segunda-feira, 29 de março de 2010

Hoje não faz sentido

Hoje não faz sentido falar da sensacional vitória do Corínthians no Majestoso;

Hoje não faz sentido pensar sobre mais uma derrota tricolor em clássicos;

Hoje não faz sentido citar o hipnótico Santástico show da Vila Belmiro;

Hoje não faz sentido debruçar-se sobre a crise palestrina;

Hoje não faz sentido lamentar o último amarelaço da Portuguesa de Desportos;

Hoje não faz sentido falar da pança do Ronaldo, dos pileques do Adriano ou das amizades do Vágner Love;

Hoje não faz sentido assistir aos programas ditos esportivos, pois o cronismo esportivo acabou de perder o pouco do sentido que ainda tinha.

Morreu Armando Nogueira.

Hoje nada faz sentido.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A fase de Messi

* Por Humberto Pereira da Silva

Messi está bem, muito bem. Nos últimos três jogos - Valência, Stuttgart e Zaragoça -, esteve explêndido; foram três jogos como há muito não se via individualmente: lembro de Ronaldo, o Fenômeno, e de Ronaldinho, ambos pelo mesmo Barcelona. As comparações, depois do que fez coçam e coçam nos quatro cantos. E é com elas, justamente, que Messi tem os grandes desafios, como ele mesmo constatou em entrevista: "para ser uma lenda tem que ganhar uma Copa de Mundo". É o que separa, para mim, "nossos" dois Ronaldos. Outro ponto, mera coincidência, mas que creio deva perturbar o argentino: três momentos mágicos na história recente do futebol pelo mesmo clube, o Barcelona. A coincidência, no caso, joga contra Messi. Logo após temporadas mágicas no Barça, "nossos" Ronaldos não repetiram em 98 e 2006, respectivamente, as expectativas que deles se formaram numa Copa do Mundo.

Num primeiro momento, jogo de coincidências, comparações e espectativas.Li, já, que o prêmio de melhor do mundo desse ano estará condicionado pela Copa do Mundo. Pensemos com calma. O prêmio de melhor do mundo tem sido entregue ao grande jogador da Copa, desde que foi instituído: Romário (94), Zidane (98), Ronaldo (2002), Canavarro (2006). Mas é certo também que Ronaldo, eleito em 96, não ganhou nada com o Barça, o mesmo suscedendo com Zidane em 2003. A eleição de Cannavaro em 2006 pode ser assim creditada: não tem tu, vai tu mesmo.

A situação agora de Messi, em relação aos jogadores aqui lembrados, apresenta algumas particularidades. Desde que Ronaldinho foi eleito melhor do mundo pela Fifa em 2004, a eleição tem sido pontuada pela conquista de título importante na temporada. É o que explica a eleição de Cannavaro. Mas, mais que qualquer coisa, para mim o que está em jogo nesse ano é a credibilidade da própria eleição. Lembrar que a eleição de melhor da Copa já rendeu controvérsias e perda de credibilidade: Ronaldo, melhor da Copa de 98 e Oliver Kahn, melhor em 2002. Não creio, estou praticamente certo de que outro jogador no futebol atual não fará o que Messi fez na temporada atual. Assim como muitos creem, um fiásco de Messi na Copa e ele não teria novamente o título de melhor do mundo no final do ano pela Fifa.

Mas, eis a peculiaridade de Messi na temporada atual: quem seriam os candidatos para fazer numa Copa o que ele fez no Barça? Os nomes são por demais conhecidos: Rooney, Kaká e C. Ronaldo. Alguém mais? Um Cannavaro como zebra? E esse é o ponto em que a credibilidade da eleção da Fifa fica em xeque. Qualquer outro, além desses, que for eleito pelo que fizer na Copa, com certeza não o fará com o brilho que Messi e esses têm tido nas temporadas recentes. A eleição da Fifa, como qualquer eleição, diga-se, perderia completamente o sentido.

