QUANDO A FASE É BOA Marega anotou seu terceiro gol após a volta à disputa da Liga (Getty Images) |
Voltou a ser de seis pontos, mais a vantagem no desempate, a diferença a favor do Porto sobre o Benfica na reta final do Campeonato Português. Restando apenas quatro jornadas, é só uma questão de tempo para que os azuis do norte recuperem a taça, perdida na temporada passada.
Mais que uma questão matemática, o que praticamente garante a conquista portista é a confiança, que anda em alta após três vitórias seguidas (duas por goleada) e cinco jogos sem sofrer golos, ao passo que o principal rival nem treinador tem e anda às voltas com seus inúmeros problemas internos.
Contra o Belenenses, o Porto apostou na sua tradicional formação com duas linhas de quatro e dois atacantes bem agudos, com Marega um poucochinho mais atrás e Tiquinho enfiado entre os zagueiros. Além do mais, Sérgio Conceição contava com o retorno do pé que melhor pensa o jogo, o de Sérgio Oliveira, que não jogou na pior partida desde a retomada das competições, na vitória sobre o Paços de Ferreira por 1 a 0.
Esta aí a principal diferença entre Porto e Benfica: confiança. Mais que isso: o jeito direto de jogar dos azuis, com velocidade e poucos passes até chegar à área contrária, garante uma eficácia maior quando há pouco tempo para trabalhar entre um jogo e outro. E essa confiança só foi adquirida porque o treinador portista arma seu time para jogar de acordo com as peças que tem.
Mesmo contra um adversário mexido, com sete substituições, estreias de jogadores jovens promovidas pelo treinador Petit, o Porto teve dificuldades no início do jogo, sobretudo quando a frescura física era igual entre os times. A primeira chance de gol dos da casa, a rigor, aconteceu somente aos 30 minutos, quando Otávio cruzou na cabeça de Tiquinho, que abriu o placar sem dificuldades.
O segundo tempo foi um passeio: os visitantes, que já não pareciam muito capazes de incomodar, pregaram e o Porto fez o que quis, quando quis e como quis. E é aí que entra a confiança, em alta nas últimas semanas: Marega, grande perdedor de gols, marcou o segundo; de pênalti, Alex Telles fez o terceiro e permitiu a Fabio Vieira marcar o quarto, de falta - e nem é o batedor -, estreando-se a marcar pelo time principal; e Luis Diaz, já além dos 90, puxou um contragolpe, preferiu seguir sozinho e anotou um golaço de longe. Coisas que só um time confiante faz.
Sem ser vistoso, mas eficiente na fase final, o FC Porto caminha para conquistar seu 29º título nacional. De um jeito bonito? Não, mas isso é problema de quem não vence, principalmente quando desperdiça uma vantagem de sete pontos. Assim como o Porto na temporada passada.
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