sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

CHAPECOENSE - A morte moral de um clube


"Efetivamente o acidente deu notoriedade ao reclamante e alavancou seus ganhos, bastando-se verificar o histórico em sua carteira de trabalho, sua imagem valorizou-se e passou a ter notoriedade mundial."

A Chapecoense ganhou notoriedade com a sua ascensão meteórica no futebol brasileiro. Organizada, sustentável, admirável. Classificada para a final de um campeonato internacional, coisa que muito time com muito mais tradição, incluindo o meu, jamais conseguiu.

Até que veio o voo da morte.

Hoje, a Chape tenta se reerguer, mas esse tipo de posicionamento mostra que aquela Chape simpática e que emocionou todos morreu também. A diferença é que nenhum dos companheiros do Alan Ruschel escolheu morrer. Já a Chape, com essa nota lamentável, fez a escolha de ser só mais um clube mesquinho, só mais um distintivo moralmente acabado.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

PORTUGUESA - Muita calma nessa hora

Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

Melhor ataque, melhor defesa, líder com a diferença para o segundo aumentada na última rodada e único invicto. Como se não bastasse, após quase dois terços da primeira fase, a Portuguesa atingiu a pontuação do último classificado no ano passado e falta somente um ponto para chegar ao mínimo histórico para se classificar desde que o atual formato de disputa foi adotado.

Mesmo o empate com o XV de Piracicaba por 0 a 0 não é razão para deixar o torcedor preocupado, já que a Lusa apresentou o suficiente para merecer vencer o jogo e só não o fez porque o goleiro Paulo Vitor – e a trave – impediram que o placar fosse alterado. É verdade que, da mesma forma que o Linense carimbou os postes lusitanos no fim de semana e não venceu, a Lusa até pode dar-se por satisfeita pelo ponto somado, já que Thomazella – e a trave – também interveio quando foi acionado.

Ainda assim, é preciso ligar o sinal de alerta. Se por um lado, o técnico Sérgio Soares contou com retornos importantes e isso fez com que o nível do futebol apresentado siga sendo alto, por outro, a Lusa voltou a cometer erros que quem está com uma chuteira e meia na próxima fase não pode.

No segundo tempo, o XV de Piracicaba abdicou do jogo para especular, à espera de uma falha que poderia acontecer conforme o tempo fosse passando. É óbvio que erros técnicos podem acontecer com qualquer jogador e a qualquer momento, mas não é este o tipo de deslize que o Nhô Quim esperou: foram erros coletivos, de posicionamento, normalmente cometidos por quem se atira ao ataque e se desorganiza atrás. O zagueiro Luizão Barba dando combate na lateral é um sinal claro de que, perto do fim do jogo, a Lusa se desarticulou.

A classificação é uma questão de tempo, mera formalidade, e a Lusa, mesmo em partidas não tão boas, mostrou que tem cacife para bater qualquer adversário, em qualquer local, só que, como consequência, passa a ser o time mais visado, contra quem os adversários costumam – e irão, a não ser que sejam um bando de tontos – se fechar. Em momentos assim, ter tranquilidade vale tanto quanto ter jogadores como Daniel Costa, Marzagão, Caio Mancha, Luis Ricardo e Thomazella.

Claro que ter marcado um gol poderia mudar o panorama da partida e criar os espaços que a Lusa procurou – e até encontrou, mas sem conseguir transformar a superioridade em campo em vantagem no placar -, mas esta é uma condição que faz parte do jogo e é preciso ter os nervos no lugar e paciência para confiar no modelo de jogo, que tem funcionado, em vez de agir como se precisasse desesperadamente da vitória.

Sendo otimista, é bom que estes erros apareçam agora, com tempo de correção. Sendo pessimista, dá a deixa para os adversários tirarem proveito lá na frente. E, lá na frente, isso pode ser fatal.

Texto originalmente publicado no NETLUSA

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

PORTUGUESA - A conta chega – e é bom ter futebol em caixa para pagar

Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

Existe a possibilidade, mesmo que remota, de jogar por quase 90 minutos com um jogador a mais, levar um sufoco, sofrer o gol de empate no fim e ainda assim achar que o resultado foi positivo? Se eu disser isso assim, solto, vão me chamar de louco, idiota ou passador de pano.

Mas se o contexto for colocado à mesa, com uma dezena de desfalques, calor senegalesco do meio-dia de um domingo de verão em Lins e 61 horas de intervalo entre o fim de um jogo em que teve que se segurar com um a menos por 80 minutos – e dois nos últimos 16 -, aí sim, ter empatado com o então vice-líder Linense foi um resultado para lá de positivo.

