quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sorriso Verde e Amarelo


Depois de muito tempo, confesso que fiquei empolgadíssimo com os próximos jogos da Seleção Brasileira. Tudo por conta da vitória de ontem à noite sobre nossos hermanos queridos, conquistando o troféu no Superclássico das Américas. Com um time mais leve e objetivo, o Brasil ganhou da Argentina pelo placar de 2 a 0, no estádio Mangueirão, em Belém, com gols de Lucas, que poderia ser velocista, e de Neymar, cujo corte de cabelo não tem definição.

Não levo em conta o placar, poderia ter sido apenas 1 a 0, mas ressalto a maneira com que os jogadores do Brasil entraram em campo. No primeiro tempo, os hermanos só queriam se defender, e quando ameaçavam dar trabalho ao gol de Jefferson, o mesmo defendia como um digno goleiro de Seleção ou a zaga tirava com confiança. No caso da Seleção Brasileira, só faltava mesmo o gol, pois as jogadas eram criadas, o que não acontecia em jogos anteriores.

Ainda no primeiro tempo, comecei a perceber que ali estava uma equipe diferente, confiante, criativa e querendo vencer o jogo. Veio o segundo tempo e pude falar o que estava engasgado há muito tempo: esse é o Brasil que todos queremos ver. Esse é o time que impõe respeito.

Penso que já passou da hora de o Mano Menezes olhar com mais atenção para os jogadores que fazem a diferença e aos que não fazem, pois está na hora de definir o elenco para o restante dos amistosos, Copa das Confederações e Copa do Mundo.

Sem me alongar, parabenizo os jogadores pela vitória, destacando o lateral-esquerdo Cortês e o atacante Borges, que entraram em campo com personalidade.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Terça-feira gorda

Em um dia de tantos assuntos, não poderia ficar apenas comentando o jogo da Lusa. Teve a lei da mordaça, implantada pelo Felipão, no Palmeiras, a suíte do pedido de dispensa do Mário Fernandes do time caseiro da CBF, a rodada da Champions, com direito à ressurreição do Kaká, a vitória do Benfica e a esperadíssima falta de profissionalismo de Tevez, no City.


Começando pelo Palmeiras, onde todo mundo grita e ninguém tem razão, não por falta de pão, mas de controle, Luís Felipe Scolari baixou determinação proibindo declarações dos jogadores à imprensa. A desculpa, esfarrapadíssima, por sinal, é que assim evita-se declarações polêmicas de alguém do grupo antes do jogo contra o lanterna América Mineiro.


O estopim foram as declarações do atacante Kléber, que reclamou de o time só fazer golos de bola parada. Falando em golos, o Gladiador não os marca há 100 dias. Muita resenha, pouca bola e nenhum respeito pelos companheiros. Felipão, perdido, não percebe que não será amordaçando o elenco que resolverá o problema. O buraco é muito mais embaixo: está na politicagem do clube, onde todo mundo manda, ninguém obedece e é o próprio Palmeiras quem perde com isso.


No Grêmio, Mário Fernandes voltou aos treinos um dia após dar uma bica na seleção caseira da CBF. Tudo o que tinha que ser dito a respeito o foi ontem. A vida segue, o lateral gremista terá outras chances com a camisa amarela e a seleção continuará agonizando na banalização promovida pela própria CBF, que conseguiu a proeza de transformar um Brasil x Argentina em um Araçatuba x Paysandu, só para manter as cores dos fardamentos.


Indo para o Velho Continente, rodada nobre pela Liga dos Campeões, com destaque para a vitória do meu Benfica (apenas porque é meu time), contra o romeno Otelul Galati, a ressurreição do futebol de Kaká na vitória madridista diante do Ajax, em dia de show do trio Ronaldo-Kaká-Benzema, e de mais uma molecagem do argentino Carlitos Tevez, que se recusou a entrar em campo na derrota do nanico endinheirado Manchester City para o enorme e fortíssimo Bayern de Munique.


