quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Centenário da Portuguesa - os 100+11 da história da Lusa - parte 5

Ah, os anos 1990. Época que mais agrada nove entre 10 torcedores que vivenciaram a década das camisas espalhafatosas, do futebol europeu na TV aberta, do tetra, dos mullets, de Dener, de Zé Roberto, de Capitão, da inesquecível atuação do Reizinho do Canindé contra o Santos, na virada por 4 a 2, dos históricos 7 a 2 sobre o São Paulo, enfim, da Lusa indiscutivelmente forte a candidata a ganhar tudo pela última vez.

Se os 10 anos anteriores foram os de crescimento patrimonial, com a modernização do clube social e do estádio do Canindé e a construção do Centro de Treinamentos, a década que fecha o século foi de colheita. E os frutos vieram, sobretudo das categorias de base, de onde surgiram craques como Dener, o Reizinho do Canindé; Zé Roberto, que ganhou o mundo a partir do Pari; Leandro, o artilheiro da casa rubro-verde.  

Títulos, de fato, a Lusa conquistou em diversas modalidades, exceto no futebol profissional. Teve a campanha lendária na Copa São Paulo de Futebol Jr, da linha ofensiva com Tico, Dener, Sinval e Pereira e as nove vitórias em nove jogos, 32 gols marcados e a afirmação do gênio Dener Augusto de Souza; títulos em profusão no futebol feminino campeão paulista e brasileiro, com destaque para jogadoras que fizeram história na modalidade, como Daniela Alves, Grazi e Formiga; o Campeonato Paulista de Aspirantes de 1997, na Vila Belmiro, contra um Santos turbinado por jogadores da equipe principal; e o mundial de Hóquei Feminino, conquistado na Alemanha também em 1997, com direito à melhor jogadora do mundo à época, Patrícia Martins, defendendo as cores rubro-verdes.

Na modalidade que é o carro chefe do clube, o futebol masculino profissional, a Lusa levantou uma única taça: o Torneio Início de 1996, cuja importância é relativa. No mais, bateu na trave por diversas ocasiões e por todos os motivos possíveis: o azar de tomar um gol nos acréscimos no clássico que praticamente decidiu a vaga à decisão do Paulistão de 1995; a histórica campanha vice-campeã brasileira de 1996, com o gol sofrido a seis minutos do fim em uma partida sob controle; as duas campanhas semifinalistas dos anos seguintes. O regulamento de 1995, que não previa que o time que fizesse mais pontos na soma dos turnos fosse campeão (como em 1994) ou não conferia o título se os dois turnos tivessem um único vencedor (como aconteceu em 1996); e Javier Castrilli, em 1998, argentino de trágicas e odiosas lembranças, que dispensa maiores apresentações. 

No ano seguinte, a Lusa manteve a base e trouxe, através do investimento do patrocinador, uma rede de postos de combustíveis, o técnico Zagallo, de indiscutível história no futebol mundial, com suas quatro Copas do Mundo, mas o fato de perder por lesão um titular de cada setor (Leandro, na vitória por 4 a 2 contra o Corinthians; Émerson, na derrota por 4 a 3 contra o Palmeiras, ambos pelo Paulista; e Carlinhos, na vitória contra o São Paulo ainda no início do Campeonato Brasileiro) fez com que o projeto naufragasse.

A década fechou com a desastrosa excursão a Portugal em 2000, quando a Lusa foi chamada pela imprensa local de "o pior time brasileiro que já jogou em Portugal" e perdeu de forma vexatória para Chaves, FC Porto e Steaua Bucareste, empatando com o Braga por 2 a 2, mas perdendo nos pênaltis na decisão do terceiro lugar da Taça Cidade do Porto, motivando a dispensa do ídolo Bentinho, que voltara à Lusa no início daquele ano, o último em que uma base foi mantida para a temporada seguinte. Barbeiragens administrativas também impediram que o craque/gênio português Paulo Futre vestisse a camisa da Lusa em 1998, como atesta esta reportagem do portal UOL. No mesmo ano, houve o mal explicado e mal conduzido caso Nasser, quando a Portuguesa foi acusada de tentar subornar o goleiro da Portuguesa santista numa partida em que não poderia perder para chegar à segunda fase do Paulistão. O jogo, que virou de tempo com 4 a 0 para a Lusa, acabou 4 a 4, no Eurico Mursa, e o goleiro não falhou em nenhum dos gols.

