sexta-feira, 22 de junho de 2018

Vitória no sufoco escancara defeitos lusos na Rússia


Se Cristiano Ronaldo fosse espanhol, Portugal teria dado adeus hoje à Copa. Tendo o desempenho sofrível da estreia como parâmetro, Fernando Santos escalou mal, mexeu pior ainda e tem que dar graças a Deus pela defesa sobrenatural do Rui Patrício no momento que Marrocos mais pressionava.

Os Leões do Atlas, com sua marcação sob pressão e impressionante superioridade física, mandaram no meio, ainda mais porque Bernardo Silva erraria até o nome dele, caso perguntassem. Com menos gente no setor, seria interessante começar com Bruno Fernandes, na falta de outro, para soltar um pouco João Moutinho, mas abrindo mão do sistema com três jogadores de frente, uma vez que isso deixa o meio pouco criativo e sobrecarrega William Carvalho, único marcador a rigor em campo. 

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Não fez uma coisa, nem outra. Pior que isso, mandou a campo Gélson Martins, que é condutor de bola, quando era preciso um organizador, e não aconteceu nada, obviamente, exceto pelas tentativas bisonhas de sair driblando no meio de quatro adversários. A própria entrada do camisa 16, Bruno Fernandes, se deu de forma errada, pois manteve o desenho tático equivocado do início do jogo.

Outro problema foi o vareio que Rafael Guerreiro levou do tanque Amrabat. E Ronaldo, olha, voltou a apresentar o comportamento irritante de querer resolver sozinho quando viu que a vaca bigoduda poderia deitar.

Diferentemente do que houve em Alcáver Qbir (e em 1986), Marrocos foi superado. Passa pelo Irã? Acredito que sim, mas não aposto dois pastéis de Belém que seja um jogo tranquilo.

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