segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Lei de Gérson

Montagem feita pelos amigos do site Doentes Por Futebol
Vi torcedores do Tricolor do Rio comemorando na frente do STJD (fica na Rua da Ajuda, é bom que não se perca pelo nome) o resultado do julgamento de hoje como se fosse um título. Um deles, à Fox Sports, usava gravata e mostrava, orgulhoso, o dedo indicador, em alusão à primeira divisão que seu time acabara de ganhar de presente pela terceira vez. Outro, em primeiro plano, dizia que não tinha vergonha do que acontecera minutos antes do tribunal.

Riam feito hienas que acabaram de encontrar um cadáver fresquinho, pronto para ser consumido. São os mesmos que, há alguns dias, foram às ruas protestar por causa do aumento da condução, da corrupção e outras querelas diárias tão comuns neste país.

São os mesmos que bradam feito loucos quando um pênalti legítimo é marcado contra si, mas regozijam-se a cada lance ou armação ou tapetão a favor do seu time. Eis o limite entre o júbilo e a revolta. São os mesmos que, com este comportamento deplorável, fiam as maracutaias existentes em todos os níveis sociais. O "levar um por fora", o "quanto é que eu levo nisso", é inerente a esse tipo de gente.

Para não mostrar a cara dos imbecis que foram fazer troça na frente
do tribunal, publicamos uma foto de um lixão. Dá no mesmo.
Os abraços de felicidade, as lágrimas de alegria que foram derramadas pelos maus torcedores do Tricolor (três cores, uma para cada tapete) são o mais fiel retrato que há da sociedade nos dias que correm. Esta é uma geração praticamente perdida, que pouco ou nada tem para levar consigo como valor. Moral? Virtude? Perdoe-me a expressão, mas FODA-SE! Para ficar no jargão eternizado pelo craque (tricolor, diga-se) Gérson, o negócio é levar vantagem em tudo, certo?

No lugar deles, eu teria vergonha de vestir a camisa do meu time. Mas aí é questão de berço.

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