Era um presságio do que viria no século XXI.  

Alex Alves 
(1996/1997)
Mesmo curta, a passagem do atacante Alexandro Alves do Nascimento pelo Canindé foi marcante. Rápido e habilidoso, Alex Alves ganhou destaque no time do Vitória, vice-campeão brasileiro de 1993, sendo contratado pelo Palmeiras. Envolvendo-se em polêmicas com a mesma facilidade que fazia grandes jogadas, passou pelo Juventude e só se reencontrou quando chegou à Lusa, em 1996, ano em que foi um dos destaques do time vice-campeão nacional, sobretudo nas fases decisivas, brilhando contra os mineiros Cruzeiro e Atlético. Permaneceu até o fim de 1997, quando foi para a Raposa. Faleceu em 2012, 40 dias depois ter sido submetido a um transplante de medula óssea.   

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Bentinho
(1988/1993 e 2000) 

Antônio Bento dos Santos foi um dos maiores ídolos da torcida da Portuguesa nos anos 1990. Jogando ao lado de Dener, fez partidas memoráveis, como na goleada por 4 a 2 sobre o Santos, no Canindé, em 1993, quando marcou os dois primeiros da Lusa. Habilidoso, excelente cabeceador e bom também nas cobranças de falta, Bentinho fez 73 gols em 209 partidas pela Lusa. Depois de sair da Portuguesa, se destacou no futebol japonês, no mundo árabe e por Botafogo e São Paulo, dividindo a artilharia do Paulistão de 1995 com Paulinho McLaren. Voltou à Lusa em 2000 para fazer uma dupla de ataque afinadíssima com Leandro.     

 

Caio
(1994/1997)

O gaúcho Wolnei Caio era o maestro do time vice-campeão nacional de 1996, formando a meia-cancha lusa com Capitão, Gallo e Zé Robertoque foi deslocado para o meio apóuma lesão de Zinho. Foram 142 jogos envergando o manto rubro-verde durante um período de excelentes campanhas. Depois que parou de jogar, tornou-se dirigente e foi gerente de futebol da própria Portuguesa.   

 

Capitão 
(1988/1997 e 2003/2004)

Ter a marca de mais jogos oficiais (496) pela Portuguesa e ser o maior ídolo da torcida, mesmo quando craques como Dener, Zé Roberto e Rodrigo jogavam ao seu lado. Este é Capitão, seguramente um dos três maiores trincos da história do clube, que já contou com os serviços de Badeco e Brandãozinho na cabeça-de-área. Atravessando três décadas, o mineiro de Conselheiro Pena Oleúde José Ribeiro foi a personificação da raça lusitana. Ele era espécie de representante da torcida dentro de campo, e nunca deixou de suar a camisa da qual praticamente virou sinônimo. Chegou à Lusa em 1988, depois de ter despontado no Cascavel, do Paraná, permanecendo até 1998, quando foi para o São Paulo. Depois passou por equipes como Grêmio, Botafogo de Ribeirão Preto, Guarani, Portuguesa santista, Sport e Verdy Kawasaki, até voltar em 2003 para passar a marca dos 500 jogos, contando os amistosos, sob o manto rubro-verde.

 

César 
(1995/1999)

Ídolo da Lusa na segunda metade dos anos 1990, o zagueiro César Augusto Belli Michelon chegou da Ponte Preta para formar com Émerson uma das melhores duplas de zaga no país. Rápido, com habilidade para sair jogando e extremo senso de colocação, César esteve em momentos marcantes do futebol do clube, como o vice-campeonato brasileiro de 1996 e a semifinal do Campeonato Paulista de 1998, contra o Corinthians, quando o argentino Javier Castrilli apitou pênalti em um lance no qual o zagueiro havia claramente dominado a bola no peito, aos 44 minutos do segundo tempo. A Lusa vencia por 2 a 1, resultado que a qualificava para a decisão contra o São Paulo, mas o jogo acabou empatado por 2 a 2. Deixou a Lusa após a Copa América de 1999 para defender o Paris Saint-Germain. Voltou ao Brasil e vestiu as camisas de times como Palmeiras e Corinthians, mas sem o mesmo brilho dos tempos de Canindé. Mas nem precisava, pois já tinha garantido o lugar na galeria dos imortais da Lusa.  

