terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Obrigado, de coração.

Chega ao fim um ano positivo. Um ano em que a Portuguesa voltou a ocupar lugar de destaque sob os holofotes, apesar do seu começo claudicante, com eliminação para o Bangu na primeira fase da Copa do Brasil e a oitava colocação no Paulistão. Por conta do regulamento, acabou sendo, curiosamente, melhor que a quinta posição de 2009 e a sexta de 2010.

Daí veio o segundo semestre, com a campanha histórica e histérica que culminou com o título de campeã nacional, a volta à elite e a merecida alcunha de Barcelusa, graças ao hipnótico futebol jogado pelos comandados do técnico Jorginho, nosso Pep Guardiola.

Pessoalmente foi um ano difícil, com perdas, danos e dúvidas, mas com o apoio dos meus, e com mais dúvidas ainda pela frente. Não sei o que me espera, mas espero ter tenacidade para segurar a bronca. No entanto, como nada é véspera de muito, graças a Deus - e sempre a Ele - consegui meu lugarzinho na imprensa esportiva, um sonho pelo qual batalhei a vida inteira.

Que 2012 seja grandioso, sobretudo para vocês que acompanharam as linhas deste humilde escriba, e que possamos continuar por muito tempo, ou pelo menos em plenitude pelo tempo que Ele me permitir.

Muito obrigado a todos, de coração. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O que é o Barcelona?

Que o Barcelona é o melhor time do mundo, disparado, não é segredo para ninguém. As últimas dúvidas, se é que haviam, viraram pó no jogo, ou melhor, no passeio que o time blaugrana deu no Santos, o melhor time da América do Sul. O Peixe simplesmente não jogou. E isso pode ser visto por dois prismas: o do Barcelona e o do Santos.
Para começar pelo time que estava em campo e não viu a bola, a armação planejada pelo técnico Muricy Ramalho visava congestionar o meio, que é por onde o Barcelona costuma tocar a bola. Para tanto, escalou três zagueiros - Bruno Rodrigo, Edu Dracena e Durval - e dois volantes - Arouca e Henrique. Assim, além de obrigar o time catalão a abrir o jogo e buscar alçar a bola na área, onde os três beques eram mais altos que os meias barcelonistas, teria uma boa saída de bola com os dois volantes, que sabem sair para o jogo, e com os laterais Danilo e Léo. Afinal de contas, um time que joga com três zagueiros, além de proteger a própria baliza, automaticamente dá liberdade para os alas atacarem. Daí em diante, os três jogadores de frente - Neymar, Ganso e Borges - poderiam incomodar a zaga do Barça. Certo?
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Seria, se não fosse por um detalhe: o Santos congestionou sua área, mas não marcou justamente onde o time brilhantemente conduzido pelo Pep Guardiola mais joga, que é na intermediária adversária. Pior que isso: todo o time recuou. Henrique virou zagueiro, Léo virou zagueiro, Danilo virou zagueiro. Arouca tentava, em vão, acompanhar quem estivesse com a bola, mas quem estava? Ora era Messi, ora era Cesc, ora era Xavi ou Iniesta, ou Abidal, ou Thiago Alcântara, ou Daniel Alves, que atuou de tudo, menos de lateral. Para piorar, Durval errou tudo o que podia e, principalmente, o que não podia. Léo, que ganhou a posição quase no grito, parecia gritar por socorro o jogo todo. Veja na imagem:

CINCO ZAGUEIROS? Cinco santistas dentro da área para marcar dois
barcelonistas. Marcação errada foi a sentença de morte do Santos no Japão.
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Assim caiu por terra o primeiro mito, o do time bem protegido por ter cinco jogadores defensivos. O posicionamento dos brasileiros estava todo errado, e isso foi a senha, o convite, para a própria morte.
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Como desgraça pouca é bobagem, Ganso se escondeu durante o jogo todo. Já Neymar, nas poucas vezes que teve a bola à sua feição, não foi feliz. No entanto não se absteve de correr. Borges, por sua vez, recebia tijolos que tinha que arredondar mas não havia com quem jogar, já que, isolado como estava, fazia o pivô, mas era para o meio de campo adversário.
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Do lado do Barcelona, a filosofia de deter a posse de bola o maior tempo possível, que começou a ser implantada lá na década de 1970, com Rinnus Michels, depois Van Gaal, depois Rijkaard e, por fim, Guardiola, que é cria de La Masia, a lendária cantera do Barcelona, chegou à beira da perfeição. Dos 14 jogadores que participaram do massacre de domingo, somente três não foram feitos em La Masia. Tudo com muita simplicidade, pois o princípio é o de que com a bola faz-se os gols e não os toma. Trivial, não?
Sim, mas o segredo é como manter a posse de bola, que, nos jogos do time azul-grená, ela tem ficado mais nos pés barcelonistas do que nos pés dos adversários há impensáveis três anos. Na meia cancha, o time de Guardiola reúne todos os seus jogadores que tenham a incumbência de criar. Todos sem posição fixa. Com exceção do volante-volante Busquets, os outros meias jogam de tudo, em todas. Como num passe de mágica, o time passa de um 2-1-5-2 para um 4-1-5-0 e daí para um 3-1-3-3. O "um", é claro, é Busquets. No jogo de ontem, Abidal começou como ala e passou a ser zagueiro pela esquerda. Dani Alves era ora um meia aberto pela direita, fazendo o que Thiago Alcântara fazia pela esquerda, ora era um ponta dos mais agudos, tal e qual Pedro, do outro lado, assim que substituiu o ítalo-brasileiro-espanhol. Messi e Iniesta se deslocavam alucinantemente como rabos de vaca, da esquerda para a direita, e como pêndulos, indo e voltando. Cesc Fábregas e Xavi jogavam mais centralizados, o que não significa que estivessem estáticos. Estava criado o pandemônio na intermediária que deveria ser santista, mas era uma extensão do latifúndio que virou o campo do Barcelona.
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PARQUE DE DIVERSÕES Mesmo com placar desfavorável, postura santista
seguiu equivocada. Daniel Alves fez o que quis no lado esquerdo brasileiro

