Assim como aconteceu no jogo entre Portugal e França, quando um pênalti inexistente foi marcado e não houve interferência do árbitro assistente de vídeo, o (pouco) popular VAR, outra penalidade máxima fajuta foi marcada na Euro. Esta, que beneficiou a Inglaterra na prorrogação da semifinal contra a Dinamarca, possivelmente só facilitou a provável classificação inglesa à final, já que os dinamarqueses apenas se defendiam e o tento inglês parecia questão de tempo. No entanto, por mais flagrante que fosse a superioridade do beneficiado, o jogo não estava definido. E acabou por sê-lo a partir de um erro claro e grave da arbitragem.
Mais uma vez, o árbitro de vídeo da vez, o neerlandês Pol van Boekel, não alertou o soprador de apito da vez, o holandês Danny Makkelie, sobre a bobagem que fez, transformando em pênalti o mergulho de Sterling, o que não é novidade alguma, diga-se. Ora, se um erro flagrante - e era - não pode ser analisado por se tratar de um lance interpretativo - aqui, ó, que era -, para que caralha serve a tecnologia? A propósito, o mesmo Makkelie era o árbitro no Sérvia-Portugal em que o gol da vitória portuguesa, marcado por Cristiano Ronaldo, não valeu porque o auxiliar não viu que a bola entrou meio metro.
Antonio Mateu Lahoz, o espanhol que caiu na conversa de Mbappé no França-Portugal e que foi o único a apitar três jogos na primeira fase, era cotado para seguir apitando nas fases seguintes da Eurocopa e até na final, caso a Espanha não chegasse. O erro, que contou com a colaboração do árbitro de vídeo Alejandro Hernández, causou o afastamento da equipe de arbitragem envolvida. Agora, se muito, haverá um comunicado da UEFA reconhecendo o erro. "Bela merda!", como diria meu pai.
É para lances assim que a ferramenta foi criada, mas o tal protocolo é desastroso porque os critérios não são claros e, do jeito que é feito, acaba tornando-se uma forma de legitimar erros escabrosos, mas haverá quem defenda o ocorrido "porque o protocolo foi respeitado".