nariz, que é o caso do juventino, ou de uma parada breve ao fim do Campeonato Espanhol, no qual Semedo não foi titular incontestável. Correndo por fora, Cédrid perdeu o pouco espaço que tinha na Inter de Milão e Ricardo Pereira, eleito para o Mundial e em grande no Leicester, acabou à margem, como também o foi André Almeida, vindo de magnífica campanha pelo Benfica, a ponto de poder reivindicar uma nova convocação depois de quatro anos.

Se sobram bons nomes, no outro extremo do eixo defensivo o pé de obra qualificado é mais escasso: Raphaël Guerreiro, mais meia do que ala, e Mário Rui, de temporada difícil no Napoli e que segue chamado por falta de competidores, são os preferidos. Uma opção, mas que ainda não foi testada, é Diogo Dalot, que está com a Seleção Sub-20 na disputa do Mundial da Polônia e que se destacou com a camisa do United.

No miolo de zaga, o grande erro do mister Santos: ter chamado somente três jogadores, dois quais dois, Pepe e Fonte, pela idade avançada, já não dão garantias de que chegaram em forma à Euro. Aqui caberia observar o benfiquista Ferro, ainda mais com o caráter quase amistoso da competição.

Do meio para a frente, jogadores não faltam. A safra é excelente e poder-se-ia montar outra equipe apenas com médios e avançados que ficaram à margem, como Nani e Quaresma (contam menos anos que Pepe e Fonte), ou João Mário, Bruma, Florentino, Adrien Silva, Gelson Martins, André Gomes, Renato Sanches, André Silva, Ederzito, Rony Lopes e Helder Costa. Com Danilo e William Carvalho em grande plano, Ruben Neves à espreita ao lado do companheiro de Wolverhampton João Moutinho, o “Engenheiro do Penta” ainda conta com Pizzi e Bruno Fernandes, que acabaram de cumprir exuberante temporada e são, respectivamente, o melhor passador para gols e o meia mais artilheiro da Europa. Não é pouca coisa. 

No setor mais ofensivo, onde o trio que ajudou a derrotar a França na Euro (Eder, Nani e Quaresma) deixou de ser opção, Cristiano Ronaldo segue rei incontestável e tem grandes companheiros: Bernardo Silva, o pé pensante e faz-tudo de Guardiola no City, Gonçalo Guedes, outra vez em destaque no Valência, e João Félix, a joia mais cobiçada da janela europeia e ainda â espera por debutar pela Seleção A. O valente Dyego Sousa, o recuperado Rafa e o multifuncional Diogo Jota, que completa o quarteto anglo-lusitano dos Wolves a serviço da Seleção, completam o leque de opções para a fase aguda da mais nova competição de seleções da Europa.

O único senão é o pragmatismo quase cego de Fernando Santos, que até agora foi incapaz de fazer seus dois principais jogadores, Cristiano Silva e Bernardo, funcionarem juntos. Fernando Santos colocou seu nome na história do futebol português ao ser campeão europeu, mas não pode fiar-se definitivamente numa única conquista que se deu sob circunstâncias que dificilmente se repetirão.

Na Eurocopa, a tática de dar a bola e esperar deu certo, mas para isso é preciso ser atacado, coisa que Inglaterra ou a Holanda certamente farão, mas ainda há uma perigosa Suíça antes, e o próximo adversário, que disputou com Portugal ponto a ponto a vaga direta à Copa da Rússia, não apostará em um jogo franco.

Ser campeão europeu aumentou o patamar e a responsabilidade de Portugal, que se não tem um grupo de primeiríssimo nível, tem jogadores capazes de montar uma equipe competitiva e que permita sonhar com novas insígnias de campeão na camisola. Mais que navegar, acreditar também é preciso.

sábado, 18 de maio de 2019

A reconquista


Quando Bruno Lage assumiu o comando do Benfica, a diferença para o Porto era de sete pontos, e ainda havia Sporting e Braga a separá-los na tábua de classificação. Para complicar, os do norte eram os atuais campeões, lideravam seu grupo na Liga dos Campeões, prova na qual o Benfica caiu com estrondo na primeira fase, e estavam a dois jogos de baterem o recorde nacional de vitórias consecutivas (19), do próprio Benfica. Como se não bastasse, os cinco adversários mais bem colocados na tabela – Braga, Moreirense, Porto, Sporting e Vitória de Guimarães – seriam enfrentados em seus redutos na segunda volta, que começaria três rodadas depois.
Não era, pois, uma missão das mais fáceis à turma encarnada a reconquista do título que escapou na temporada que seria a do inédito penta. Quase uma utopia, inclusive para mim. Aí veio Bruno Lage e as ideias arejadas de quem passou um bom tempo a respirar os ares do futebol inglês no Swansea, de Carlos Cavalhal.

A primeira missão foi recuperar jogadores desmoralizados no plantel, como Gabriel e Samaris, e fazer subir Ferro, Florentino e Jota dos bês, de onde já havia saído o novo titular João Felix, ao passo que Sporting e Porto iam às compras.

Só quem tem na alma a chama imensa acreditaria que, quatro meses e meio depois, um empate bastaria para o 37 e apenas um gol seria preciso para chegar aos 100 na prova, algo que aconteceu pela última vez pelos lados de Cosme Damião quando o Pantera Negra ainda rugia na Europa. Claro que a inconstância de Braga e Sporting, mais os quatro tropeços do Porto, ajudaram, mas a marca de 18 vitórias e 72 gols em 19 partidas não deixam dúvidas sobre quem foi o grande time da época.

Para além de recuperar mais valias no elenco e abrir espaço para novas, também era claro que nomes como Rafa e Pizzi precisavam voltar a brilhar. E Bruno Lage assim o fez ao mudar o 4-3-3 habitual para o 4-4-2, que fez seus comandados gostarem de ter a bola mais que qualquer adversário. Salvio se machucou, Cervi, Krovinovic e Zivkovic perderam espaço e Pizzi, que era quase um terceiro trinco, saiu do meio e virou o extremo, mais próximo dos atacantes a ponto de ser o maor passador para gols da Europa. No corredor central que era do General, Rafa finalmente fez sua grande temporada desde que chegou do Braga após ajudar Portugal a conquistar a Europa em gramados franceses em 2016. Promover o brasileiro Gabriel a organizador de toda a malta a partir do círculo central foi a grande mudança tática de um time que deixou de pensar pouco quando havia a bola ao pé ainda na intermediária, marca que vinha desde Jorge Jesus, a uma equipe que bastava para si ter a bola para buscar oportunidades.

Com Jonas às voltas com problemas físicos, coube ao miúdo João Felix fazer Portugal render-se ao novo prodígio do país. 19 anos, frieza de veterano e atributos de craque que precisam ser lapidados, como a finalização e a tomada de decisão, mas, como diria Rui Vitória, o talento lá está. Como também esteve nos garotos que tomaram conta do onze com a temporada de afirmação do já internacional Ruben Dias e de duas joias que logo pedirão passagem na Seleção e nas grandes ligas europeias, Ferro e Florentino, que, ao lado do “novo menino bonito da Luz”, formaram a trinca de principais revelações da competição.

Se Luiz Felipe Vieira errou na formação do elenco que perdeu o penta, acertou em cheio quando resolveu que era a vez dos miúdos e que Jorge Jesus não era o nome ideal para tocar o projeto rendendo Rui Vitória, mas sim o Bruno Lage que conhecia bem o que florecia no Seixal, terreno que também ajudou a fertilizar. O resultado aí está: a melhor campanha do returno da história do futebol nacional, 103 gols marcados e um futebol vistoso em quase todo o tempo, algo que raramente aconteceu no histórico, mas enfadonho, tetracampeonato português, quando a época de sofrimento contra os grandes era recompensada com o trofeú erguido ao fim. Desta vez, ser campeão foi apenas a consequência de um trabalho fantástico de um time que dá gosto aos pés de seus jogadores e aos olhos de toda a malta que veste vermelho com a águia ao peito em Portugal e no mundo.

Meu pai partiu uma semana depois de o Benfica perder em casa para o Porto, praticamente ficando de fora da briga pelo título na temporada passada. Quando o jogo com o Santa Clara acabou, pela primeira vez eu comemorei um troféu sem tê-lo ao lado, mas ainda assim eu tive a certeza de que ele estava a dizer ao pé de mim o mesmo que falou quando fomos campeões da Europa em 2016: "Somos campões, caralho!". Sim, meu pai, somos campeões.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Sidão, Rede Globo e a quinta série



Ao entrar em campo para o jogo com o Santos, Sidão era mais que o Sidão. Era o Sidney Aparecido Ramos da Silva, 36 anos, que perdeu a mãe aos 18 e que, naquele Dia das Mães, tinha o nome da dona Vera Lucia na camisa. Ele entrou em campo disposto a dedicar a partida à sua memória e, ao fim do jogo, certamente só tem motivos para esquecer este dia.

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Nem tanto pela atuação ruim. Não foi a primeira, não será a última, tampouco foi o único a passar por isso. Porém, a humilhação à qual foi submetido por causa da desastrosa e desastrada ação da Rede Globo, que deu o direito ao “amigo internauta” decidir o “craque do jogo” e, mesmo diante de uma clara demonstração do quanto o brasileiro é galhofeiro, resolveu ir até o fim de “premiar” o jogador.

Não fosse por isso, seria um jogo que em três ou quatro anos pouca gente se lembraria. Trivial, com um Santos bem treinado e triturando o que sobrou do Vasco da Gama, o desempenho dos times era previsível e, mesmo sem o erro do primeiro gol, o Peixe tinha tudo para vencer com relativa facilidade.

A atuação de gala de Rodrygo e a pavorosa exibição do time da Cruz da Ordem de Cristo ficaram em segundo plano diante do embaraço da repórter Julia Guimarães e da resignação de Sidão. Duas vítimas da falta de tato de quem deu a ordem de entregar a tal honraria.

Já houve quem dissesse que o goleiro errou ao abandonar a entrevista ou que a jornalista deveria se recusar a fazê-lo. É fácil falar quando o julgamento será feito de qualquer maneira. Mas a questão é que quem julga é, na verdade, o grande culpado.