 

Dener 
(1989/1993)

Naquela noite fria de uma quarta-feira qualquer do outono paulistano, o placar apontava um empate insosso sem gols entre Portuguesa e Internacional de Limeira, pela segunda rodada da segunda fase do Campeonato Paulista de 1991, quando, já perto do final do jogo, o time do interior teve um escanteio pela direita do campo de ataque, para o lado do gol dos vestiários do Canindé. O tiro de canto, mal batido, foi interceptado pelo zagueiro Vladimir. Nilson, o centroavante do time, ajeitou a bola para Dener, que vinha em velocidade na altura do grande círculo do meio-de-campo. Como um bólido, partiu com a bola dominada e foi superando os adversários, um por um, para, da marca do pênalti, apenas tirar, com um toque sutil do lado direito, o goleiro, que tentava em vão fechar o ângulo. Na mesma noite, todos os telejornais davam destaque ao gol de placa marcado no Canindé pelo menino que, menos de um ano antes, encantara o país na histórica conquista da Taça São Paulo de Futebol Júnior, vencida pela Lusa com aproveitamento total dos pontos disputados. Ele já fazia parte do time profissional da Lusa desde 1989 e fez sua estreia num amistoso contra o Caldense, fora de casa, entrando no lugar de Roberto Dinamite. Indisciplinado, vivia entre idas e vindas dos juniores para os profissionais, onde já dava mostras do gênio que explodiria na campanha perfeita da conquista da Copinha, ao lado de Tico, Sinval e Pereira. Depois da conquista, entrou para não sair mais do time titular da Lusa e, menos de seis meses depois, estreava na Seleção Brasileira pelas mãos do técnico Falcão. Foram incontáveis os gols de placa (alguns dos 24 que marcou nas 141 partidas jogadas), fora o que ele fazia nos treinos. Para José Macia, o imortal Pepe, que foi seu técnico na Lusa, Dener foi um dos cinco melhores atacantes que viu jogar, incluindo num rol com jogadores como Eusébio, Pelé e Puskas. Em 1993, foi emprestado ao Grêmio, onde virou ídolo e foi campeão gaúcho. No ano seguinte, foi cedido ao Vasco e também caiu nas graças da torcida logo de cara, chegando a arrancar aplausos de ninguém menos que Diego Maradona durante um amistoso contra o Nelwell’s Old Boys. Quando morreu, naquela estúpida madrugada de 19 de abril de 1994, Dener estava no banco do carona do seu "Pássaro Branco", que era como ele chamava o seu Mitsubishi Eclipse branco, de placa DNR-1010, carro que colocou como imposição para renovar seu contrato.  No momento em que Oto Gomes de Miranda, que conduzia o carro, colidiu numa árvore na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, Dener dormia. Se estivesse acordado, como disse o jornalista André Kfouri, certamente teria dado um drible na morte.   

 

Émerson 
(1994/2001)

O zagueiro Émerson tinha apenas 21 anos quando formou com César a melhor dupla de zaga do futebol brasileiro entre 1996 e 1999, quando o companheiro se transferiu para o futebol francês. Técnico e dono de excelente impulsão, saia jogando com qualidade e chegava bem à frente, tanto que anotou 22 gols pela Lusa nas 202 partidas que disputouVestindo verde e vermelho, Émerson Carvalho da Silva foi campeão sul-americano Sub-20 pela Seleção Brasileira e chegou à Seleção principal em 2000. Foi para o São Paulo em 2001, trocado por três jogadores que não deixaram saudade: Alemão, Rogério Pinheiro e Reinaldo.     


Evair 

(1998)

Um dos maiores atacantes brasileiros da segunda metade do século passado, Evair Aparecido Paulino chegou ao Canindé já consagrado, em 1998, com a ajuda da Federação Paulista de Futebol, para formar uma dupla de ataque poderosíssima com Leandro, recém-promovido ao time principal da Portuguesa. Naquele ano, a Lusa bateu na trave no Paulista e no Brasileiro, quando foi semifinalista de ambos.   