A atuação do meia merengue é um alento para a Seleção, pois não há um meia sequer capaz de segurar o rojão. Kaká pode ser esse homem. Ganso é uma incógnita e Ronaldinho Gaúcho liderando o Brasil é uma piada de gosto extremamente duvidoso.


Em Munique, Tevez fez o que sempre fez: deu uma banana para o contrato que assinou e forçou, mais uma vez, a saída de mais um clube, como já fez no Boca, no Corínthians e no Manchester United. O clima é insustentável e o treinador Roberto Mancini disse que, com ele, Carlitos não joga mais. Agora ou o City o vende por um preço bem baixo ou vai ficar rasgando dinheiro com um ótimo jogador (e péssimo profissional) mofando, encostado.


Para fechar o dia, nada melhor que mais um espetáculo da Lusa. De manto novo e futebol à moda antiga, atropelou o Goiás no Canindé e abriu seis pontos do Náutico, segundo colocado. Rogério, Henrique e Marcelo Cordeiro marcaram, numa noite em que o maestro Marco Antonio desfalcou a equipa e Edno perdeu um comboio de golos, mas participou de dois dos que foram anotados. Mais Barcelusa do que nunca, o grená da camisa nova combina perfeitamente com o azul do céu que cobre as águas calmas que a nau lusitana navega em busca do porto seguro da primeira divisão.

sábado, 24 de setembro de 2011

Golzinho Cearense

Na última quinta-feira os palmeirenses respiraram um pouco mais aliviados com a vitória perante o Ceará. Foi um placar magrinho, é verdade, 1 a 0 no Canindé, com gol contra do zagueiro Thiago Matias, mas serviu para dar animo aos jogadores e encerrar um jejum de cinco partidas sem vencer. 
Os comandados de Luis Felipe Scolari jogaram um futebol raçudo, no qual a habilidade nem entrou em campo, como de costume. Porém, devido às turbulências nos últimos meses, não seria necessário apresentar um futebol arte, mesmo porque os jogadores que lá estão não possuem essa capacidade, mas era preciso dar uma resposta a torcida alviverde, ainda mais jogando no "seu" estádio.

Como um bom técnico gaúcho, Felipão armou muito bem sua defesa, fazendo com que seus pupilos marcassem bravamente os jogadores do Ceará, mas pecou quando escalou quatro atacantes, sendo que um deles ficaria com a função de armar o time. O atacante menos cotado para isso seria Kléber, devido ao seu estilo de jogo, mas foi ele quem ficou encarregado dessa tarefa. Resultado: não acrescentou em nada na partida. Sendo assim, o Palmeiras usou da sua melhor arma: cruzar a bola na área e quem pegar, pegou.

Quem sabe depois dessa vitória, a competência dos jogadores volte a circular pelos lados palestrinos. Mas calma, palmeirenses, ainda há muito uniforme para sujar dentro de campo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pra colocar o bacalhau de molho

Logo mais a Lusa tem o jogo mais complicado, sob o ponto de vista deste que vos escreve, na rota do título de campeão brasileiro da Série-B: enfrenta o embaladíssimo Bragantino, dono da melhor campanha do returno, no estádio Nabi Abi Chedid.

O Massa Bruta vem de seis vitórias seguidas e, com os golos de Léo Jaime, pode não ter encontrado a fórmula do amor, mas passou de ameaçado pelo descenço a sério postulante a ascender à primeira divisão do ano que vem. O último desaire do time da Terra da Linguiça foi diante do ASA, na penúltima rodada do turno.

Um rodada antes a Lusa sofreu sua última derrota, contra o Vila Nova, em pleno Canindé. De lá pra cá empatou quatro jogos e venceu três.


E o jogo de amanhã está longe de definir o que ambos os times farão no campeonato, mas ajuda a decidir muita coisa. Para o Braga, vencer a sétima partida consecutiva e, de quebra, acabar com a pose do líder disparado, pode dar o impulso que falta para consolidar de vez o caminho da volta à elite. Para a Lusa, que terá seis dos próximos sete jogos no estado de São Paulo, vencer o Bragantino significará não só manter a folga na cimeira da tabela, mas será a ratificação de que a turbulência da virada do turno já passou.

