Ufa! Portugal está classificado às oitavas de final da Copa
do Mundo. Como nas outras partidas que antecederam a esta contra o Irã,
Portugal pecou pela escalação malfeita, efeito direto da convocação errada
promovida por Fernando Santos, que privilegiou passadores, mas nenhum gancho,
de fato.
Se o sistema de jogo era o correto, com três jogadores à
frente e Ronaldo e André Silva trocando de posições, Quaresma sobrava, na pior
interpretação possível do termo. Esquecido na ponta, passou a maior parte do
jogo à parte, aparecendo somente no golaço que marcou, obra e graça apenas da
sua capacidade técnica. O meio era um amontoado de marcadores e passadores de
lado, como um caranguejo, quando precisava mesmo era de um jogador capaz de
passes em profundidade.
Ao Irã, coube o papel de especulador, um cormorão vivendo
dos restos deixados por Portugal, como no lance do pênalti, que nasceu num
passe desastroso do desastrado André Silva, no momento de mais controle
português da partida, que já se encaminhava para o fim.
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E Cristiano? Diferentemente dos outros jogos, ele esteve
abaixo em todos os sentidos: paciência, sorte, juízo. Poderia ser expulso
quando deixou o braço no peito do adversário, que acusou uma agressão. Foi
inconsequente, juvenil, parecendo acusar o golpe de ter desperdiçado a grande
penalidade que deixaria a nau lusitana a navegar em águas calmas, em vez da
tormenta de cinco minutos que foi o final do jogo.
De primeiro colocado quase garantido a por pouco não
eliminado, o fato é que Portugal fez o que se esperava dele, que era se
classificar. Com brilho? Nunca tivemos. Com luta? Muita, mas não precisava ser
assim tão difícil.
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