sábado, 9 de julho de 2016

Às armas e às glórias, Portugal!

O ARRANQUE Portugal comemora classificação
sobre a Dinamarca (Getty Images)

São dez derrotas seguidas. 41 anos sem vencer. Três eliminações em três confrontos oficiais. Sem contar que o adversário venceu duas das três grandes competições que organizou. É este o tamanho da encrenca que Portugal terá pela frente neste domingo na final da Euro 2016, quando enfrentará a dona da casa França no mesmo Saint-Denis em que os gauleses destroçaram o Brasil em 1998. 

O único texto com algum fragmento informativo que você, leitor, encontrará aqui está no parágrafo acima. Me assumo incapaz de escrever qualquer coisa com cores imparciais. Tem Portugal na final. Tem sofrimento garantido. E não vou me privar de torcer, ainda mais aqui neste espaço.
NO ALTO Com Cristiano Ronaldo, Portugal
quer fazer história (Getty Images)
A França é favorita e despachou a poderosa Alemanha no único jogo grande que teve pelo caminho. Portugal empatou seus cinco primeiros jogos.  O regulamento que permitiu a classificação sem vencer é questionável. O retrospecto é desfavorável. Sei de tudo isso.

Aí eu pergunto: e daí?

A Itália vivia eliminando a Alemanha, que sempre passava por cima da França, que sempre ganha de Portugal. Chegou nossa hora de ir à forra. De subir um patamar. Bem ou mal, sob o comando de Fernando Santos, Portugal está invicto em jogos oficiais. São 13, sendo oito vitórias (sete nas Eliminatórias). 

É nisso que acreditamos.
DIFERENCIAIS Em grande fase, Nani e Renato Sanches
 são destaques de Portugal (Getty Images)
Não fosse assim, nenhum bigodudo no século XV se aventuraria em caravelas pelo mundo afora. Não fosse assim, teríamos sucumbido à superioridade numérica dos castelhanos e franceses na Batalha de Aljubarrota, quando Portugal saiu do jugo espanhol.

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Nada disso entra em campo, é verdade. Mas a hora é de subverter a ordem. De devolver as eliminações nas meias-finais das Eurocopas de 1984 e 2000 e na Copa de 2006. 

É hora de mostrar à Europa inteira que Portugal não pereceu, como diz "A Portuguesa". Que teu braço (e pés) vencedor, que deu novos mundos ao mundo, agora dê um mundo novo a Portugal.

Às armas, Portugal! Sobre a terra. Sobre o mar. Sobre a relva É sobre amor. É amor de sobra. É Portugal.       

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