Um empate não terá sido dos piores resultados, ainda mais depois do tropeço do Náutico contra o Paraná, mas se a Lusa, que é o time com melhor campanha na condição de visitante, voltar de Bragança com mais três pontos, tratarei de garantir meu suprimento de sardinhas, tremoços e colocarei o bacalhau de molho.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Me engana que eu gosto

No fim da década de 1970 havia um ditado que rezava que "quando a Arena vai mal, mais um no Nacional; quando a Arena vai bem, mais um também" para explicar o inchaço do número de times no Campeonato Brasileiro, além de demostrar como os dirigentes, politicos ou dos clubes, usavam o futebol como instrumento de manobra.

Os políticos não usam mais a bola com tanta frequência por conta de uma mudança no comportamento do eleitor. Já os dirigentes dos clubes continuam useiros e vezeiros da prática, já que os torcedores se prestam ao papel de massa de manobra. No lugar de clubes no Nacional, contratações de impacto para o clube, mesmo que o caixa não suporte tamanha estripulia.

Pior que isso, não há critério técnico algum. O negócio é dar munição para os torcedores mais bravateiros fanfarronearem com os rivais. E ele, torcedor, aceita de bom grado, invariavelmente, mesmo que o risco de o negócio fazer água seja iminente.

Vejam o Palmeiras, em 2008: time redondinho, Jorginho, hoje na Lusa, com uma campanha irrepreensível. E o que fizeram? Além da troca pelo Muricy Ramalho, trouxeram o Vagner Love para o ataque, sem a menor necessidade. No caso do técnico, Muricy tinha história suficiente para justificar sua chegada ao Palestra. Já o Artilheiro do Amor, além de brilhar em uma Série-B, em 2003, nunca fez nada que justificasse o empenho para trazê-lo. Deu em nada, é claro.

Agora fazem a mesma coisa com o Valdívia. El Mago, como é chamado, nunca jogou o que pensam (ou ele mesmo pensa) que joga. Um ou outro lance esporádico, um ou outro chute no vazio, um ou outro gol e um ou outro dia fora do Departamento Médico do clube. E custou €7 milhões ao cofres do Palestra, que acaba de perder a chance de recuperar parte do investimento ao não negociá-lo com um Al qualquer coisa de algum país do Oriente Médio.

São Paulo e Corínthians contrataram o Imperador Adriano, mesmo com toda a fama de jogador-problema que o atacante tem. Ele alterna jogos fabulosos com confusões homéricas, o que põe em risco o alto investimento que se faz ao contratá-lo. Além do mais, se não estiver fisicamente nos cascos, Adriano não passa de um jogador comum, mas com um chute muito forte. Lesionado assim que chegou ao Parque São Jorge, ainda não entrou em campo.

Agora é a vez de Luis Fabiano, que nunca ganhou nada de relevante no clube e sempre negou fogo nos jogos grandes, ser a bola da vez. Foi recebido por mais de 40 mil ensandecidos tricolores no Morumbi, se machucou e ainda não estreou. Pela história no clube do Jardim Leonor, não espero muito dele.

Mas a cereja do bolo está no Flamengo: Ronaldinho Gaúcho foi disputado a tapa por Palmeiras, com quem estaria apalavrado, Grêmio, que o revelou, e Flamengo, que acabou levando a melhor. Ou a pior, pois o ex-melhor do mundo até agora não justificou os milhões de reais tirados sabe lá Deus de onde para trazê-lo. Alguns golos, o título carioca, mesmo sem ter brilhado no campeonato e bons jogos enquanto o Rubro-Negro esteve bem como um todo, o que lhe valeu a volta à Seleção, onde jogará o mesmo de sempre. Agora o Flamengo, que ficou invicto por quase sete meses, está em queda-livre e ele se esconde em campo.