Agora vejamos as coisas com esses quatro grandes jogadores da atualidade. Para a eleição da Fifa fingir credibilidade só Rooney estaria creditado para a eleição do final do ano. Mas Rooney e Messi,a se levar em conta conquistas, estão em posição bastante similar: grandes chances de levar a Copa dos Campeões, mas igualmente grandes chances de malograrem na Africa do Sul, pois entendo que Inglaterra e Argentina têm chances iguais; de qualquer modo, se nenhum dos dois conquistar sequer a Europa. 

Quanto a Ronaldo e Kaká, é aqui que também se pode destacar a peculiaridade com que Messi se encontra. Cristiano está bem e, contra Messi, pode levar o Espanhol. Mas precisaria fazer muito na Copa por Portugal e, no que não acredito, na Copa teria no mínimo que reviver Eusébio em 66. Kaká é o nó mais estranho a se desatar. Tem tido pelo Real uma temporada pífia, com problemas de toda sorte, mas dos quatro, com o Brasil, é o que tem maiores chances de mostrar seu brilho na Copa. Como em 2007, quando fez uma brilhante Copa dos Campeões pelo Milan, poderia novamente ser eleito pela Fifa. Mas isso só reafirmaria o que já na eleição de 2007 me pareceu injusto: eleger um jogador que ao longo da temporada não reeditou grandes atuações e que numa situação específica favorável se deu bem. Para mim o melhor de 2007 foi C. Ronaldo.

A situação de Messi no ano, portanto, não é a mesma em que se encontravam os Ronaldos e mesmo Zidane anos atrás. Numa previsão meio que fora de hora, são muito, muito grandes as chances de nenhum dos quatro fazer uma boa Copa do Mundo. Aí, se Messi não for eleito no final do ano a eleição da Fifa seria uma igualmente grande piada. Não se justificaria um novo Canavarro: se não tem tu, tem Messi, sim.

Outra coisa bem diferente é se Messi ficará entre os maiores da história. Isso é cedo para dizer, como o provou Ronaldinho Gaúcho em 2006. Para ficar com a própria ressalva de Messi em relação o que já fez, "para ser lenda, tem que ganhar uma Copa do Mundo" e, desde Maradona, surgiram só duas lendas: Zinedine Zidane e Ronaldo Nazário de Lima. O resto? Jogadores magníficos, não mais que isso.

*Humberto Pereira da Silva, 46 anos, é professor
universítário de Filosofia e Sociologia e crítico de 
cultura de diversos órgãos de imprensa

sexta-feira, 19 de março de 2010

A antessala do fim

Sinto-me estranho. A cada dia mais só, apesar do apoio dos amigos - e olha que são muitos. Sempre tive muitos, mas ultimamente não me basta. Preciso de paz.

Estou tão acostumado com a tristeza que já nem me incomodo com sua presença. O que me incomoda, na verdade, é a falta de horizontes.

O vento sopra aos meus ouvidos o que penso ser mas não quero ouvir. Quando se olha para os lados, ávido por respostas, e o que se encontra são mais perguntas, problemas e dúvidas, o que fazer? Tudo é sombrio, nebuloso. Tudo e nada se confundem e passam a ser a mesma coisa.

Não entendo o propósito ou o peso deste fardo. Sei que devo carregá-lo, mas está cada vez mais pesado. Com ele caminho no rumo do incerto, do assustador, do desconhecido, como se fosse a antessala do fim. Tenho medo.

Meus olhos ficam marejados a cada demostração de afeto que recebo, e isso faz um bem imensurável. Entretanto, não sei se é o bastante quando a única força que me resta é a minha fé.

(Não é o preâmbulo de um epitáfio, somente um desabafo)

sábado, 13 de março de 2010

Esse é São Marcos

Durante a semana passada muito foi dito sobre a acalorada declaração dada pelo goleiro Marcos, ainda no gramado do Parque Antártica, na derrota do Palmeiras contra o surpreendente Santo André.

Pois bem. Esperei a poeira assentar para tecer algumas considerações. Marcos está cansado. Não só por causa da idade, mas de tudo o que cerca esse mundinho do futebol.