Obviamente, frustra não ter dominado o jogo mesmo vendo o adversário reduzido a 10 homens logo no décimo minuto, mas, convenhamos, levando em conta o que aconteceu nos jogos com o São Caetano e o Juventus, a Lusa somou um ponto em vez de ter perdido dois.

Ainda mais tendo levado três bolas na trave, mas a sorte é parte do pacote e ninguém pode desprezá-la. Sérgio Soares tinha duas opções: carregar e tentar matar o jogo, sob pena de desgastar ainda mais um elenco já reduzido e castigado pelo forte início de temporada em que se joga duas vezes por semana, ou administrar uma vantagem mínima tendo a favor uma liderança relativamente tranquila na tabela e o objetivo de chegar ao fim da primeira fase na melhor colocação possível.

Sob este segundo aspecto, pontuar passou a ser mais importante que arriscar ainda mais a saúde do elenco por dois pontos que, teoricamente, não são fundamentais na disputa por uma vaga. Aí o resultado, reforço, pode ser visto sob duas óticas diferentes, mas que nenhuma pode ser tratada como uma verdade absoluta e, consequentemente, transformando a outra em absurdo: i) não é admissível sofrer um gol no fim tendo superioridade numérica; e ii) dentro das circunstâncias do certame, somar pontos com o time remendado, fora de casa e contra o segundo colocado não pode jamais ser considerado um mau negócio.

O que não significa, porém, que Sérgio Soares esteja imune a críticas. Parte do trabalho do treinador é gerir o elenco para ter, à disposição, condições para armar o melhor time possível, e o controle emocional é um dos pontos sob a alçada do treinador. Com isso, este colunista não está dizendo de forma alguma que a Portuguesa é um time destemperado, mas jogos como o que precisou puxar forças sabe-se lá de onde para segurar o placar com dois a menos podem causar um desgaste que, lá na frente, pode cobrar o preço.

E, sabemos, não costuma ser barato.

Texto originalmente publicado no NETLUSA

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

PORTUGUESA - As dores do crescimento

Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

Na marra, na garra, do jeito que o torcedor forjado no cimento da arquibancada gosta. Foi assim que a Portuguesa, que jogou com um a menos por 83 minutos e teve que se aguentar por 16 minutos com nove em campo,
 
venceu o confronto direto com o Juventus, no Canindé.

O jogo desta quarta-feira é daqueles que serão contados aos netos por quem foi ao estádio como talvez a parte mais dramática de um cada vez mais palpável acesso. A empolgação é justificável, pois em sete jogos a Portuguesa já tem mais vitórias do que nas 15 rodadas da primeira fase da temporada passada (seis a cinco), quando se classificou na sétima colocação, com 22 pontos, só três a mais do que já somou quase na metade dos jogos disputados.

Seria motivo só de festa, como foi; de comunhão entre arquibancada e gramado, numa sinergia que há muito tempo, talvez desde 2011, não se via. E foi uma demonstração justa de carinho, confiança e apoio que, em condições normais, pode fazer a diferença a favor da Lusa lá na frente, quando o funil estreitar e começarem os mata-matas.

E é, mas não só.

Trata-se de causa e efeito. O Canindé pulsa cada vez mais porque o time tem empurrado a torcida, que retribui e serve como mola propulsora para que o elenco se sinta motivado, capaz e feliz. Quem não reage assim após uma epopeia como a que vimos, não tem coração e alma, e, como diria Eduardo Galeano, as canchas têm alma sim!

Mas essa energia toda também foi gerada pela dificuldade que a própria Lusa causou ao perder dois jogadores de forma completamente despropositada. Tudo bem que na expulsão do Eduardo, a sopradora de apito poderia ter mantido o cartão amarelo, pois não ficou clara a intenção de pisar no adversário – o que ocorreu também no pisão que Daniel Costa tomou no tornozelo depois de ele mesmo ter dado um carrinho temerário numa disputa de bola -, mas a expulsão também cabia. A outra, do Luizão, não tem nem discussão.

“Grandes conquistas são forjadas na dificuldade”, há de dizer o mais entusiasmado, mas os obstáculos já são grandes o suficiente, como enfrentar fora de casa o Linense, segundo colocado, sem parte importante da base de sustentação do coeso time de Sérgio Soares, que conta com muita gente já no estaleiro. Além dos dois expulsos, o ótimo Marzagão recebeu o terceiro cartão amarelo – e andou de mãos dadas com o perigo durante boa parte do Derbi dos Imigrantes – e também não irá enfrentar o Elefante da Noroeste.

Vitórias podem maquiar alguns erros, mas é melhor que sejam detectados com os três pontos ganhos do que com a torcida maldizendo as próximas 10 gerações dos envolvidos ali, atrás do túnel dos vestiários. Se Fernando Pessoa disse que quem queria passar o Bojador deveria ir além da dor, essas são as dores do crescimento que a Portuguesa precisa sentir para voltar a ter a sua dimensão histórica. Só não precisa doer tanto.