 

Evandro 
(1998/2002)

No excelente time que a Portuguesa formou na virada do século, um dos jogadores mais aclamados pela torcida lusa era o meia Evandro Gama do Nascimento Alexandre. Incansável, o “Chaveirinho”, como era chamado o jogador, dado sua baixa estatura, chegou do Flamengo no início de 1998 para formar, com Simão, Alexandre e Carlinhos, o excelente meio-campo do time que chegou às semifinais do Paulista e do Brasileiro daquele ano. Um cartão de visitas e tanto para transformá-lo em ídolo no Canindé. Um ídolo com exatos 200 jogos pela Lusa.     

 

Gallo 

(1996)

O placar do estádio do Morumbi marcava 0 a 0 quando o atacante Alex Alves sofreu falta na entrada da área. Gallo partiu para a bola e bateu, com perfeição, no ângulo direito do goleiro Danrlei. Estava aberto o placar do primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro de 1996, entre Portuguesa e Grêmio. Aquela foi a única competição que o volante Alexandre Tadeu Gallo disputou com a camisa da Lusa, para onde voltou em 2005 para ser treinador, protagonizando uma saída polêmica do clube, que deixou à véspera da partida contra a Portuguesa Santista para dirigir o Santos.

  

Jorginho  
(1994/1997 e 1999)

Titular da Lusa nos anos 1990, o zagueiro Jorginho era destaque do time desde que chegou do Bahia, em 1994, e só não foi titular na campanha do vice-campeonato nacional de 1996 porque se contundiu na estreia contra o São Paulo, voltando a atuar somente no ano seguinte. Jorge Luiz de Souza Ramos é irmão do também zagueiro Junior Baiano, que fez sucesso no Flamengo, no Palmeiras,  no Vasco e na Seleção Brasileira.   

 

Leandro
(1994/1995, 1997/2000 e 2004/2006)

Filho do palmeirense Julio Amaral, Leandro Câmara do Amaral fez sucesso na Lusa entre os anos 1990 e 2000. Artilheiro de faro de gol aguçado, foi o último jogador a romper a barreira de uma centena gols pela Lusa (105), distribuídos nas três passagens pelo time do Canindé (num total de 212 jogos). Canindé, inclusive, que o tem como o maior artilheiro, com 62 gols em 94 jogos. Nestas três passagens, formou duplas de ataque poderosas com Rodrigo, Evair e Bentinho. Sua passagem pela Lusa só não teve mais gols porque sofreu uma grave lesão de joelho num clássico com o Corinthians, em 1999. Após sair da Lusa, vestiu camisas de equipes como Fiorentina (ITA), Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Flamengo, Fluminense e Vasco e hoje reside nos Estados Unidos.  

  

Paulinho McLaren 

(1994/1995 e 1997)

Um cigano do futebol dificilmente marca época por alguma equipe que tenha defendido. Paulo César Vieira Rosa, no entanto, foge à regra. Mesmo tendo vestido mais de 20 camisas diferentes ao longo de sua carreira e demorado para explodir no futebol (começou a se destacar no Santos, já com 26 anos), Paulinho McLaren teve o seu melhor momento defendendo as cores da Lusa, nas duas passagens pelo clube. Carismático, ganhou o apelido após homenagear o piloto Ayrton Senna, simulando dirigir um carro de corridas após marcar um gol pela Lusa, em 1994. Só pelo Paulista do ano seguinte, foram 20, que garantiram seu nome na imortal lista dos artilheiros da competição, curiosamente dividindo o topo dos marcadores com Bentinho, que defendeu o São Paulo emprestado pela Portuguesa. Extremamente técnico, marcava gols de todas as formas: de cabeça, pé direito, esquerdo, de falta. Grato pelo clube onde mais fez sucesso, o hoje treinador costuma dizer que ainda será campeão dirigindo a Lusa.  