Assim ruiu o segundo paradigma, este adorado pelo atrasados críticos do Novo Mundo: o de que é preciso ter atacantes de ofício para ser ofensivo.
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Por fim, o que se viu no gramado do Yokohama Stadium foi um time focado no jogo e que conhecia cada passo de cada um dos 11 adversários contra um que teve seis meses para procurar entender o que era o adversário, mas que entrou em campo não para jogar, mas para prestar reverência e, sem referência, não passou de um time bonzinho, contra um time extraordinário, um dos maiores de todos os tempos.
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Assim o terceiro ponto pacífico também virou fumaça, aquele que prega que deve-se comparar times diferentes, em momentos diferentes, para se justificar o favoritismo deste ou as chances daquele. Ora, falou-se muito da decisão de 2009, quando o "mesmo" Barcelona pagou todos os pecados para poder vencer o limitado Estudiantes, da Argentina, mas que tinha o semi-gênio Verón. O Barcelona tinha a mesma base, mas agora está dois anos mais curtido, e o Santos, em vez do mítico argentino, tinha um espectro de jogador dentro da também mítica camisa 10.
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A última das ideias fixas que esvaiu-se no tapete verde de Yokohama é a mais cantada e decantada por aqui. A de que o Brasil é o país do futebol. Não, não é mais. Nós nos deitamos nas nossas glórias e não vimos que nos superaram. O país do futebol está na Península Ibérica, mais precisamente na Catalunha e, além de ter a mais bonita das histórias que um clube pode ter, tem o futebol mais mágico que já se viu desde a Copa de 1982, que, por ironia do destino, morreu no Sarriá, em Barcelona. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Roda de samba e paradinhas

Saindo de casa ontem a caminho de um aniversário, fui pensando: hoje o Corinthians pode ser campeão do BR-11 caso o Vasco não ganhe o jogo lá no Rio de Janeiro. Será que no churrasco as pessoas assistirão ao jogo?

Bem, cheguei à casa da aniversariante, cumprimentei quem estava presente e já fui encher a barriga. As horas foram passando e o pensamento, após ter ficado vago por algumas horas, voltou: já vai começar o jogo e ninguém falando nada de assistir. De repente, outros convidados começaram a chegar juntamente com seus trajes em preto e branco e instrumentos. Rapidamente a movimentação começou a se tornar intensa e a televisão foi colocada no quintal. O samba começou juntamente com o jogo, tudo muito bom.

Com o passar dos minutos comecei a perceber que a atenção de todos inclusive as dos sambistas não estava totalmente voltada para o samba, mas sim para o jogo. A cada passe errado, a cada lance de gol, os presentes no quintal reagiam cada um do seu jeito: respirando fundo, criticando e até olhando para o céu e conversando com Deus.

É claro que não só corintianos ali habitavam, eu como um bom palmeirense estava lá para secar, quietinho, junto com outros palmeirenses e são paulinos. Com o gol do Liédson, o samba parou na hora para a comemoração. Porém, como a secagem para cima do Corinthians estava grande, o Vasco fez 1 a 0 no Tricolor carioca, foram as risadas maléficas dos palmeirenses e sãopaulinos.

A festa e o samba não podiam parar, por isso o jogo começou a ter trilhas sonoras. Entretanto, o samba parou com o gol de empate do time das Laranjeiras e o coro não estava mais nas letras musicais, mas sim no grito de “É CAMPEÃO”.

Os minutos foram passando e a trupe corintiana foi ficando angustiada para o jogo acabar e poder comemorar o pentacampeonato. Bom, o jogo acabou e o Corinthians venceu o Figueirense fora de casa, por 1 a 0. O que os mesmos não esperavam fora o gol do Vasco da Gama nos minutos finais da partida no Engenhão.

Vasco 2 a 1, foi a tristeza e o silêncio dos corintianos por ainda não comemorarem o título e a alegria dos alviverdes e tricolores presentes no aniversário, tudo na maior descontração.

sábado, 26 de novembro de 2011

Passa a régua aí, campeão!

Quando o árbitro jogo Icasa x Portuguesa trilar pela última vez o apito, chegará ao fim a temporada de 2011 para a gente do Canindé. Temporada, esta, que marcou a ressurreição, a volta da Lusa não apenas à Primeira Divisão, mas principalmente ao grupo dos grandes times do país.

Foi um ano especial: nos classificamos após quase 13 anos à segunda fase do Paulistão, vencemos a Série B do Campeonato Brasileiro com folga, com brilho, com raça, jogando muita bola e com a torcida fazendo do Canindé o estádio mais lindo do mundo.

Sim, existem estádios mais modernos, mas em nenhum o leitor encontrará uma torcida tão apaixonada, tão passional. Ninguém tem o brilho nos olhos que pode ser visto no Canindé. A mesma vibração não pode ser vista em outro lugar.

É fácil torcer para quem está sempre na elite, sempre sob os holofotes, sempre sob a proteção das arbitragens, tribunais e confederações, ou até de governos populistas que se valem da paixão do torcedor, trocando apoio por títulos pré e pós fabricados ou por estádios.

A Portuguesa vive por si, pela e da sua gente. Nunca se vendeu, sequer foi ajudada por esquemas que acertassem, antes dos 90 minutos, o vencedor. Ou melhor, o resultado, pois em condições assim não existem vencedores.

O que se viu este ano mostra a grandeza da Portuguesa. Em números, são 31 rodadas em primeiro lugar (das quais as 29 últimas), o que daria 148 dias com a camiseta amarela, fosse o Tour de France de ciclismo. O acesso veio com seis rodadas de antecedência; o título, com três. É o ataque mais arrasador da história da Segunda Divisão nacional, com 80 tentos marcados até a última jornada. Isso sem contar os 20 jogos de invencibilidade, o que dá mais que um turno inteirinho.

Se a frieza dos números impede uma análise mais apropriada, temos a festa que foi o Canindé nos últimos jogos, a tocata de folclore com suas concertinas, a emocionante execução do Hino Nacional por parte do maestro João Carlos Martins e, sobretudo, a alegria em forma de sorrisos, lágrimas e abraços.

E neste ano inesquecível, no qual na padaria portuguesa o pão caiu com a manteiga pra cima, podemos tomar mais uma para comemorar e, de uma vez por todas, para a Segunda Divisão, passar a régua.

domingo, 20 de novembro de 2011

As lágrimas do meu pai

Meu pai nunca foi do tipo que gosta de futebol. Foi poucas vezes ao estádio e, quando o fez, nunca prestou atenção ao jogo. Torce para o Benfica mais por causa do encarnado da camisola que por influência da equipa que encantou o mundo nos anos 1960.
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A incumbência de levar-me ao Canindé, tarefa considerada sagrada por este humilde escriba, coube ao meu tio Albano, não ao meu pai. Talvez quisesse me poupar de tantas desventuras, de tantos dias de expectativas frustadas e despaupérios proferidos em momentos de raiva. E olhem que foram muitos (os despaupérios e os momentos de raiva). O velho Constantino é do tipo que fica sabendo do jogo depois e só pergunta pelo resultado. Se a Lusa ganhou, "tá bom". Se perdeu, "raios que partam o time!" ou "que não tivessem ido ao jogo, pá!". E assim foi desde que me conheço por gente.
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Mas este ano algo estava diferente. De repente meu pai começou a perguntar se o jogo da Lusa era hoje, como estava o Benfica e se Portugal tinha se classificado para a Copa. Era comum, inclusive, vê-lo pelos passeios com a camisola rubro-verde. Até fez planos para irmos juntos à casa lusa para o jogo das faixas, contra o Duque de Caxias.
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Mas aí a CBF antecipou a partida, atendendo uma solicitação da dona do futebol brasileiro, a Globo, dando uma bica no Estatuto do Torcedor, e meu pai ficou sem ver a festa. Na verdade, ele soube do resultado, por mim, já no dia seguinte, e não escondeu a insatisfação, traduzida por um palavrão de origem portuguesa, é claro. Não direi o tal substantivo cabeludo, mas saibam os senhores que se trata do lugar mais alto do navio, para o qual eram mandados os marujos indisciplinados.
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Quando, no começo da tarde, passou na TV a reportagem do jogo, fui ao quarto dele e mudei a TV de canal, que estava no Chaves, para que ele visse o Hino Nacional executado pelo maestro João Carlos Martins, os quatro golos da Portuguesa, os gritos de "É Campeão!" e a taça, a primeira nacional, erguida pelo outro maestro da noite, o capitão Marco Antonio.
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No fim da reportagem, a surpresa: meu pai chorava, copiosamente, e cantava o hino da Portuguesa, mesmo sabendo apenas a melodia. Nesse momento, tudo valeu a pena: os momentos de raiva, os palavrões e, sobretudo, as lágrimas do meu pai.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

É hoje!

Vasco e Corinthians entram em campo hoje à noite pela 35º rodada do BR-11. Ambos buscam disparar na liderança, já que possuem 61 pontos. Porém, o time paulista está em primeiro lugar da tabela pela vantagem de ter uma vitória a mais que o time vascaíno (18 para o Corinthians contra 17 do Vasco).

Tentando manter-se na liderança, a equipe paulista enfrenta o Ceará fora de casa, no estádio Presidente Vargas, às 21h30. Como Paulinho tomou o terceiro cartão amarelo no jogo contra o Atlético-PR no último domingo e não viajou junto com a comissão técnica para o confronto diante do Ceará, a novidade no meio-campo é o volante Edenilson. Alex, Jorge Henrique e Chicão seguem fora devido às contusões musculares.

O time da Colina, segundo colocado e torcendo por um tropeço do Timão, também joga fora de casa. Os comandados de Cristovão Borges jogam contra o Palmeiras, no estádio do Pacaembu, às 21h50. O destaque do time vascaíno fica por conta do zagueiro Dedé, responsável pelas vitorias do Vasco nos últimos jogos. A baixa é Juninho Pernambucano, que fora poupado para esta partida.

Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS) apita a partida aqui na capital, auxiliado por Carlos Berkenbrock (Fifa/SC) e Kleber Lucio Gil (SC). O árbitro Elmo Alves Resende Cunha (GO) viaja até o Ceará, auxiliado por Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Marrubson Melo Freitas (DF).

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Às armas, pois, Portugal!

Às armas, Portugal! Portugal está apurado à fase final da Eurocopa. A decisão foi nesta terça, 15, no estádio da Luz, diante de 60 mil patrícios. E com uma atuação para espantar qualquer dúvida quanto ao poderio da Selecção das Quinas: um inapelável 6 a 2 contra a perigosa seleção da Bósnia, com Cristiano Ronaldo e Helder Postiga a bisar e Nani e Miguel Veloso completando o escore.

Como era de se esperar, o jogo não foi dos mais tranquilos. Só ficou ao gosto português quando a Bósnia ficou reduzida a 10 homens, instantes após Ronaldo apontar, em grande estilo, o terceiro golo português. Ainda assim, a Bósnia voltou a discutir o apuramento quando diminuiu para 3 a 2. A partir daí a então perdulária equipa de Paulo Bento cilindrou o adversário, com três golos.

Agora que o purgatório da repescagem está superado, cabem algumas considerações: Portugal precisa de um guardarredes mais confiável que Rui Patrício, Ricardo Carvalho tem que voltar o quanto antes e Cristiano Ronaldo tem, sim, condições de ser o ponto de desequilíbrio da equipa, que marca presença pela sétima vez consecutiva na fase final dos grandes torneios que disputa: Copa do Mundo e Eurocopa.

A baliza lusa passa por uma situação curiosa. Eduardo, que deveria ser o dono da posição, é apenas suplente do brasileiro Artur no Benfica. Assim está em desvantagem na disputa com o leonino Rui Patrício. Acontece que o guardarredes do Sporting não tem tido atuações seguras, o que pode por a termo as chances lusitanas. Uma solução passaria pela volta do bracarense Quim à equipa, mas este não goza da confiança  dos portugueses.

Outro ponto fraco de Portugal é a defesa,  fragilizada após o afastamento do titular indiscutível Ricardo Carvalho, que foi suspenso por um ano pela Federação Portuguesa de Futebol. Cabe aí uma reaproximação, promovida pelo capitão Cristiano Ronaldo, colega de Carvalho no Real Madrid, ou mesmo por José Morinho, que tem prestígio junto à FPF.