Aí o torcedor, que ria feito uma hiena, amaldiçoará o que meses antes havia abençoado. Mas não tem nada não. É só trazer mais um jogador com muito nome e pouca bola, que o pessoal da arquibancada continuará dizendo "me engana, que eu gosto".

domingo, 18 de setembro de 2011

Os tremoços do Johnny

Sábado fui ver o jogo da Lusa numa padaria aqui em Diadema, a convite de um amigo. Nada mais apropriado, não é mesmo? Portuguesa, cerveja e tremoços. Diferentemente do que podem os senhores imaginar, o nome do patrício da padaria não é Manuel ou Joaquim, mas João, ou Johnny. Johnny da Padaria.

Assim que cheguei, faltando uns 15 minutos para o início da partida, vi que o Johnny usava uma camisa igual à minha, um modelo retrô do ano de 1956, com o nome do grande Djalma Santos. Grande também foi o abraço que recebi do anfitrião, a quem eu já devia a visita há tempos.

Na TV passava o jogo do Barcelona, aquele time espanhol que se inspira na Lusa para jogar. No intervalo, o placar apontava 5 a 0 para os catalães, contra o Osasuña.

Fui à geladeira, peguei uma cerveja e sentei-me ao pé do balcão. À minha frente, uma generosa porção de tremoços e o Johnny, que contava histórias de jogos inesquecíveis e atendia quem chegava na padoca.

Enquanto isso o Guarani, que mandava o jogo em Araraquara, tinha a posse de bola e assustava uma Lusa desfalcada do seu principal armador, Marco Antonio. A primeira finalização rubro-verde aconteceu aos 10 minutos, dos pés de Boquita, o substituto do maestro. Bola na entrada da área, desviada na zaga e indo dormir dentro da cidadela bugrina.

Johnny e eu quase engasgamos, com tremoços, comemorando o golo. Daí em diante, uma pressão do verde campineiro, que fez do guardarredes Wéverton o nome do jogo. E foi assim até o final da segunda parte: sustos, pressão contrária, ótimas histórias, tremoços e cerveja, até o segundo golo da Lusa, num contra-ataque letal que terminou com o esférico no barbante, após a conclusão do avançado Junior Timbó, já nos estertores do confronto.

Depois disso, mais comemoração, mais cerveja e mais tremoços, claro. E a promessa de voltar à padaria do bom patrício Johnny para mais histórias, futebol e tremoços.

Sem sal e sem açúcar

* por Thiago Albino


No estádio Mario Kempes, em Córdoba, na última quarta-feira, jogaram as duas seleções de maior rivalidade mundial, por que não? Ambas só convocaram jogadores que atuam no próprio país, e claro, a Argentina veio com um elenco onde não tinha um jogador de destaque.

Como o Brasil é o país do futebol, seria estranho se a amarelinha não entrasse em campo com pelo menos um grande talento. Por isso, por falta de um, entraram dois: Ronaldinho Gaúcho, aquele que sempre fica devendo com o manto verde e amarelo, mas joga bem nos clubes por onde passa, e Neymar, a grande jóia brasileira, o que pode vir a ser melhor que Ronaldo “fenômeno”, segundo alguns comentaristas esportivos, que agora não vem ao caso.

É engraçado usar esse titulo se tratando de seleção brasileira. Mas, o que ficou no Superclássico entre Argentina x Brasil foi isso: um jogo sem tempero, sem aquela velha emoção que se sentia quando a canarinho entrava em campo, onde o placar foi um misero 0x0.

Enfim, com essa renovação entre os jogadores, fiquei esperançoso e ansioso para ver os jogos da Seleção Brasileira e o velho futebol arte de volta, o que não acontecia de 2003 até 2010. Agora, se for para a seleção jogar do jeito que está, chama o Zico, Rivelino, Bebeto, Romário que eles darão conta do recado.

O time não tem jogada trabalhadas, não tem ofensividade, joga o básico, com medo de errar. Por isso admiro Leandro Damião, um rapaz de personalidade, que arrisca, joga sem medo. Apesar de achar que o Borges também mereça uma chance.

