quinta-feira, 15 de abril de 2010

O outro

Ontem, pela Copa do Brasil, o Santos deu mais um espetáculo. Como de hábito, cilindrou o adversário, que desta vez foi o Bugre campineiro. Foi um massacre. Só Neymar, em noite (ir)real, fez cinco. Com direito a gol com tabelinha no adversário, como fazia, no mesmo estádio, o dono do cetro e da coroa.

Entretanto o grande nome do jogo, na visão deste que vos escreve, foi o dono da mítica camisa 10 do alvinegro praiano, que responde pelo nome de Paulo Henrique, o Ganso. Há muito tempo essa camisa não veste tão bem. O garoto é craque! Joga fácil, de cabeça erguida, cadencia com raro talento o futebol do Peixe.

Ganso, o craque santista (Miguel Schincariol)

O genial Luis Fernando Veríssimo criou, há algum tempo, o "outrista", um sujeito que acharia a Paula melhor que a Hortência, o "Magic" Johnson mais genial que o "Air" Jordan e que por certo torceria pro Tom pegar o Jerry. Pois bem, visto a carapuça do outrista, pois Neymar e Robinho podem ser os mais festejados do elenco, mas o maior responsável pelo hipnótico futebol do Santos é ele, PH Ganso. Assim como atrevo-me a dizer que o maior nome do Barcelona é Xavi, em vez de Messi.

Que a imprensa pare de aporrinhar o técnico da Seleção pra que ele chame o Ronaldinho, já que Kaká não teria um imediato à altura, O gaúcho teve todas as chances e não as aproveitou. O homem certo pra função é o 10 da Vila. É o maestro do melhor time que o futebol brasileiro já viu nos últimos doze ou treze anos e não levá-lo por não tê-lo testado ainda seria mais que um desperdício, seria um desaforo. E, como diz o mestre Antonio Quintal, tão luso quanto eu, futebol não aceita desaforo.

1 comentário: