Se Cristiano Ronaldo fosse espanhol, Portugal teria dado
adeus hoje à Copa. Tendo o desempenho sofrível da estreia como parâmetro, Fernando
Santos escalou mal, mexeu pior ainda e tem que dar graças a Deus pela defesa
sobrenatural do Rui Patrício no momento que Marrocos mais pressionava.
Os Leões do Atlas, com sua marcação sob pressão e
impressionante superioridade física, mandaram no meio, ainda mais porque
Bernardo Silva erraria até o nome dele, caso perguntassem. Com menos gente no
setor, seria interessante começar com Bruno Fernandes, na falta de outro, para soltar
um pouco João Moutinho, mas abrindo mão do sistema com três jogadores de
frente, uma vez que isso deixa o meio pouco criativo e sobrecarrega William
Carvalho, único marcador a rigor em campo.
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Não fez uma coisa, nem outra. Pior
que isso, mandou a campo Gélson Martins, que é condutor de bola, quando era
preciso um organizador, e não aconteceu nada, obviamente, exceto pelas tentativas bisonhas de sair driblando no meio de quatro adversários. A própria entrada do
camisa 16, Bruno Fernandes, se deu de forma errada, pois manteve o desenho tático equivocado do
início do jogo.
Outro problema foi o vareio que Rafael Guerreiro levou do
tanque Amrabat. E Ronaldo, olha, voltou a apresentar o comportamento irritante
de querer resolver sozinho quando viu que a vaca bigoduda poderia deitar.
Diferentemente do que houve em Alcáver Qbir (e em 1986), Marrocos foi superado. Passa pelo Irã? Acredito que sim, mas não aposto dois
pastéis de Belém que seja um jogo tranquilo.
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