Foto: Jhony Inácio/Ag. Paulistão |
A declaração é do goleiro Thomazella, dada logo após mais uma derrota da Portuguesa, a terceira seguida e quarta em seis jogos. Pior que isso, a segunda contra adversários diretos na luta pela permanência na elite do futebol paulista.
Não, Thomazella. Você não deve desculpas a ninguém. Nem você, nem os outros jogadores. Quem deveria vir a público e admitir o monte de barbaridades cometidas na montagem do elenco é o ex-técnico, é o executivo de futebol.
Não foi o Thomazella o responsável pela contratação de um dos piores treinadores da centenária história da Portuguesa.
Não foi o Thomazella ou qualquer outro atleta que dispensou jogadores sem ter a certeza de encontrar substitutos à altura, como foi com Carlos Henrique, Gustavo França, Luan e Caio Mancha.
Nenhum dos vinte e poucos jogadores elaborou um elenco que não dá liga, que não consegue defender sem deixar espaços ou atacar nas poucas oportunidades que tem; que comete erros técnicos inimagináveis em uma competição como esta.
Neste jogo contra o limitadíssimo time da Internacional de Limeira, foi inaugurado o moderno sistema de iluminação do Canindé, que mereceu – ou não – até vídeo de divulgação.
E teve apagão. Nada mais apropriado para simbolizar a escuridão na qual o projeto se meteu justamente no ano do retorno à elite.
Mas há diferenças: o apagão de ontem veio de fora e foi resolvido em nove minutos. O outro apagão, o de ideias, vem de longe e, pelo que parece, não haverá luz tão cedo.
Texto originalmente publicado no NETLUSA
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