Ontem, no Rio de Janeiro, o técnico Felipão fez sua primeira convocação nesta sua segunda passagem da Seleção Brasileira. Foram dez anos longe do comando do escrete nacional. Dez anos em que o Brasil sequer chegou próximo do título mundial, caindo nas quartas-de-final em 2006, aos pés do gênio Zidane, e 2010, ante a Holanda de Sneijder.
Naquele time de 2002, brilhava, mesmo como coadjuvante, com a camisa 7, um jogador que ajudou o Brasil a ganhar o pentacampeonato. Depois, Ronaldinho Gaúcho passou a ser o 10, ganhou o status de melhor do mundo e grande nome do time, mas nunca correspondeu, tanto que acabou preterido no último mundial, mesmo sem jogadores mais gabaritados na criação.
Com toda a confiança do chefe, com quem viveu seus melhores dias com a camisa amarela, o meia do Atlético Mineiro parece ter a chance de se firmar novamente na equipe nacional, coisa que não conseguiu com Dunga e Mano Menezes. Mas terá que mostrar serviço e tirar das costas de Neymar o peso de ser o responsável em campo pelas vitórias.
No mais, o retorno do goleiro Julio César, do pequeno Queens Park Rangers, que pode recuperar a titularidade na equipa, a primeira convocação do ótimo Dante, que vive excelente momento no Bayern e, a ressaltar, a ausência de Kaká, outro pentacampeão com Felipão, mas que não tem sido aproveitado no Real Madrid.
Outro recomeço, este muito mais importante, terá lugar em Monte Azul Paulista, cidade da região de Ribeirão Preto e que dista cerca de 420 quilômetros do marco zero da capital paulista. Será também o ponto de partida do tão previsível quanto obrigatório retorno da Portuguesa à elite do futebol estadual.
Contra o Monte Azul, a Lusa será comandada pela primeira vez pelo técnico Péricles Chamusca, que ganhou notoriedade ao ser o improvável campeão da Copa do Brasil de 2004, pelo Santo André. Chamusca chega após anos de futebol árabe, mas com o discurso de um time que valorizará a posse de bola e a velocidade.
Ele, que fez estágio no Barcelona, terá nas mãos a mesma base que, a muito custo, manteve a Lusa na elite do futebol nacional, sem o goleiro Dida e o volante Léo Silva, que deve ser a ausência a ser sentida, mais até que o experiente goleiro. No entanto, com os poucos, mas pontuais reforços que chegaram, tem tudo para sobrar na Série A2.
2 comentários:
Muito bom o gancho dos recomeços. Realmente o Felipão está dando chance para Ronaldinho e Julio César se recuperarem.
E a Lusa, será que sobra mesmo na A2, marquinhos?
Não gosto do Ronaldinho na Seleção, mas entendo a sua convocação, uma vez que é homem de confiança do Scolari. Sobre o Julio César, a Seleção não tem goleiro titular. Concordo com o teste. Já a Lusa tem time pra sobrar sim, Caio. O campeonato é curto é o nível, sofrível. É aquela coisa de terra de cego.
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