Todos estão sujeitos a falhas, ainda mais sendo exigido como vem sendo o camisa 12 do Verdão. O que poderia ser visto como apenas uma autocrítica do velho arqueiro verde, na verdade é a constatação da falta de compromisso de (grande) parte do elenco do Palestra.

Ele, Marcos, mais do que o maior goleiro da história do Palmeiras, é o maior torcedor do clube da Turiassú. Fala, às vezes, mais do que deveria, é verdade, mas é o único a dar a careca a tapa nos momentos difíceis.



Goleiro recebe homenagens da diretoria palmeirense (Gazeta Press)
Noto, mais do que qualquer outra coisa, amargura nas suas palavras. Frustração de quem atingiu o patamar em que se encontra, mas tem que conviver com um bando de "Zés Ninguém" que está pouco se lixando para as cores do clube. E isso dói em quem dedicou sua carreira toda ao Palmeiras.


DE ÍDOLO PARA ÍDOLO Marcos recebe consolo de Edmundo
após fraturar o braço contra o Juventus (Folha de São Paulo)
Marcão tem crédito para repreender até o presidente Beluzzo, se for o caso. Neto, que foi ídolo no outro parque e hoje é comentarista de TV, falou o que quis e ouviu o que mereceu. Ao menos teve a decência de não prolongar a discussão.

Pelo bem do futebol, o guardarredes palestrino demoveu-se da ideia da aposentadoria no fim desse ano. Porém deixou claro que, se estiver na reserva, receberá apenas metade do salário, pois não quer, segundo suas palavras, "roubar" o Palmeiras.

Marcos ama tanto o time que defende que, quando o Arsenal quis contratá-lo, inventou um sem número de desculpas para não assinar com o clube londrino. Fez uma série de exigências absurdas, e o Arsenal topou todas elas. Aí não teve jeito: teve que dizer que não queria sair do Alviverde.

É por causa desse tipo de atitude que, desde 1999, ele não é só o goleiro do Palmeiras. É muito mais do que isso: é o São Marcos do Palestra Itália. Amém.
(brunovenancio.zip.net)

segunda-feira, 8 de março de 2010

O melhor jogo do Paulistão


Foi um grande clássico. Seguramente o melhor jogo do campeonato. Portuguesa e Santos proporcionaram, para quem foi ao Canindé e se sujeitou a pagar o abusivo preço de R$60, um jogaço que valeu cada centavo pago.


De um lado o time que joga o futebol mais vistoso do país e dono de uma sequência de 10 vitórias seguidas; do outro uma equipe extremamente dedicada, com a proposta de se defender ferozmente e tentar os golos nos contragolpes.


E foi o que se viu: um volume de jogo santista monstruoso e a Lusa mortal no contra-ataque e com o goleiro Fábio pegando tudo. Athirson e Fabrício voavam pela esquerda do ataque rubroverde e levavam o improvisado Roberto Brum, o único que jogou mal, numa tarde para se esquecer, à loucura. Depois que o treinador Dorival Junior sacou o volante, substituindo-o pelo meia Marquinhos e passando o garoto Wesley para o setor, o Peixe entrou no jogo. O gol da Lusa, marcado pelo meia Heverton, já havia saído, após passe cirúrgico do ótimo Marco Antonio.


No segundo tempo o Santos tinha Arouca fixo na cabeça da área, Marquinhos e o virtuose Paulo Henrique Ganso na armação e André na ponta-de-lança, com os endiabrados Robinho e Neymar numa movimentação quase hipnótica. Benazzi respondeu com cinco jogadores na defesa, protegidos pelo cão de guarda Gláuber, deixando uma linha de três meias (Athirson, Marco Antonio e Héverton) e o Luis Ricardo segurando os zagueiros do Peixe.


Houve quem acusasse o técnico luso de recuar demais. Ora, jogar de peito aberto contra o Santos é pedir para ser goleado. Além do mais, a Lusa poderia ter matado o jogo nas sete chances claras que criou após ter aberto o placar, assim com o Santos teve chances clamorosas não só de empatar o jogo, mas virar. Fábio, o guardarredes luso, fez a melhor partida desde que chegou ao Canindé.