No mais, Paulo Bento parece não ter problemas. Tem dois laterais de qualidade para a direita (Silvio ou João Pereira), quem têm a oferecer mais que os antigos internacionais Paulo Ferreira e Bosingwa; o melhor defesa-esquerdo do mundo, Fábio Coentrão, três trincos de muita qualidade, que são Miguel Veloso, Raul Meireles e Thiago, além de João Moutinho, Nani, Carlos Martins e Danny, que são excelentes ganchos a serviço da Equipa Nacional. Hélder Postiga mostrou-se decisivo, mais que Hugo Almeida, e até Nuno Gomes ainda pode sê-lo.

Sobre Cristiano Ronaldo, este está jogando como nunca, seja com a camisola merengue ou com a encarnada. Faz golos de todos os tipos, serve os companheiros e criou, graças a seus últimos treinadores, um senso de grupo que não tinha. Finalmente está pronto para ser o condutor, no relvado, da nau lusitana.

Às armas e às glórias, Portugal.

Tudo pra dar Europa em 2014

Nunca gostei desse negócio de "se tal coisa acontecesse hoje, como seria?", mas algo que tem acontecido e que está saltando aos olhos é a superioridade das seleções europeias ante as sul-americanas.


As melhores seleções do futebol mundial, hoje, estão do lado de lá do Atlântico. É só ver e comparar a renovação que acontece no Velho Mundo e a entressafra geral do futebol dos países da Conmebol.


A Alemanha, que sempre teve a tática como primazia, apresenta uma seleção leve e habilidosa, a despeito da sua tradição de panzers e meias-motorzinhos carregadores de bola, além de trincos cães-de-guarda. À frente da linha de defensores hoje joga Schweinsteiger, que é meia de origem, ou Kroos, que também sabe jogar à frente. Na armação, jogadores que estão voando, como Khedira, Özil e Müller. É um time jovem, com muita lenha ainda para queimar.


A Holanda continua com a mesma base que perdeu a final - e a cabeça - na Copa da África. Exceto por ser um time extremamente violento, dá gosto ver o time laranja jogando. E a exemplo da Alemanha, esta geração está longe do final.


A Itália de Cesare Prandele parece ter aprendido com os pecados - devidamente pagos - da última Copa. Tem um time mais leve, mais jovem e não abre mão dos fantasistas. E tem camisa.


A Espanha passa por um momento estranho, tendo perdido a maioria dos amistosos que fez contra seleções fortes (Argentina, Portugal e Inglaterra), mas em jogos oficiais venceu tantos quantos jogou. Além do mais, tem a seu favor o entrosamento pré-fabricado do Barcelona e tem tudo para atravessar o Atlântico com o rótulo de favorita na camisa.


Na América do Sul as gigantes Argentina e Brasil estão em período de entressafra. E a renovação não vem sendo bem conduzida. Na Argentina pela falta de talentos e no Brasil pela falta de planejamento e competência, além de a safra não ser também das melhores.

O Uruguai, por sua vez, tem um time já ajeitado e forte, mas carece de renovação. Considerando que faltam dois anos e meio para o Mundial, a Celeste chegará com uma equipa envelhecida. Se não repetir os erros italianos vistos no Continente Negro, pode fazer boa figura.


Ainda falta muito para a Copa e as Eliminatórias mal começaram, mas é bom abrir o olho desde já, senão veremos uma festa europeia na América do Sul.

Em casa que falta pão


De acordo com a sabedoria popular portuguesa, quem fala demais dá bom dia a cavalo. No Palmeiras as coisas andam mais ou menos neste sentido. E graças a uma das estrelas da companhia, o atacante Kléber.

O Gladiador entrou em rota de colisão com seus superiores, sejam diretores ou o técnico Felipão, e desde então a coisa desandou. Tirando os dias contados a partir do afastamento após a briga com o treinador, foram mais de 100 sem marcar um golzinho sequer.


É ponto pacífico que, para ser polêmico, alguém tem que ser indispensável, o que não é o caso do camisa 30 (por enquanto) do Verdão. Kléber não resolve os problemas do clube há muito tempo. E assim foi em todos os times por onde passou: São Paulo, Dínamo de Kiev, Cruzeiro e o próprio Palmeiras. É um jogador que tem uma técnica apenas razoável e uma raça que às vezes descamba para a violência quase desleal. E suas atitudes têm deixado um ambiente já hostil, de um time que não ganha há quase dois meses, ainda mais carregado.


Muita da culpa passa pela diretoria do próprio Alviverde. Quando o ranheta atacante foi a público vomitar os maiores impropérios em cima do vice-presidente Roberto Frizzo, o correto seria a diretiva verde puxar-lhe a orelha. E o que fizeram? Sob as bênçãos de Felipão passaram-lhe uma permissiva mão na cabeça e aí foi dado o cartão verde para o Gladiador.



Foi só mais um capítulo da esbórnia que se tornou o Palmeiras, desde que Thiago Neves deu de ombros para o contrato assinado e picou a mula para o Oriente Médio. O argentino Martinuccio fez o mesmo e foi para o Tricolor Carioca, atual time do Thiago Neves. Teve também o capítulo da agressão ao volante João Vitor, onde ninguém teve razão.


Casa em que falta o pão é assim mesmo. Mas no caso o que falta não é pão, é comando.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Conversa pra boi dormir

Tenho ouvido desde ontem que a briga pelo título de campeão brasileiro ficou restrita a Corínthians e Vasco, dados os resultados da última rodada. Mais que isso, graças às constantes escorregadas, sobretudo, dos cariocas Botafogo, Flamengo e Tricolor do Rio.


Da mesma forma que quando os líderes tropeçam todos os outros voltam à disputa, revigorados, e que o Brasileirão é um sucesso, pois é o único campeonato do mundo no qual cinco ou até seis times têm condições de levantar a taça.




