sábado, 27 de fevereiro de 2010

Vai, vai, vai começar a brincadeira...

Começou a corrida pela Presidência da República. O PT lançou, oficialmente, a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ainda não se sabe quem comporá a chapa com ela. Ciro Gomes, do PSB, um dos mais cotados, assume o papel de "noiva cobiçada". Ainda não decidiu se subirá no palanque de Dilma ou se sairá candidato ao governo de São Paulo. Caso dispute a cadeira do Palácio dos Bandeirantes, o fará com o intuito de "roubar" votos do candidato do PSDB (possivelmente Geraldo Alckmin).

Outro nome provável para ser o imediato da "mãe do PAC" é o do peemedebista Michel Temer. Aqui há um entrave: Lula teme que Temer, experiente que é, reluza mais que a própria candidata e, pela sua enorme influência, transfira o epicentro do poder do Palácio do Planalto para o Palácio do Jaburu, a residência oficial do vice-presidente.

Trata-se de um quebra-cabeça dos mais complexos: O PT demorou tentando encontrar um nome que aliasse sua aceitação pública ao carisma do presidente Lula. Não encontrou e criou, a toque de caixa, um programa social para alavancar a ministra que, por ser quase anônima, não exibe na testa o rótulo de rejeição que têm alguns dos personagens mais emblemáticos da sigla, como Marta Suplicy, José Genoíno e Antonio Palocci.

O que se sabe, de concreto, é que Ciro estará com o PT - e vice-versa. Se sair como vice de Dilma, a tendência é que o partido tente emplacar um dos seus senadores (Eduardo Suplicy ou Aloísio Mercadante) ou o ministro da Eduacação, Fernando Haddad, como candidato à sucessão de José Serra, que é o mais provável candidato dos tucanos para o lugar de Lula.


Lula, aliás, sabe que a imagem do seu partido não é das melhores. Sabe, também, que tem carisma para catapultar a candidatura de quem quer que seja, dentro da base aliada, do PT ou não. Acontece que Dilma é exatamente o inverso: não tem carisma algum. Por isso, o presidente já afirmou que faz-se necessário inaugurar tantas obras do PAC quantas forem possíveis até o pleito de outubro. Até por isso, Dilma é candidata, de fato, desde o meio do ano passado, o que é crime eleitoral. Ninguém disse que era, mas também não houve quem negasse. E fez-se vistas grossas. É a máxima "aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei" em seu estado mais bruto e descarado. O governo Lula, diga-se de passagem, é useiro e vezeiro nisso.

Do outro lado da contenda eleitoral, o representante dos tucanos terá que conviver com a indigesta companhia do DEM, seu aliado de sempre. O escândalo que ficou conhecido como "mensalão do DEM do Distrito Federal" tornou o partido uma companhia das mais indesejáveis e indesejadas. No entanto, não se pode abrir mão de qualquer apoio, seja de quem for. Caberá, aos marqueteiros da campanha, desvincular a imagem do ex-governador José Roberto Arruda e toda sua patota da imagem do próprio partido.


É certo que o escândalo mais recente da política tupiniquim será usado - e muito -, na campanha eleitoral, justamente por aqueles que mais se envolveram com o outro mensalão, o do "Valerioduto". Eles sentarão sobre o próprio rabo e apontarão para as maracutaias alheias, já que a memória do eleitor é curta e a dos políticos, por sua vez, é oportunista.


Falando em oportunismo, quem assite a tudo, e de camarote, é o PMDB. Seja qual for o vencedor, ele estará no poder para continuar mamando nas tetas das estatais e de alguns ministérios. Tudo em nome da governabilidade, claro. É assim desde a redemocratização do Brasil, quando José Sarney herdou, de Tancredo Neves, a presidência. Aliás, Sarney já esteve do lado dos militares. Notem que há muito tempo o partido não lança candidato próprio à presidência. Percebeu que é mais cômodo estar aliado ao governo, seja ele qual for.