O futebol é apaixonante por causa de um elemento que poucos esportes têm: o imponderável. E foi o imponderável, a quem Nelson Rodrigues chamava de Sobrenatural de Almeida, quem definiu o placar. André, que não estava mal, foi substituído pelo Zé Eduardo. E foi ele, na última volta do ponteiro, que empatou o jogo, num lance que começou quando a Portuguesa avançava num contragolpe mortal, em que eram três atacantes de verde e vermelho contra três zagueiros de preto e branco. A bola estava com o Luis Ricardo, que sentiu uma contusão e não conseguiu chutá-la pra fora.


Ficaram algumas impressões: pelo lado do Santos, mostrou-se ser possível que se jogue sem firulas, sem perder a beleza do seu jogo; também ficou claro que é um time ainda em formação, que peca pela inexperiência, mas que é um baita time. Pelo time do Canindé, Athirson está voltando à velha forma, e Marco Antonio é o termômetro de um time que pode chegar longe, muito longe.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Não passe pela vida

Se alguém me pedisse um conselho, só um, sobre como agir em determinadas situações, seria este: não passe pela vida. Não seja um mero espectador do seu dia-a-dia. Em vez disso, assuma as rédeas. Seja você o ator principal.

Deve ser muito triste alguém chegar ao fim do curso da vida e, após um balanço geral, perceber que não foi feliz, que não viveu plenamente, que apenas passou.

Não existe uma fórmula mágica ou uma regra específica. A única regra é não estabelecer regras. Ser feliz não exige formação superior, doutorado ou qualquer coisa que o valha. Aí talvez esteja o maior erro das pessoas: achar que a felicidade não está nas coisas simples da vida. Um sorvete, o pôr-do-sol, o animalzinho de estimação, a música preferida, o sorriso de uma criança te pedindo colo, o amor. Existe complicação nisso? Claro que não!

Tudo é questão de momento. Somos muito volúveis e a toda hora queremos coisas diferentes. Se está frio, queremos o sol para que possamos ir à praia ou ao clube; se está calor, queremos a chuva para nos refrescar, e nunca estamos satisfeitos.

Não sei se você sabe, mas ficar mal-humorado NÃO resolve as coisas. Sim, é verdade! Em vez disso, torna-nos amargos e ressentidos, e os problemas continuarão lá, onde nós os deixamos.

Não faça do "ganhar dinheiro" a prioridade da sua vida. Caso contrário, você gastará boa parte dele para recuperar a sua saúde. Além do mais, não terá tempo para desfrutá-lo, pois trabalhará cada vez mais para manter seu patrimônio. Trabalhe o suficiente para poder aproveitar a vida. Seja como for, ela é o maior presente que Deus nos deu, e você não faria a desfeita de não cuidar de uma dádiva tão preciosa.


Leve o café da manhã da sua esposa na cama. Leve seus filhos à escola. Leve o cãozinho pra passear. Leve a vida menos a sério. Não fomente seus problemas imaginários, sob pena de torná-los reais. Não perca tempo achando que a vida seria melhor se você tivesse tomado uma decisão diferente. Pode ter certeza: você teria a mesma dúvida.

Procure-se nos olhos do seu amor todos os dias. Enquanto você estiver se vendo no brilho que só tem um olhar feliz, que bom, tá tudo certo! Se não, será hora de refletir e tratar de recolocar o brilho de volta naqueles olhos que te admiram tanto.

Se seguir este singelo conselho e, no momento daquele balanço do fim do ciclo da vida, você chegar à conclusão que foi feliz, parabéns! Você não apenas passou pela vida, mas a viveu plenamente. E poderá deixar, além do legado, o seguinte epitáfio: "Aqui jaz alguém que amou e viveu intensamente e que partiu muito feliz."