Nem sempre equilíbrio é sinônimo de qualidade, ludopedicamente falando. Mesmo porque o campeonato brasileiro é fraco. Neste campeonato de "pontos parados" ninguém dispara. É nivelado? Sim, é, e muito, mas é nivelado por baixo, bem por baixo. Ninguém é confiável, nem mesmo o Corinthians, que tem o melhor elenco ante os outros postulantes ao título.


Não dá pra conceber, em um campeonato de pontos corridos, que um time fique 10 jogos sem vencer e ainda assim tenha chances enormes de ser campeão. Isso mostra que esse negócio de cada jogo ser uma decisão é balela. é conversa fiada.



O único time que sobraria é o do Santos, caso levasse a sério o campeonato. Assumiu o risco de pensar apenas no Mundial e, se não vencê-lo, ficará com o ônus de ter aberto mão de um Brasileirão que poderia vencer, até com certa tranquilidade, mesmo poupando alguns jogadores.


É evidente que, por ser um produto e este deva ser vendido, boa parte da imprensa exalta este equilíbrio, mas daí a dizer que o campeonato é bom vai uma diferença gigantesca. Como bem diz o grande Mauro Beting, "o campeão será aquele que melhor fugir do rebaixamento".

domingo, 13 de novembro de 2011

Gente como nós

Há um antigo ditado em Portugal que diz que quem não bebe tem algo a esconder. Sabe-se que o português é um povo intenso, em tudo. Quando está triste, não há tristeza maior, sobretudo quando ela se materializa no choro de uma guitarra portuguesa a acompanhar a voz melancólica do fadista. Quando está contente, porém, o português é festeiro como não há em lugar nenhum.

Ontem estive na padaria do amigo Johnny para acompanhar o jogo da Lusa contra o Vila Nova e, de quebra, tomar uma cerveja e comer os tradicionais tremoços. Desta feita, porém, Johnny providenciou um ótimo churrasco para apreciarmos com o também ótimo futebol do time do Jorginho.

Enquanto a pelota não rolava no relvado do Serra Doirada, a mesa cheia anunciava a presença da gente d'além mar no lugar. Como bem diz a música, há fartura em tudo o que um bom português faz. E nem precisa de passaporte, pois o bem receber, o calor de um abraço sincero e os olhos marejados em sinal de agradecimento pela acolhida e pela visita já denunciam, além do rubroverde das bandeiras espalhadas pela padaria e pelas camisolas de toda a malta que lá estava.

Em campo, cada golo apontado pela Lusa era uma festa. Nem o tento de empate, alcançado pelo Vila tão logo a Portuguesa inaugurou o escore, esfriou o ânimo da gente lusitana. Coisa que só uma equipa que goza de plena confiança dos adeptos consegue. E isto a Lusa tem de sobra.

E como quem não bebe tem algo a esconder, ninguém escondia a alegria por ver a Lusa tendo outra atuação bem conseguida, a de número 21 no campeonato. Alegria esta demonstrada em um abraço, um sorriso largo ou mesmo em uma lágrima.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Nosso dia chegou: Lusa campeã!!



O nosso dia chegou. A Portuguesa de Desportos é campeã! Ninguém merece mais que nós esta taça, esta glória. É o fim de uma página triste, quiçá a mais triste de todas. Mas um fim glorioso, inesquecível. Com o estádio lotado, com todas as nossas glórias reunidas. Com um comandante de caráter, que conhece a Portuguesa como ninguém. E só quem conhece a Lusa seria capaz de compreendê-la.

Foi um trabalho árduo, difícil, cheio de obstáculos, com quedas, momentos vergonhosos, não para se esquecer, pois é nos erros que se aprende. Deve-se, sim, lembrar de todos os erros, equívocos, e usá-los como um mantra, para que nunca mais a Portuguesa saia do seu lugar.

E seu lugar é onde sempre foi: entre os grandes. Não são as quedas que apequenam. O que diferencia os grandes dos demais é a capacidade de se reerguer. E nisso a Portuguesa foi gigante.

E a Lusa é gigante. É enorme. Sem essa de Barcelusa. Hoje não. Hoje é Portuguesa, apenas Portuguesa, e isso nos basta. E isso ninguém nos tira. A glória da nossa história, a força, a tradição e a certeza, agora sim, inquestionável, que a Portuguesa é um time campeão.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Chegou o dia

O dia chegou, finalmente. Hoje a Lusa recebe o Sport para fazer história. Para soltar, de uma vez por todas, um grito que está preso há muito, muito tempo.
É curioso como não sei o que escrever para tentar mostrar a grandiosidade desse momento. Se fosse na minha velha Olivetti, já teria amassado uma dúzia de papéis. Aqui é mais fácil, é só apagar.
O que ninguém irá apagar é o histórico momento da Lusa. Uma comunhão não vista há muito tempo entre diretoria, time e torcida. Claro que o time ajudou, pois está jogando o fino da bola. Nos dias em que a coisa não vai, é a raça que substitui a técnica. E quer saber? Torcedor que se preze gosta de futebol bonito, mas se for jogado com raça, pela camisa, pelo suor, aí é que as bancadas se rendem.
Já procurei palavras bonitas, frase de efeito, fiz buscas no Google. Nada se compara à alegria de ver o "time do coração" merecendo tal alcunha. Nada!
Pode ser que o Leão da Ilha do Retiro vença em pleno Canindé e que o título venha através dos pés do Náutico, se este tropeçar. Pode ser que venha na outra semana, contra o rebaixado Vila Nova, ou contra o Duque de Caxias, lanterna absoluta desde o início da competição. Ou contra o Icasa, no Ceará. Tanto faz.
O fato é que já fizemos a festa numa épica noite de sexta-feira, contra Ponte Preta. Já somos campeões. O jogo é só para fazer festa, de novo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Time misto do Vasco deixa a desejar

O Vasco entrou em campo ontem à noite pelo jogo de ida das quartas de finais da Copa Sul-Americana. Com um time misto, o time da colina viajou até Lima, no Peru, para enfrentar o Universitário no Estádio Nacional.

Logo nos primeiros minutos da primeira etapa, a equipe peruana começou atacando o gol vascaíno, perdendo boas oportunidades de abrir o placar. Diferentemente do Universitário, o Vasco não entrou em campo com a mesma vontade. Com desordem, os cariocas mal chegavam ao gol adversário.