Texto originalmente publicado no NETLUSA

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

PORTUGUESA - Mente sã, corpo cascudo e time com cara de acesso

Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

Eram muitos os problemas da Portuguesa para o jogo contra o Red Bull Brasil, pela sexta rodada da Série A2 do Paulistão, esse purgatório onde a Lusa expia seus pecados já pelo sétimo ano seguido. Luizão Silva (sem retorno previsto), Railan, Naldo, Luan, Ligeiro, Cesinha. O rescaldo da vitória contra o São Caetano, quase que na marra, parecia que iria cobrar a fatura.

O jogo em Bragança Paulista, mesmo contra um time da parte de baixo da tabela, prometia ser mais complicado que o anterior, que já havia custado um bocado para manter a Lusa na cimeira da competição. E começou cumprindo o que prometeu.

Com um time leve, jogando em casa e ajudado pelo sol para cada um que havia na região, a partida começou com o time de Vinícius Munhoz aproveitando a velocidade e os espaços entre o remendado rubro-verde que Sérgio Soares conseguiu colocar em campo. Aí entra um dos pontos mais importantes num campeonato como este: a casca de um time pronto.

Apesar dos desfalques, a Lusa manteve a espinha dorsal que vem dando a sustentação e a competitividade que faltou ao longo do último ano. Thomazella, em mais uma atuação segura, para não dizer brilhante; Luizão Nascimento comandando o eixo defensivo, cuja proteção tem sido muito bem feita pela dupla de trincos Tauã e, principalmente, Marzagão, elemento surpresa e de desafogo; Daniel Costa, o pé pensante capaz de organizar e ditar ritmo de um time que tem mostrado segurança para acelerar, arrefecer, subir linhas e cerrar mais um bocadinho atrás conforme a cara do freguês; na frente, Caio Mancha e seu entendimento de jogo que poucos jogadores têm na competição.

Tão importante quanto ter no elenco gente moldada para este tipo de campeonato, a Lusa tem o apoio que deve ser o diferencial para toda a campanha, e que fez a diferença nas duas primeiras vezes em que desceu ao inferno e voltou: o torcedor, que fez do Nabi Abib Chedid uma extensão do Canindé. Quando joga junto, o torcedor é o agente de emulsão, é o elemento capaz de dar liga ao time.

Mesmo sofrendo no início, a Portuguesa soube moldar-se ao adversário. Mesmo com problemas, Sérgio Soares mandou a campo um time tão bem montado que, mesmo sem algumas peças, manteve o equilíbrio tático intacto. Claro que marcar o gol na primeira estocada ajudou, mas o fato é que Sérgio Soares sabia como o Toro Loko viria e tratou de gerar incômodo ao jovem time de Bragança com o decorrer do jogo. Ao fazer a meia pressão na intermediária, deu espaço para que as jogadas começassem desde os centrais, mas não permitiu que o jogo se desenvolvesse pelos corredores, restando a ligação direta, que pouco ou nada funcionou. De quebra, criou o ambiente ideal para forçar o erro e roubar a bola, pegando o adversário saindo, consequentemente desorganizado, e chegar no menor tempo e número de passes possível à frente da última barreira entre a bola e o gol.

Sem contar os pormenores técnicos de cada um dos gols. A forma como Caio Mancha recuou para receber a bola e atrair a marcação, abrindo o clarão onde Daniel Costa recebeu para fuzilar o goleiro; a arrancada de Marzagão, que avançou e só parou porque ali havia uma rede para reter a bola; e o passe milimétrico de Gustavo França, que encontrou Danilo Pereira entre os zagueiros, mostram que o repertório é vasto.

O placar foi construído assim muito em função da falta de variações táticas que explicam o Red Bull Brasil estar onde está. Isso, porém, não significa que foi o Red Bull quem perdeu e não a Lusa que venceu o jogo, pois foram as ações rubro-verdes que, desde o início, desnudaram a incapacidade de os donos da casa escaparem da armadilha brilhantemente armada pela Comissão Técnica. Saber usar as características do oponente contra si mesmo não é para qualquer time e, definitivamente, nas seis primeiras rodadas, a Portuguesa mostrou que não é um time qualquer.

Texto originalmente publicado no NETLUSA

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Os criminosos e o idiota

Foto: Instagram/tabataamaral

Por trás do caso do imbecil que fez apologia ao nazismo está o baixíssimo nível de exigência de quem consome esse tipo de produto. Confesso que nunca gastei um segundo da minha existência ouvindo o podcast do energúmeno, então não sei que raio ele faz para que tanta gente de nome aceite participar do programa, mas me assusta o fato de alguém tão despreparado, tão raso, tão burro, ter tanto alcance.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman falou sobre a Modernidade Líquida e sua superficialidade em diversos aspectos e o cultural também se encaixa. Que tipo de conteúdo é procurado? Quem quer entretenimento fugaz busca informação em algum lugar ou tudo é festa e foda-se o resto?