Procuro entender porque o moço de Passo do Sobrado, no Rio Grande do Sul, não coloca o Lucas como titular, nem se quer o coloca para jogar 30 minutos das partidas. Convoca jogadores que não acrescentam em nada, só estão lá pelo nome: Ronaldinho Gaúcho, Kleber, Robinho e por ai vai.

Portanto, abra o olho Mano Menezes, senão você irá ver a Copa do Mundo de 2014 sentado no sofá da sala tomando chimarrão.

*Thiago Albino, 20 anos, é estudante de Jornalismo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O não-jogo de ontem

Ontem Brasil e Argentina resolveram ofender o futebol. Nem o mais crítico dos torcedores esperava algo tão ruim, ainda mais se tratando de duas maiores escolas do futebol mundial. É difícil escrever sobre um jogo que não houve. Aliás, houve, mas aquilo lá não pode ser chamado de futebol.

Como é praxe nos jogos da seleção do Mano, uma ou outra jogada individual, incluindo a carretilha do ótimo Leandro Damião que acabou na trave. No mais, um time inteiramente dominado no primeiro tempo, montado com um meio de campo formado por jogadores que nunca deveriam passar perto da camisa da Seleção. Neymar apanhava um pouco e caia muito, Ronaldinho Gaúcho jogava o que sempre (ou nunca) jogou com a camisa amarela e Leandro Damião só via a bola de longe. Lucas, que poderia mudar o panorama do jogo, passou o tempo todo ao lado do convocador, no banco.

Pode-se alegar que só estiveram em campo os jogadores que atuam no país, mas o mesmo caso se aplica a nuestros hermanos, e a diferença é que, enquanto o Brasil contou com algumas estrelas, a Argentina não pode contar com seus dois principais jogadores, Veron e Riquelme, que estavam lesionados. No mais, um bando de jogadores esforçadíssimos que são o retrato fiel de um futebol falido financeiramente.

O não-jogo foi válido pela Copa Nicolas Leoz, antiga Copa Roca. A princípio torci o nariz para a homenagem a um dirigente tão danoso, ainda mais em se tratando de um torneio que já teve gente do nível de Sívori, Pedernera, Pelé e Didi. No entanto, após o desfutebol de ontem, não só aceito como concordo. Afinal, como se diz em Portugal, pra quem é, bacalhau, ou melhor, Nicolas Leoz basta.

Barcelusa voltou

Foi um banho de bola. Como se diz em Portugal, uma jornada bem conseguida. A Portuguesa voltou a ser Barcelusa e quem pagou por isso foi o Grêmio Itinerante, por ora em Barueri. O escore que se viu no esdrúxulo placar eletrônico do Canindé mostrou a superioridade dos comandados de Jorginho, o Cantinflas, ou Jorgiola, ou Jorginus Michels.


O golo que inaugurou o dito placar saiu dos pés dos visitantes, num belíssimo chute de Alex Maranhão. Depois disso, só deu Lusa, como numa luta de boxe em que o mais forte leva um soco, sente o gosto do próprio sangue e parte forte como um trator pra cima do contrário. Forte como a pedrada de Edno, que virou o jogo três minutos após o maestro Marco Antonio tê-lo empatado. O golo do gigantesco Ananias, ainda antes do meio tempo, serviu para mostrar quem é que manda.


E no Canindé manda a Lusa. Com um toque de bola rápido, envolvente, hipnótico, no melhor estilo Barcelona, ou melhor, Barcelusa! Ferdinando, até ele, marcou o quarto tento antes da metade da segunda parte. Como nem tudo é perfeito, depois da goleada alcançada houve um relaxamento em campo e o segundo golo do mambembe Barueri.


Mesmo com o jogo ganho Jorginho não suporta essas oscilações. Este talvez seja o segredo do seu Bacalhau Mecânico: a busca quase insana pela vitória, em casa ou no relvado do adversário. E o jogo acabou como gosta o comandante: com a bola no pé, os três pontos no bolso e a certeza de que a Barcelusa voltou.