Aos 37 minutos, de tanto insistir, os peruanos abriram o placar em uma cobrança de pênalti: Torres foi derrubado logo na entrada da área pelo zagueiro Douglas, o árbitro Carlos Vera assinalou o pênalti, convertido por Ruidíaz. Ainda na primeira etapa, Torres, infernizando a zaga vascaína, quase amplia o placar com um toque por cobertura no goleiro Fernando Pras, porém, Nilton salvou dando um chutão para fora do gramado.

Na segunda etapa, diferente do que foi visto no primeiro tempo, o time carioca começou melhor, com iniciativas de gol, quase igualando a partida em falta batida por Bernardo. Mas a chance perdida mesmo veio aos 12 minutos, quando Alecsandro recebeu um ótimo passe de Allan, mas o atacante acabou chutando na rede pelo lado de fora.

Como diz o ditado “quem não faz toma”, os jogadores da colina viram Torres, o capetinha da partida, ampliar o placar. O jogador recebeu de Fano e tocou na saída de Prass, deixando os times da casa mais a vontade no placar. Após ter feito o segundo gol e o Vasco voltando à desordem, o Universitario só administrou o placar, esperando o término da partida.

Com a derrota por 2 a 0 , o Cruzmaltino precisa vencer o jogo de volta por uma diferença de três gols para chegar às semi-finais da Copa Sul-Americana. O jogo acontece na próxima quarta-feira, em São Januário.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vou torcer pra Ponte

No final de semana a Ponte Preta joga no Moisés Lucarelli com o Americana, um desses timinhos de empresários que vivem perambulando de cidade em cidade atrás de uns trocados. Se ganhar, mantém agonizando as remotíssimas chances de tirar o título da Portuguesa. No caso de qualquer outro resultado, é caixão e vela preta. Ou melhor, verde e vermelha.

Aí você deve dizer assim: "Esse patrício bateu a cabeça, só pode! Por que raios vai torcer pela Ponte, se o resultado negativo da Macaca beneficia a Lusa?"

É simples, pá! Se a Ponte não ganhar, seremos campeões sem entrar em campo. E que graça tem isso? Eu quero ver o Canindé pintado de rubro-verde mais uma vez, como foi contra a mesma Macaquinha, que valorizou nossa vitória e nossa festa de sexta-feira passada.

Um Canindé tomado por uma aura especial, como se víssemos Dener e Enéas desfilando pelo relvado do Oswaldo Teixeira Duarte.

Eu quero ver o mesmo brilho nos olhos de toda a malta orgulhosa que lotou as bancadas do Monumental do Pari. Que passou 90 minutos a cantar. Que torce pra Lusa bebendo vinho.

Que cantou o hino da Portuguesa, o feito pelo Roberto Leal, mesmo sem saber direito a segunda estrofe. Que abraçados, uns aos outros, choraram de alegria e expurgaram toda uma década de amarguras e decepções.

Este é o Canindé que eu quero ver de novo contra o Sport, Duque de Caxias ou Barcelona. Um Canindé nosso, pleno de alegria, para que cantemos a plenos pulmões que é uma casa portuguesa, com certeza.

Por isso vou torcer pra Ponte. Para poder gritar, de novo, agora sem as inconvenientes formalidades matemáticas, 'é campeão!', junto da minha gente.

domingo, 30 de outubro de 2011

Noite de reencontros

Foi a noite dos reencontros. Com o Canindé lotado, com a alegria, com uma torcida que apoiou o tempo todo, mesmo nos momentos menos felizes, com um time que nos fez sentir, outra vez, o orgulho por torcer pela Portuguesa.

Há muito tempo que nada disso acontecia no Canindé. Exceto por um ou outro momento isolado, em conquistas pouco significativas, tudo o que se passava nos quiosques lusos me afastou do clube.


Em todos os sentidos, seja por problemas de saúde ou por decepções com algumas pessoas. Seja por força de ofício ou pelo simples desgaste, as coisas caminharam para que o amor incondicional virasse imparcialidade.


Mas o jogo de sexta-feira foi especial. Foi mágico. Nunca senti tanto orgulho por torcer pela Portuguesa. Ver o Canindé tomado pela torcida, a garra de um time tão superior, a reconquista do respeito dos adeptos dos outros distintivos, que ou nos olhavam com desdém ou com pena.


Foi a noite dos reencontros: com as pessoas que há muito não via, com o brilho nos olhos de todos os que tomaram as bancadas do estádio luso e, principalmente, com o amor incondicional pela Portuguesa.

Arquivo pessoal

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A culpa é de quem?

Fico abismado com a falta de comprometimento por parte dos jogadores do São Paulo. Ontem, novamente o time jogou mal, sem vontade de estar em campo, sendo que a partida valia uma vaga para as quartas de finais da Copa Sul-Americana.

Depois de perder por 2 a 0 para o Libertad, no jogo de volta das oitavas de final, em Assunção, começaram os falatórios sobre a falta de comprometimento dos jogadores são-paulinos, mas essa falta de empenho vem acontecendo muito antes, no próprio Campeonato Brasileiro.

São sete partidas sem vencer, ocupando a 6º colocação na tabela. Após a diretoria demitir Adilson Batista do cargo de treinador, veio o velho e conhecido Emerson Leão. Porém, me pergunto se o problema está realmente nos treinadores ou nos próprios jogadores, até porque nomes como Ricardo Gomes e Paulo César Carpegiani também passaram pelo Morumbi e de nada adiantou.

Sinceramente, o elenco não é ruim, quem me dera se o Palmeiras tivesse um elenco como o do São Paulo. Mas, parece que os jogadores não querem nem ao menos uma vaga na Libertadores do ano que vem.

“Se não houver melhora, vou trocar o time inteiro”. Essa foi a frase usada pelo presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, em entrevista a rádio Estadão ESPN há dois dias. Até onde me lembro o mesmo disse no ano passado a mesma coisa, quando o tricolor não conseguiu de fato uma vaga para a Taça Libertadores desse ano.