Isso, sob hipótese alguma, exime os dois deputados que estavam à mesa, Kim Kataguiri e Tábata Amaral, da obrigação de terem dado voz de prisão ao pateta que cometeu um crime ali, sob as fuças deles, que prevaricaram e deveriam responder por isso. O entulho de 2013, inclusive, concordou e justificou dizendo que, se não for às escuras, o movimento pode ser combatido e só cresce porque é proibido. Sugiro, pois, que legalizemos o estupro, pois, sob a ótica do parlamentar para se lamentar, a prática irá diminuir ao deixar de ser proibida, tornando-se uma mera questão moral.

Voltando ao tipo de produto que é consumido, o mesmo pode ser observado na programação futebolística na TV, no rádio e na Internet. O tal jornalismo engraçadinho já tomou conta de transmissões esportivas e muita gente prefere o comentarista fanfarrão ao que informa. O conteúdo é o de menos. O importante é divertir, mesmo que para isso muita gente boa esteja fora do mercado para que paspalhos do Pânico falem um monte de merda ou humoristas comentem jogos do handebol feminino na Olimpíada só porque o nome da goleira do Brasil é o mesmo que apelida a genitália feminina.

Se antes tínhamos Jô Soares e seu vasto conhecimento cultural, hoje temos Monark e um monte de bobos gerando conteúdo bobo para outro monte de bobos. E achando que nazismo e racismo são mera questão de liberdade de expressão.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Tô fazendo a minha parte, Portuguesa

- Titio, posso te fazer uma pergunta? 

Foi assim que Maria Rita, 7 anos, tocou em um dos assuntos mais importantes da humanidade. Ela queria saber para qual time torcer, qual distintivo iria levar no seu coração. Este é o momento mais esperado por todo pai que se preze, mesmo ela sendo minha enteada. Enteada ou filha, tanto fazia. O momento mágico na vida de um torcedor havia finalmente chegado.

Por causa da pandemia, o contato da Maria Rita com o futebol tem sido longe do estádio, pela TV, isso quando ela quer. Até outro dia, ela pouco ou nada se interessava pelo esporte bretão, a não ser quando o padrinho dela, o craque do futsal Danilo Baron (que começou na Portuguesa), está em quadra, ou quando quer saber para quem estou torcendo só para torcer contra porque é divertido.

E é.

Mas depois de uma conversa com os coleguinhas no prédio, foi despertada a necessidade de pertencer a algo. De vestir uma camisa igual. De ser como aquele que tem como espelho. E, no caso, o espelho sou eu.

Grande responsabilidade essa, que me colocou imediatamente num dilema moral. Afinal, devo incentivá-la a dividir as arquibancadas comigo e cumprir meu papel de educador ou zelar pela sua felicidade? Convenhamos, torcer pela Portuguesa e ser feliz pelos seus feitos desportivos não costumam ser condições que andam juntas.

Mas e daí?

E daí que dei toda liberdade para ela escolher. Até que, num belo dia, estávamos jantando fora e ela viu uma TV ligada:

- Tá tendo jogo, titio. Você não vai ver?
- Não quero não. Você quer?
- É da Portuguesa?
- Não, é São Paulo e Palmeiras.
- Ah, então não quero.

Ontem, ela me perguntou quando o NOSSO time joga. Ontem, pela primeira vez, viu o time que ela escolheu para torcer em campo, mesmo pela TV. Nem sabia direito do que se tratava, mas já sabe bem o significado de se sentir fazendo parte de algo.

- Qual é a Portuguesa, titio?
- A de vermelho, Maria.
- Ah… posso torcer para empatar? É que assim ninguém fica triste.

Ela ainda não entendeu como funciona, mas, aos sete anos, não se trata de vencer ou não, e sim de desfrutar. O resultado do jogo com o São Bento – um até que divertido 0 a 0 – não fez a menor diferença. O que valeu para ela foi se sentar ao meu lado e se divertir. E rir. E falar “Vai! Vai! Vai! Olé! Sai daí”, mesmo que para o lado errado.

Se tudo der certo, vai se apaixonar pela primeira vez na vida, assim como aconteceu comigo também aos 7 anos, quando meu Tio Albano me levou para ver a Lusa ganhar do Marília no Canindé, em 1985.

Fiz a minha parte, Portuguesa. Falta você fazer a sua. E nem precisa vencer. Basta me ajudar a fazer dela uma criança feliz.