Dessa forma, PT e PSDB polarizarão a disputa. Outros nomes podem até chamar a atenção, como os de Heloísa Helena e Marina Silva, que até são capazes de tirar votos, mas não o sono deles. Infelizmente.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Um tiro no pé

Muricy Ramalho é um dos principais treinadores do Brasil. Trabalhador, honesto, obcecado pela vitória e extremamente teimoso. Ao contrário dos times do saudoso Telê Santana, de quem é discípulo, os times de Muricy não primam pela beleza, e sim pela competitividade.

Ele, Muricy, está mais para Parreira do que para Telê. É pragmático, competente e, como o treinador do tetra, às vezes é incompreendido. E isso o deixa profundamente irritado. Quem paga a conta são os repórteres, nas coletivas, principalmente os menos rodados. O mal-humorado técnico não tolera perguntas óbvias ou evasivas. Chega a ser grosseiro. Como a maioria das perguntas é pobre, suas respostas atravessadas são cada vez mais frequentes.

Seu jeitão já faz parte do folclore do futebol. O seu "aqui é futebol!", com aquele carregado sotaque mooquense, faz a festa dos imitadores de plantão. Quem o conhece diz que é autêntico; aos demais, não passa de um ranheta arrogante.

Agora, se há um aspecto em que todos concordam é que ele é um vencedor. É o único treinador tricampeão brasileiro, dirigindo o mesmo clube. Rubens Minelli também venceu por três anos consecutivos, entre 1975 e 1977, mas dirigindo Internacional-RS e São Paulo.

Nos anos em que dirigiu o Tricolor paulista, Muricy Ramalho sempre foi questionado. Não foram poucas as vezes em que o presidente Juvenal Juvêncio o garantiu no cargo, apesar da pressão exercida pelos cardeais e diretores tricolores. Sempre começava a temporada colecionando tropeços e eliminações, enquanto buscava o melhor esquema de jogo para seu time. Foram três títulos nacionais assim.

Por que raios haveria de ser diferente do outro lado do muro? Se as cornetas palestrinas não o derrubassem, eu apostaria um bolinho de bacalhau que, quando o time tivesse sua feição, este seria forte. Não seria bonito ou vistoso como a "Academia" ou os times do Luxemburgo, na década de 90, foram. Teria um jeitão mais do Felipão, este o último ídolo verde a sentar-se nos bancos do jardim suspenso do Parque Antártica.

Agora assume Antonio Carlos, ex-zagueiro do próprio Palmeiras. Trata-se de uma aposta ousada, mas extremamente arriscada. Que não seja um tiro no pé.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um enigma chamado Ronaldinho Gaúcho e a Copa 2010

* por Humberto Pereira da Silva

Ontem vi Milan e Manchester United, pela Copa dos Campeões. A presença de Ronadinho foi aguardada, depois de boa atuação na rodada de final de semana do italiano, na vitória do Milan sobre a Udinese. Os primeiros dez minutos do jogo foram para quem guarda na lembrança as atuações de Ronaldinho nos tempos de Barcelona, quando foi eleito duas vezes melhor do mundo e, para gente como Tostão, estaria abaixo de Pelé, mas acima de Maradona. Choveram perguntas dos torcedores sobre o ausência de Ronaldinho na lista de Dunga para o próximo amistoso da seleção. O comentarista da ESPN, Paulo Vinícius Coelho, encantado, fez comentários como: "em nível de genialidade pura, não tem como não levar Ronaldinho para a Copa". Para o PVC, se arrebentar na Copa dos Campeões, Dunga não suportaria a pressão e teria de levar Ronaldinho para a Copa.

Passados os dez minutos iniciais, o Manchester foi aos poucos tomando as rédeas da partida. Começou perdendo, gol de Ronaldinho aos 3 minutos, no segundo tempo virou para 3 a 1 e colocou o Milan em situação difícil na Copa dos Campeões. Nessa altura do jogo, Ronaldinho Gaúcho tinha sua atuação posta em xeque por torcedores com seus e-mails para a ESPN e pelo próprio Paulo Vinícius Coelho. Faltando menos de dez minutos para terminar o jogo, Ronaldinho dá um passe milimétrico para Seedorf marcar o segundo gol do Milan; dois ou três minutos depois, um novo passe genial para Inzagui, mas o atacante perdeu o gol e o Milan saiu derrotado por 3 a 2.

