Após um ano do histórico 7 a 1, o Brasil volta a jogar uma competição oficial, a Copa América. Como na Copa-do-Mundo-que-não-foi-nossa, a Seleção estreou jogando mal e vencendo. Como na Copa-dos-dez-gols-sofridos-em-dois-jogos, o time foi Neymar e o resto.
Mas o que mudou? Fora a figura no banco, nada. Aliás, nem a mudança do comando técnico é uma mudança de verdade. Vemos um Dunga com a mesma visão de cinco anos atrás, quando conduziu um Brasil pragmático e pobre na África do Sul. A diferença de 2010 para cá é que o time tem um craque em fase exuberante.
Desde que o capitão do tetra voltou, são dez jogos e outras tantas vitórias, inclusive contra adversários fortes, mas o time não evoluiu nada e não há nada que nos mostre algo maior que a "Neymar-dependência" já vista em terras tupiniquins há menos de um ano.
Chico Buarque adivinhou. Mal comparando, o Brasil é um imenso Portugal, com 20 vezes mais habitantes. Ou seja: a chance de ter um time melhor aqui é enorme, dado a oferta. São 20 Portugais, mas com um Cristiano Ronaldo só.
Ah, essa terra ainda vai cumprir seu ideal. Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
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