 

Rodrigo 
(1995/1997)

Embora tenha estreado no time principal em 1995, foi em 1996 que o meia Rodrigo Fabri se transformou em realidade no futebol brasileiro, ao ser considerado o melhor jogador do Campeonato Brasileiro daquele ano, que quase a Portuguesa conquistou contra o Grêmio, recebendo a Bola de Prata colmo melhor meia do Brasileirão também em 1997. Tendo como marca o futebol vertical, de velocidade, e os chutes fortes de média e longa distância, não demorou para que Rodrigo fosse convocado pelo técnico Zagallo para a Seleção Brasileira, durante a preparação para a Copa de 1998, na França, tendo sido campeão da Copa das Confederações um ano antes. Jogou na Lusa ainda em 1997 com o mesmo destaque, o que lhe valeu uma transferência para o Real Madri. Sem nunca se firmar nos “Merengues”, foi emprestado ao Flamengo, onde teve passagem apagada. Voltou a se destacar, porém, com as camisas de Atlético de Madri, Valladolid, Sporting Lisboa e por muito pouco não voltou à Portuguesa para a disputa do Campeonato Brasileiro de 2002. Acabou emprestado ao Grêmio, onde foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro.    

 

Tico 
(1990/1995 e 1996/1997)

Amigo inseparável do meia Dener, Paulo Rogério Alves surgiu naquele timaço que conquistou a Taça São Paulo de Futebol Junior de 1991, marcando, inclusive, o terceiro gol da final vencida por 4 a 0 contra o Grêmio, embora já fizesse parte do elenco profissional desde o ano anterior. Na estreia pelo time principal, inclusive, entrou ainda no primeiro tempo no lugar do atacante Marquinhos para marcar os dois gols da vitória por 2 a 0 da Lusa, fora de casa, contra o Noroeste, pelo Paulistão de 1990. O atacante Tico permaneceu na Portuguesa até 1995, quando saiu para defender equipes como São Paulo e Grêmio. Voltou em 1996 para se destacar no time que foi vice-campeão brasileiro daquele ano.   


Vladimir
(1986/1994)
O zagueiro Vladimir de Barros ficou a 16 jogos de completar 300 comandando a zaga rubro-verde entre os anos 1980 e 1990, aparecendo na 17ª colocação entre os jogadores que mais atuaram pela Portuguesa.

 

Zé Maria 

(1991/1996)

Quando atuava pela base da Lusa, José Marcelo Ferreira participava de um treino e, ao vê-lo, o então conselheiro Mário “Fofoca” comentou que ele lembrava o lateral Zé Maria, ídolo do clube nos anos 1960. A partir daí o jovem lateral passou a ser chamado de Zé Maria, nome com o qual brilhou como profissional. No início da carreira foi emprestado à Ponte Preta e ao Sergipe, até se firmar na posição, onde foi titular absoluto entre 1995 e 1996, ano em que foi negociado com o Parma. Também vestiu as camisas de Flamengo, Vasco, Palmeiras, Peruggia e Internazionale (ITA) e Seleção Brasileira, conquistando a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996 e o título da Copa das Confederações em 1997. Bastante cotado para a Copa de 1998, acabou perdendo a vaga para Zé Carlos, de discreta passagem pelo Canindé em 1994. Voltou ao Canindé para encerrar a carreira em 2008 e ainda foi treinador da Lusa em 2019.     

 

Zé Roberto 
(1994/1997)

José Roberto da Silva Junior é um dos casos de maior longevidade atuando em alto nível da história do futebol, já que estendeu sua carreira defendendo grandes equipes para além dos 40 anos de idade. Cria da base lusa, ascendeu ao profissional em 1994 e não saiu mais do time. Destaque na campanha do vice-campeonato brasileiro de 1996, atuava como lateral esquerdo, mas foi deslocado para a meia quando o titular Zinho se machucou, já na reta final da competição, mostrando-se um armador completo, posição na qual fez fama no futebol mundial. Pela Seleção, marcou um dos gols da final da Copa América de 1997, contra a Bolívia, e jogou as Copas de 1998 e de 2006 (esta como titular) e é considerado o maior lateral esquerdo da história da Portuguesa, onde ainda jogou duas partidas em 2018, pela Copa Rubro-Verde, após encerrar aos 43 anos sua estupenda carreira.  

 

Zinho 
(1995/1997)

Rápido, habilidoso e raçudo, Sebastião Cândido da Silva, o Zinho, logo caiu no gosto da torcida. Vindo depois de se destacar com a camisa do Sport Recife, o meia participou das grandes campanhas da equipe nos anos 1990.  

 

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