Há uma frase do PVC que merece refleção: "Ronaldinho em estado puro de genialidade". Parece que PVC, sem querer, ou com uma frase expontânea, disse muito mais do que imagina sobre Ronaldinho Gaúcho. Como, afinal, entender o significado de "estado puro de genialidade"? Nessa mesma Copa dos Campeões, vi em Madrid a partida entre Milan e Real Madrid. Ronaldinho está no meio do campo, a bola chega na direção de seu peito e, aquilo que PVC, talvez, chame de "genialidade pura": a bola cola no peito de Ronaldinho, que está entre três marcadores madrilenhos. Os três ficam como bobos tentando em vão encontrar uma bola que apenas a Ronaldinho pertence. A humilhação é mitigada com uma entrada dura de um dos madrilenhos.

Pois é, no meio de campo, numa jogada isolada, talvez sem muitas consequências para o jogo, Ronaldinho faz aquilo que apenas os gênios fizeram. Como futebol é alimentado por paixões, na paixão não há como dizer que Tostão estaria enganado. E, de fato, é esse ingrediente de paixão que alimenta muito do que se fala sobre o futebol de Ronaldinho Gaúcho. Mas voltemos ao jogo de ontem. O Milan perdeu em Milão e corre grande risco de  fazer seu último jogo na Copa dos Campeões em Manchester. Ronaldinho, portanto, teria só mais um jogo para provar que merece ser convocado para a Copa de 2010.

Estranha - no fundo misteriosa - ironia pela qual passa um jogador genial: futebol, um esporte coletivo, e um jogador, individualmente, participa de uma partida como se ele fosse a partida. Não é que ele tem que provar, é que no eventual insucesso do Milan em Manchester, e Ronaldinho será o "perdedor". A estranha ou misteriosa pergunta, é: por que quem faz o que Ronaldinho faz com a bola tem que provar alguma coisa sobre sua genialidade em estado puro? Seria culpa de Ronaldinho a desatenção da defesa do Milan, que não marcou como deveria o Rooney? Seus três ou quatro lances geniais não propiciariam uma vitória do Milan por dois ou três gols, que praticamente garantiria a ida dos milaneses para a próxima fase da Copa dos Campeões? Numa Copa do Mundo, duas ou três jogadas geniais não são suficientes? Não foi isso que Zidane fez em 98?

É, mais é isso que os aficcionados por Ronaldinho precisam ser sempre lembrados, inclusive PVC, de boa memória. A primeira competição em que se esperava os lances de pura genialidade de Ronaldinho Gaúcho foi a Copa das Confederações de 99: artilheiro e eleito melhor jogador do torneio, essa genialidade não apareceu na final, como agradeceram os mexicanos. A mais recente competição para Ronaldinho Gaúcho desfilar sua genialidade, sem que se precise de memória de PVC, foi em Pequim, na Olimpíada passada. O cume, como bem sabemos todos, foi a Copa de 2006. E é nesse ponto que o mistério Ronaldinho fica realmente engimaticamente misterioso. Por que sua genialidade em estado puro não aparece quando dele não se espera senão genialidade?

Dunga parece ser bem mais racional e disciplinador que movido por paixões. Quer novamente desmentir os que nele não acreditam e, como técnico, falar o que falou em 94, campeão do mundo: "Esse título é pras vocês, seus traíras". Acho, imagino, que Dunga é suficientemente lúcido para saber que o caminho mais curto para jogar na cara de seus desafetos suas virtudes é contar numa Copa do Mundo com um jogador genial. Pragmático, Dunga quer ver em campo jogador de futebol e não ficar com historinhas sobre festinhas em Milão ou não. Mas, justamente por ser disciplinador e pragmático, Dunga que contar com um jogador genial e não com uma promessa ou quem na hora H não foi o que se esperava.