Quer dizer, se o problema está no comprometimento dos jogadores, por que mandou embora três treinadores?

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A história continua

Entra ano e sai ano, mudam jogadores, técnicos, até mesmo diretoria, mas o que não muda nos lados do Palestra Itália são as crises internas. Teve vice-presidente querendo mandar em tudo e presidente adotando o estilo comunista. Fora a oposição, que faz de tudo para criar intrigas, uma verdadeira zona.

Passaram pelo trono nomes como Mustafá Contursi, Affonso Della Monica, Luiz Gonzaga Belluzzo e atualmente Arnaldo Tirone. Todos esses envolvidos em brigas com diretores, conselheiros e treinadores.

O que me impressiona é a capacidade dessas pessoas em fingir que se preocupam com a Sociedade Esportiva Palmeiras, sendo que a única preocupação é pensar em si mesmo, prejudicando o clube.

Desses últimos presidentes que citei, além do velho e muito conhecido Mustafá, me chama a atenção a gestão de Alberto Tirone, que aparenta não se preocupar com as crises que o Palmeiras vem enfrentando, seja com treinador, jogador e torcida.

Um presidente que não mostra firmeza quando a coisa engrossa, deixando tudo nas mãos do vice-presidente, Roberto Frizzo, para o mesmo ir até a mídia e tentar esclarecê-las, mas que na verdade é mais um gato pingado ali no meio que gosta de briguinhas.

Com isso, a imagem do Palmeiras vai se desgastando. Portanto, cabe apenas aos torcedores protestarem de forma inteligente para uma melhora interna do clube, e continuar torcendo sem perder a fé por um futuro melhor.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Viramos a faixa

Viramos a faixa. Finalmente. Desde a queda, em 2008, a exigente e chata torcida da Portuguesa passou a colocar a faixa virada de ponta-cabeça. Era a forma de protestar não só contra a queda após apenas um ano na elite, mas a série de desmandos, erros e sacanagens que fizeram da Lusa um time qualquer, sem essência, sem respeito nem dos adversários tampouco de si própria.______________________


Depois foram dois anos batendo na trave, ficando pelo caminho por um ponto, na quinta colocação, perdendo para os Vila Novas, Campinenses e Duques de Caxias da vida, em casa. E o Canindé sempre virava um inferno, com a torcida jogando contra. E a faixa continuava virada.___
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Mas como condenar a atitude após quase 40 anos em jejum? A torcida é o espelho do time. E os apupos e vaias, tão criticados por mim, nada mais eram que o amor sob protesto. Pior seria a indiferença, mas esta sempre passou ao largo das frias bancadas do Canindé. Mesmo assim, a faixa continuava virada.______________________________

Mas este ano foi diferente. A torcida vestiu, literalmente, a camisa e jogou junto, de verdade, como a brilhante campanha de marketing colocou no próprio manto luso. Manto este inspirado nas cores de Portugal. Sim, nossos ascendentes são portugueses, com muito orgulho, com raça e com trabalho. E foi com trabalho que voltamos. E o melhor: jogando muita bola. Com Jorginho e com Edno, os maiores símbolos desta equipa de gigantes.




Que a Série-B seja apenas um rico capítulo da nossa história. Que seja o ponto de partida para voltarmos a ser grandes. Voltarmos não a ter orgulho, pois nunca o perdemos, mas a mostrar, de cabeça erguida, a Cruz de Avis da nossa camisa. Viramos a faixa. Viramos a página.

Imagem: Web Rádio Lusa

Hoje é dia de subir, Lusa

Chegou o dia. Hoje a Portuguesa terá a chance de ratificar a sua volta para a divisão principal do futebol brasileiro. O adversário será, curiosamente, o Vitória, que é treinado pelo Benazzi, que foi o responsável pelo último acesso luso, ainda em 2007.

Matematicamente ainda não será hoje, mas a matemática não joga, e quando joga, o faz mal pra caramba. A condição não é aritmética, é técnica. O quarto colocado não fará mais que 63 pontos, e a Lusa já tem 61.

Honestamente, não sei quais são os desfalques. Só sei que o Ananias está suspenso, por causa da cartolina encarnada que tomou diante do BOA, na terça-feira passada. Não sei nem quem entra, se é o Timbó, o Ivo ou o Lucas Gaúcho. O fato é que, quem entrar, terá a oportunidade de fazer história.

A campanha é fantástica: são 61 pontos, 17 vitórias, apenas três derrotas, 62 gols marcados, 33 de saldo. No primeiro turno, igualou as marcas de Corínthians, em 2008, e Vasco, em 2009, com 38 pontos.

Ninguém no Brasil tem números tão expressivos. É claro que os adversários não são do mesmo nível dos times da Série-A, mas o investimento no time também não é. A comparação, portanto, deve ser proporcional.

Com números tão superlativos, que a torcida faça a sua parte, seja em números, seja em animação. Que cada um dos pouco mais de 5 mil lusos que estarão no Monumental do Pari nesta noite fria e talvez chuvosa de terça-feira valham por 10.

Hoje é dia de torcer pra Lusa bebendo vinho. É o dia A, de acesso.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O purgatório, de novo

Acabou a fase de grupos das Eliminatórias para a Eurocopa de 2012. Das seleções ditas grandes, a única que ainda não se apurou foi Portugal, que conhecerá na quinta-feira seu adversário na repescagem, em sorteio a ser realizado pela UEFA em Cracóvia, na Polônia. _______________
Portugal está no pote 1, dos cabeças-de-série, ao lado de Croácia, Irlanda e República Tcheca. No outro pote estão Bósnia-Herzegovina, Estônia, Montenegro e Turquia.

Qualquer que seja o adversário, Portugal terá que, em primeiro lugar, resolver seus problemas internos, problemas estes que impediram a Selecção das Quinas de apurar-se de forma direta, tendo que passar, pois, novamente pelo purgatório da repescagem.


Começou com a demissão muito mal ajambrada de Carlos Queiroz por causa do episódio em que ele mostrou-se contrário à realização de um exame antidoping promovido pela própria Federação Portuguesa durante a preparação para o Mundial da África. Por causa disso, os lusos debutaram na fase de apuramento sem treinador, conseguindo a proeza de empatar em quatro golos com o Chipre, em casa, e perderam para a Noruega.



