Foto: Ronaldo Barreto/Ag. Paulistão |
O empate no clássico com o Corinthians é um desses jogos. Lendo
e ouvindo tudo o que foi dito pelos torcedores, havia um mar de desânimo. “Outra
vergonha”; “Uma goleada, na certa!” Admito que eu estava entre os pessimistas.
E não esperava nada mais que uma derrota honrosa, pois sim, há honra até, e sobretudo,
nos revezes.
O empate, ao cabo, pode e deve ser festejado por tudo o que
antecedeu a partida: a necessidade de fazer caixa a curto prazo, a montagem
desastrada e desastrosa do elenco, as quatro derrotas seguidas, três das quais
em confrontos diretos com quem tem pouco ou nada mais que a luta pela permanência.
É a tal esperança que gotejou com a entrega em campo, não só
pelo ponto, como pela disposição apresentada.
O próximo jogo é daqueles em que a derrota é proibida para
os dois lados. Até um empate pode significar o abraço da morte. Só que será um
jogo com características diferentes das apresentadas pelo duelo no Mané Garrincha.
Não dá para ficar esperando.
A evolução da equipe depois da substituição do treinador é nítida,
mas as condições atuais não permitem que haja uma melhora gradativa. Precisamos
vencer, seja como for. E para quem venceu somente uma partida em oito, ganhar
duas em quatro não é tão simples, e talvez nem dê, mas é o que temos e é o que
tentaremos fazer.
Só assim ainda haverá com o que esperançar daqui até o fim
do certame, quando será preciso identificar os erros, entender o que foi feito e
corrigir a rota para não termos que ficar outras e outras e outras vezes
repetindo discurso do amor incondicional.
Todos sabemos disso. O que não sabemos é o que restará do
clube se vier mais um rebaixamento.
Aí, malta, não haverá SAF que dará jeito. Não em curto
prazo.
Texto originalmente publicado no NETLUSA
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