O enigma Ronaldinho parece ter sido bem expresso na frase meio espontânea de PVC: "Ronaldinho em estado puro de genialidade". Na frase de PVC se subentende que há um Ronaldinho que em certos momentos é genial; mais, embora PVC não tenha deixado explícito, não vamos pensar que a genialidade de Ronaldinho ocorra quando esperamos que ocorra; na frase de PVC há uma torcida, um apelo às paixões, para que essa genialidade em estado puro ocorra em plena Copa do Mundo. Mesmo que não tenha ocorrido em outros momentos em que a esperávamos, não vamos perder a fé. Para um gênio, os caminhos não são os dos reles mortais e Ronaldinho pode fazer da Copa de 2010 o momento para eternizar seu nome na galeria dos imortais.

Essa é a torcida embutida na frase de PVC; essa também é minha torcida. Mas Dunga é pragmático, disciplinador, racional e não quer repetir 2006, quando sob pressão Parreira levou Ronaldo sem condições físicas. Dunga não quer levar Ronaldinho sob pressão. Mais, racionalmente, ou estatisticamente, Dunga sabe do risco que é levar Ronaldinho, que jamais mostrou genialidade em estado puro na seleção (um ou outro lampejo no meio de campo, para não exagerar). PVC percebeu bem o enigma Ronaldinho, mas sua percepção só pode ser levada em conta quando se considera que ele expressa uma grande dose de paixão, uma torcida para ver na Copa um "Ronaldinho em estado puro..." PVC também organiza seus comentários com tabelas, estatísticas, dados de memória. Levasse ao pé da letra sua frase, teria a mesma posição de Dunga: é arriscado levar Ronaldinho Gaúcho para a Copa 2010.

Eu sou um torcedor, só um torcedor, e por isso torço para ver Ronaldinho Gaúcho na Copa. Assim torci para ver Ronaldo em 2006, Romário em 98...; se a genialidade aparecer, como muitos experimentarei a história e contarei aos meus netos que vi um gênio desfilar pelos campos sulafricanos; se não aparecer, esse é um problema que o Dunga terá de explicar, que os comentaristas esportivos terão de explicar: ora, que significa "genialidade em estado puro"? Lampejos? Ronaldinho é um gênio. Alguém em que todos olhem e digam que ficarão para a história por terem estado ao seu lado ou terem-no por adversário? Até hoje esse gênio não responde na seleção brasileira pelo nome de Ronaldo de Assis Moreira.

*Humberto Pereira da Silva, 46 anos, é professor
universítário de Filosofia e Sociologia e crítico de
cultura de diversos órgãos de imprensa

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A inocência do presidente

Manuel da Conceição Ferreira é um bem-sucedido empresário do setor imobiliário. Também é advogado. Atualmente, responde pela presidência da Portuguesa de Desportos, estando no seu segundo mandato, tendo que passar o bastão ao seu sucessor ao final deste.

Quando assumiu a Lusa, Mané da Lupa, como é conhecido, encontrou um clube à beira da falência, afundado em processos trabalhistas. Não havia jogadores e alguns dos bens do clube estavam penhorados (até as bombas das piscinas estavam). Com a ajuda de algumas pessoas, entre elas outro empresário português, Luís Iaúca, reergueu a Portuguesa. No início da gestão caiu no Paulistão, mas voltou no ano seguinte, não só no Paulista como no Brasileiro, no qual caiu, novamente, um ano depois.


Percebe-se pois, que, de ingênuo, Mané não tem nada. Eu até o tinha em alta conta. Agora, os últimos acontecimentos envolvendo a figura do presidente forçam-me a rever meus conceitos. Desde aquela acusação de suborno a um becão da Ponte, no Paulistão do ano passado, passando pelas bravatas ditas no caso Bruno Cazarine, quando garantiu que a Lusa disputaria a Série A, da Lupa tem metido os pés pelas mãos. Sua tentativas desesperadas de garantir os direitos do clube passaram todos os limites. Em vez disso, o expôs ao ridículo.