Não que eu fosse favorável à manutenção do selecionador após o fiasco da Copa da África, mas o fato é que Portugal perdeu tempo para definir o seu substituto. Chegou o Paulo Bento e o comboio luso voltou aos trilhos, até o desentendimento que culminou com a saída do zagueiro Ricardo Carvalho da equipa.

Antes da crise, com Carvalho e Paulo Bento juntos, foram três vitórias, contra Islândia (3-1), Dinamarca (3-1) e Noruega (1-0). Após o afastamento do jogador do Real Madrid, a fragilidade do sistema defensivo português ficou flagrante nos cinco golos que Portugal tomou nos jogos contra a Islândia e Dinamarca.

Portugal não pode prescindir do Ricardo na zaga. Então eles que se resolvam e esqueçam as rusgas, sob pena de ficarmos de fora, pela primeira vez, da fase final de uma Eurocopa, e que nossos egrégios avós nos guiem à vitória.




sábado, 8 de outubro de 2011

Quase lá


Falta pouco, muito pouco, pouco mesmo. Portuguesa e Portugal estão a um jogo, apenas, de conseguirem suas respectivas apurações para a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro e para a Eurocopa, ambas no ano que vem. E tanto Lusa quanto Portugal venceram seus compromissos de sexta-feira.

Jogando em Recife, a equipa dirigida pelo Jorginho levou um sufoco desgraçado do desesperado Salgueiro, mas voltou a São Paulo com os três pontos na bagagem, somando agora 60, mesmo desfalcada do maestro Marco Antonio e do seu regra 3 imediato, Ivo. Wéverton teve outra atuação de destaque e a barra salvou-nos, mas a fase é boa e a sorte tem vestido as cores rubro-verdes.

Matematicamente a vitória da Lusa contra o Boa-MG ainda não garantirá a vaga, mas as projeções apontam 62 pontos para, pelo menos, a quarta colocação. Faltam-nos nove jogos e estamos, à condição, 11 pontos à frente da Ponte Preta, a segunda equipa melhor classificada, e 15 a mais que o adversário de terça-feira próxima.__
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Já a equipa das Quinas venceu a fraca Islândia por 5 a 3, no estádio do Dragão. A vitória não foi tranquila, pois mesmo abrindo 3-0 ainda na primeira parte, com Nani (2) e Helder Postiga, e atirando uma bola à barra logo após o reinício do jogo, os comandados de Paulo Bento esmoreceram e viram os islandeses encostarem no marcador. Dois golos nos últimos 10 minutos, com João Moutinho e Eliseu, devolveram a calma aos lusos que foram à Cidade Invicta. Os três tentos permitidos aos gajos da Terra do Gelo mostram o quanto a defesa portuguesa é frágil e depende da volta de Ricardo Carvalho. Que ele e o selecionador Paulo Bento se entendam, pois é Portugal quem perde com essa rusga......
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Também na terça, Portugal vai à Copenhagen defrontar os co-líderes do Grupo-H. A Dinamarca tem os mesmos 16 pontos de Portugal e avançam apenas se vencerem, pois o saldo da equipa lusa é melhor (10x8). Não será fácil, pois os nórdicos venceram suas três partidas em casa e não sofreram golos. Mesmo em caso de desaire, teremos que torcer pelo tropeço da Suécia contra a Holanda, que venceu seus nove jogos, para apurarmo-nos como melhores segundos colocados......


Terça-feira, portanto, é dia de decisão. Dia tenso, de sorriso forçado e pulsação máxima, com a concentração afetada e pensando em futebol o dia todo. Isto posto, senhores, é hora de tirar o bacalhau da água, preparar os bolinhos e deixar as sardinhas prontas para assar. Falta pouco, muito pouco, pouco mesmo.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Contagem regressiva



A contagem regressiva está no final. A Portuguesa deu mais um passo na caminhada para voltar à Primeira Divisão. A vítima da vez foi o alagoano ASA, de amargas lembranças aos nossos inquilinos palestrinos. Duas bolas a zero, passeio na segunda parte e mais três pontos na algibeira.


Como tem sido constante, a primeira parte foi duríssima. Os comandados de Jorginho encontraram um adversário bem postado, que sufocava a saída de bola, mas que pouco chegou ao golo de Wéverton. Seria difícil manter o mesmo ritmo no jogo todo.


A cidadela alagoana ruiu logo após a volta do balneário, com o golo de Henrique. Depois disso, um caminhão de golos desperdiçados - dos dois lados -, até o becão Rogério fechar o caixão, perto de meia hora de jogo. Dali em diante foi parar de gastar a bola para gastar o tempo.


Notem que, mesmo com o marcador favorável, a Lusa deu hipóteses ao ASA, da mesma forma que ocorreu contra o São Caetano. Mais uma vez a ansiedade atrapalhou. E este parece ser o maior, senão o único, adversário da equipa rubro-verde para alcançar os seus objetivos na temporada.

A tristeza e o olhar

A tristeza é um dos estados de espírito mais nobres que existem. É sincera, verdadeira. Ninguém consegue inventá-la. Só é capaz de demostrar quem a sente de verdade. Até uma lágrima pode ser dissimulada. Um semblante fechado, sombrio, tudo isso é capaz de ser produzido. Mas não um olhar.

Um olhar triste pode parecer perdido, em busca do nada, mas na verdade está voltado para dentro de si mesmo, pois é lá que procura as respostas, embora quase nunca as encontre.

Não se deve desprezar a tristeza, da mesma forma que é perigoso superestimá-la. Como um bom vinho, deve ser apreciada na medida certa: menos é desperdício, enquanto que mais é perigoso tornar-se refém.




Como o vinho é cantado no fado, a tristeza só faz mal a quem a julga ser ninguém e dela faz pouco. Mesmo porque um sentimento tão puro não deve ser tratado de qualquer forma, pois não é a esmo que surge.

Surge, pois, numa perda de um ente querido, de um sonho, de um amor. Também, e principalmente, quando o sonho e o amor na realidade são um só. