sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Oportunismo fenomenal

Em entrevista concedida na véspera do sorteio dos grupos da Copa de 2014, Ronaldo, cada vez menos Fenômeno, falou que o mundo deveria se habituar com o "jeitinho brasileiro" para justificar o modo "só nosso" de fazer a Copa. O tal do jeitinho é o pai da corrupção, e a mãe é a passividade de pessoas como ele, que tem voz e vez, mas prefere falar somente o que convém.

Também falou sobre o Bom Senso F.C., alertando para o fato de o futebol feminino e os ex-atletas não terem entrado na pauta do movimento. São causas nobres, as apontados pelo ex-jogador. 


Fenômeno? (Sérgio Moraes/Reuters)
O curioso é que, quando esteve em evidência, Ronaldo nunca tocou no assunto, nunca levantou bandeira alguma. Aliás, como a maioria, olhou somente para o seu próprio umbigo (cada vez mais difícil de ser visto) durante a sua vitoriosa e exemplar carreira.

As últimas pérolas podem fazer parte de um lamentável rosário que já tem momentos infelizes, como quando o futuro ex-ídolo nacional declarou que uma Copa do Mundo é feita com estádios, não com hospitais.

Antes espelho para muitos, Ronaldo, o para-raio do COL, mostra estar bem domesticado pela dupla CBF/FIFA. Uma pena.

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