segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Por que Cristiano?

Nesta segunda-feira a FIFA anunciará o vencedor da Bola de Ouro de 2012, honraria máxima individual concedida pela entidade máxima do futebol mundial em parceria com a revista francesa France Football ao melhor jogador do mundo no ano. Messi, que recebeu o prêmio nas última três temporadas, Iniesta e Cristiano Ronaldo concorrem.

Os três concorrentes de 2012 (Miguel Ruiz - FCB)
Foi um ano fabuloso para os três jogadores. O argentino quebrou marcas importantes, como o número de golos em uma única temporada (históricos 91 tentos), ao passo que o espanhol validou o título de campeão da Eurocopa, sendo escolhido o melhor jogador, e o português foi pela primeira vez campeão espanhol, além de também ter feito uma Eurocopa soberba.

Todos os holofotes estão voltados para o argentino, que, caso seja escolhido pela quarta vez seguida, superará a marca de Platini, eleito por três vezes, entre 1983 e 1985, quando o prêmio era dado pela France Football e apenas jogadores europeus concorriam. Na forma mais democrática, com a participação de jogadores de todos os lugares do globo, Messi pode superar também os geniais Ronaldo e Zidane, que também têm três Bolas de Ouro.

O craque argentino, com seus três troféus (France Football)
Os números de la Pulga impressionam, mas o ano não foi dos mais felizes para o craque do Barcelona. Além de não ter vencido o Campeonato Espanhol, Messi não só não conduziu o Barça ao título europeu como perdeu a bola que originou o gol da vitória do Chelsea no primeiro jogo das meias-finais e desperdiçou uma grande penalidade na segunda mão, quando o placar, que apontava 2-1 para o Barcelona, já classificava os Blues. A partir do segundo semestre ele desandou a marcas golos, é verdade, mas de um modo geral ele esteve abaixo do que já havia feito anteriormente.

Iniesta, como sempre, foi linear. Jogou em altíssimo nível durante o ano todo, tendo como ápice a conquista da Espanha na Euro. No entanto, ele não fez mais do que já tem feito desde que a equipa blaugrana começou a triturar seus adversários, o que não é pouco, mas pode não ser o suficiente para levantar o troféu que deveria ter sido seu em 2011.

O médio espanhol foi eleito o craque da Eurocopa (Reuters)
O português, por sua vez, quebrou o estigma de não brilhar com a camisola da selecção de Portugal. Anotou golos importantes, como os dois contra a freguesa de sempre, a Holanda, quando Portugal perdia por 1 a 0 e estava sendo eliminado já na primeira fase da Euro. Pelo Real Madrid, seguiu levando a equipa merengue nas costas, como faz desde que desembarcou na Espanha, com a diferença de ter sido campeão nacional, embora tenha perdido sua cobrança nas meias-finais contra o Bayern de Munique, pelas meias-finais da Liga dos Campeões. Só que, diferentemente do rival argentino, Ronaldo anotou os dois golos madridistas no tempo normal.

O craque luso, durante a disputa do europeu de seleções (Reuters)
Cristiano Ronaldo brigou rodada a rodada com Messi pela artilharia da La Liga, na qual marcou 46 vezes, cinco a mais que no ano anterior, quando já havia batido o recorde do mexicano Hugo Sanches, que já durava mais de 20 anos. Só quando o título foi confirmado pelo Real Madrid é que o argentino disparou e chegou a inacreditáveis 50 tentos.

Isto posto, deixo clara minha preferência pelo camisa 7. Messi é mais jogador, de um modo geral, Iniesta foi efetivo durante a temporada toda, mas ninguém é tão completo ou brilhou tanto em 2012 quanto o Puto Maravilha.   

2 comentários:

  1. Anónimo7/1/13 13:24

    Marquinhos, eu também gosto muito do Cristiano Ronaldo, o acho um jogador fora de série. Mas é complicado vencer o Messi, ainda mais em um ano em que ele atingiu números tão impressionantes. Minha torcida é para o Puto, pois além de corintiano, sou madrinista. Mas será uma zebra enorme se o Messi perder.

    Embora ache difícil, torcerei para Ronaldo, como vc. Um abraço!

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  2. Concordo que seja difícil, embora ache que a temporada do Messi foi extraordinária em números, mas em conquistas ficou devendo, e acabou pecando nos momentos agudos. Como a eleição é feita por técnicos e capitães das seleções, acabam tendo peso fatores como a carreira do jogador antes da temporada e questões pessoais.

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