Vivemos uma era de idiotização constante, em que tudo é razão de chacota, mesmo que o preço seja a humilhação. Um dia de trabalho ruim é motivo de riso, como se quem faz troça não estivesse sujeito a isso. É como a assistência que ia às arenas sedenta de ver o polegar apontado para baixo. De um modo geral, quem colaborou com isso não é muito diferente deles, à espera de uma falha para fazer o movimento giratório e virar o dedão para o chão, fazendo dos atletas a nova versão dos cristãos a serem servidos aos leões.

Só que o torcedor - e só o torcedor - pode. Pode e é bom que faça, para o bem do próprio esporte. Não, não estou relativizando. Desde que não haja crime de injúria racial, homofobia ou de qualquer outra espécie, o sujeito que paga o ingresso pode provocar o adversário para tentar desestabilizá-lo. Ora, eu mesmo fui uma das vozes que gritaram que o Junior Baiano tinha afundado a Seleção em um Portuguesa x Palmeiras de 1998, poucos minutos antes de o zagueiro fazer o gol da virada – e da vitória – palmeirense por 3 a 2. É do jogo e acabou ali.

O problema existe quando quem deveria mediar a situação abraça os urros que vêm das redes sociais. Por mais que a Globo tente, o futebol é um produto jornalístico, não do Departamento de Entretenimento da emissora, e deve ser tratado com o mesmo cuidado que é tomado quando uma informação é trabalhada. Quando parte da imprensa dá os braços para o jornalismo engraçadinho, o que se vê é aquele espetáculo deprimente de pós-jogo do Pacaembu, como já havia acontecido com o também goleiro Muralha, outra vítima da perseguição travestida de deboche.

Repito: a troça cabe ao torcedor. Por mais leve que possa ser, o Jornalismo deve primar pela responsabilidade. Assusta saber que o movimento que “elegeu” Sidão ganhou força a partir desses perfis que se dedicam a tirar o sarro de todo mundo, mas que, desgraçadamente, formam opinião o suficiente para reverter a palhaçada em 90% dos votos. Faz parte, ainda mais com o aspecto e o espaço para a diversão existente na rede. Que isso, no entanto, fique restrito a elas. À imprensa, sobretudo à Rede Globo, que o episódio sirva de exemplo para abandonar coisas do tipo Inacreditável Futebol Clube e outras dessas bobagens que vivem da exposição alheia para agradar quem pensa que a verdade do mundo se resume ao YouTube, ao Desimpedidos e aos programas do Danilo Gentili.

sábado, 4 de maio de 2019

Benfica 5 x 1 Portimonense - sorte de campeão



O Benfica fazia um jogo pavoroso na Luz contra um Portimonense que caprichou no direito de perder gols. Se o adversário dos encarnados tivesse um jogador meia boca no ataque, teria virado com pelo menos três de vantagem e o título cairia no colo do Porto. Com Pizzi e Grimaldo bem marcados e Rafa não tendo o apoio do espanhol para fazer do corredor central o seu quintal, os armadores ficaram distantes do apagado João Félix e do atrapalhado Seferovic, e o primeiro tempo foi de dar sono - e medo, muito em função do fato de os de Portimão adiantarem cinco ou até seis elementos ao campo de ataque. 

No segundo, o mesmo fado, mas com os portimonenses aproveitando uma pane geral da defesa encarnada para Tabata limpar Odysseas e fazer 1 a 0, o que quase virou uma tragédia quando os visitantes desperdiçaram o segundo com Paulinho, logo em seguida.

Aí saiu Samaris e entrou Jonas, com Pizzi recuando até o setor do grego e o brasileiro centralizado, e isso só seria possível se Florentino, de 19 anos e não fazendo uma prestação das melhores, segurasse o rojão. Um minuto depois, balão de Jardel pra frente e o zagueiro Lucas cochilou o suficiente para Rafa roubar-lhe o doce e empatar. Logo depois, Seferovic recebeu em condição legal, tirou o goleiro do gol e deu pra Grimaldo brigar para Rafa marcar o segundo, com o gol aberto.

O jogo voltou a ficar complicado quando Paulo Henrique entrou para pressionar Pizzi na saída de bola (e dois erros seguidos, com Grimaldo e Ferro, devidamente socorridos por Odysseas e Jardel), forçados pela marcação alta do Portimonense. Aí entra o mérito de Bruno Lage: João Félix saiu, Gedson entrou e Pizzi, o melhor em campo, voltou à posição de extremo. Assim, Seferovic desencantou, marcou dois e deixou o Benfica com quase todos os dedos na taça, a quinta em seis temporadas. Ainda teve tempo para Jonas, que entrou bem demais, escorar cruzamento perfeito do excelente André Almeida e marcar seu 300º gol na carreira - o de número 137 com a águia ao peito.

A ponderar: i) foram 30 minutos de futebol decente: ii) Seferovic é medonho, mas é taticamente importante; iii) Florentino é jogador para ser titular de qualquer time do mundo. Qualquer um; iii.a) e o mais importante: seremos campeões outra vez!