Agora nosso Mané da Lupa se superou. Foi reclamar, com o colega corintiano Andrés Sanchez, o não cumprimento de um "acordo de cavalheiros" firmado entre eles quando da ida no meia Edno para o Alvinegro. Em vez de fazer constar no contrato uma cláusula condicionando a utilização do atleta a pagamento de multa, deixou apenas na camaradagem. Pior que isso: foi à imprensa espernear, mas satisfez-se com o pedido público de desculpas do corintiano, que alegou problemas no elenco para a escalação do jogador. Onde está escrito "problemas no elenco", leia-se "liberação de parte do grupo para o Carnaval".


É como se admitisse o seguinte: "Ele me fez de besta, mas pediu desculpas, então tá tudo certo." Como assim? Será que o Dr. Manuel gere assim sua imobiliária? Será que ele substitui os contratos por apertos de mão, mesmo que esses sejam trocados com a concorrência? Duvido, com todas as minhas forças.


Manuel da Lupa tem seus méritos. Como já disse, herdou um clube falido, mas irá entregá-lo sem que este possa andar com as próprias pernas. Além do mais, creio ser difícil haver a mesma unidade entre as "forças políticas" da Portuguesa que possibilitaram sua reeleição.

De inocente - reitero - da Lupa não tem nada. Prefiro acreditar em desleixo, pra não dizer outra coisa.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sem espaço para surpresas

E Dunga convocou a Seleção Brasileira para o último amistoso antes da Copa, contra a Irlanda, dia 02 de março, que será disputado em Londres.

Sem novidades na lista, o selecionador nacional promoveu a volta do cruzeirense Gilberto, que vem atuando na meia, mas será aproveitado na lateral-esquerda, muito em função da falta de opções para o setor. No mais, foram chamados jogadores que já vinham fazendo parte das listas anteriores.


NOVIDADE Meia do Cruzeiro volta às contas do selecionador
 nacional (Washington Alves/Vipcomm)
Cogitou-se a volta de Ronaldinho Gaúcho, que reencontrou no Milan a alegria e o bom futebol dos tempos de Barcelona, além do debute do garoto Neymar, o mais novo astro do futebol brasileiro.

Particularmente, eu pouco acreditei que um dos dois fosse chamado. Dunga tem o grupo quase fechado e, a exemplo do que aconteceu com o Scolari, que deixou Romário de fora em 2002, não deverá correr o risco de "perder o grupo", preterindo alguém que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis da caminhada rumo à Africa do Sul.

Neymar acaba de surgir no cenário nacional. Se o técnico estivesse propenso a levá-lo, o teria feito agora, até para conhecer de perto seu talento, que é gigantesco e, principalmente, seu comportamento. Como não o fez, não creio que a joia do Santos esteja em seus planos.


FORA DAS OPÇÕES Neymar (primeiro da fila) ainda não foi convocado por Dunga
Ronaldinho Gaúcho, por sua vez, já esteve no grupo. Foi um dos três jogadores acima da idade limite na Olimpíada de Pequim. Como de costume, sucumbiu à tarefa de comandar a Seleção.

Dunga - sabe-se - é disciplinador. Esteve, na condição de comentarista da TV Bandeirantes, presente na Copa da Alemanha, onde assistiu de perto à esbórnia que foi o Brasil. Ronaldinho vem sendo acusado pela imprensa italiana de comandar algumas "festinhas"em Milão.

PROBLEMA É FORA DE CAMPO Mesmo em grande fase, craque
do Milan não deve ir à Copa (Alessandro Garofalo/Reuters)
 
Logo, a convocação parece-me sintomática. Exceto por alguma contusão de última hora, pouco deverá mudar a lista final. Isso se mudar. Pelo visto, ainda restam dúvidas na lateral-esquerda e no gol, posições, aliás, que nem o craque do Milan nem o prodígio santista exercem.

Ah, Ronaldo Fenômeno? Sem chance!