A alma portuguesa

O português é triste por natureza. É essa a sua essência. É do seu ser o saudosismo, tanto que a palavra "saudade" não existe em qualquer outro idioma. Não tem tradução. Não que ninguém mais a sinta, longe disso, mas que não há quem a sintetize com mais beleza, mais ternura, ah, isso não há.



A tristeza portuguesa, de tão triste, é bonita. É o principal ingrediente do fado, e como é bonito o fado. Um fado de verdade é cantado com a voz do coração. Canta-se com os olhos fechados, pois vê-se melhor assim, com os olhos da alma, e esta é capaz de enxergar além. Olhos tristes como o fado são olhos com alma!





Os sentidos vão longe. Como diz a canção, "a solidão é uma canoa, navega o corpo e a alma voa além do céu e do mar. No pensamento a gente voa. Qualquer problema é coisa à toa e fica mais fácil de se amar".



Quando for ouvir um fado, feche os olhos e escute, apenas escute. Sinta o murmurar da guitarra portuguesa. É como uma viagem ao interior de si próprio. É a tradução mais completa e fiel do íntimo de quem ama, e quem ama chora. A lágrima é inerente ao amor, seja de alegria ou tristeza. Pessoalmente, confesso preferir esta. Não por ser mais digna, pois ambas são, mas porque é mais bonita.



A lágrima de quem sofre por amor tem algo a mais: o desejo da recompensa. Este pode se entender como esperança. E como é bonito tê-la. Como é bonito chorar por amor. Nunca, em tempo algum, se deve esconder uma lágrima, nem se deve esconder um amor pois, como disse Fernando Pessoa, "mas se isto puder contar-lhe o que não lhe ouso contar, já não terei que falar-lhe porque lhe estou a falar".



Imagens captadas na Internet
Vídeo: O Que Foi Que Aconteceu - Ana Moura (Universal Music)


Sugestão do querido professor Eduardo Viveiros de Freitas, que ainda emprestará suas linhas a este blog.

Há que ter respeito!

PROVOCAÇÃO Neymar aplicou um chapéu no corintiano
Chicão com o jogo parado. Árbitro José Henrique de Carvalho
 deu amarelo para os dois (Robson Fernandes/AE)
No domingo passado, após a derrota do Corínthians no clássico contra o Santos, o atacante Ronaldo reclamou. Disse aos repórteres, ainda no gramado da Vila Famosa, que a garotada santista havia abusado das firulas, sobretudo após estarem com dois homens a mais. O Fenômeno isentou apenas o excelente Neymar, dizendo que este foi o mais objetivo dos jogadores do Peixe.


Ronaldo, que é um dos maiores atacantes da história, está certo. Há que ter respeito. A atitude dos "Meninos da Vila" foi desrespeitosa. Ora, por que não fizeram a mesma coisa quando o placar ainda estava em branco? Uma coisa é prender a bola no ataque. Outra é a zombaria que se viu no Urbano Caldeira.


Há quem diga que reclamar, em casos assim, é atitude dos brucutus, dos que não têm habilidade. O ex-corintiano Coelho é taxado até hoje de violento, carniceiro, por causa do tranco que deu no então cruzeirense Kerlon, o "Foquinha", quando defendia o Atlético Mineiro. Kerlon ganhou este apelido porque costumava fazer embaixadinhas de cabeça, durante os jogos. Sinceramente, creio que Coelho foi até sutil demais. Afinal, o Foquinha só fazia sua jogada quando os jogos já estavam decididos. Se tratasse apenas de um recurso técnico, por que não usá-lo quando o jogo está difícil?


Não sou a favor da violência, quero deixar bem claro. Concordo que deva haver meios para preservar o craque, que é quem faz o espetáculo. Entretanto, deve-se também haver respeito, que cabe em qualquer lugar e ocasião.


Agora quem reclamou foi Ronaldo, que engrossa o coro dos que não toleram essas gracinhas. Ele, que é o maior artilheiro da história dos Mundiais, não é nenhum cabeça-de-bagre, muito pelo contrário. Quero ver se algum puritano terá peito para chamá-lo de grosso.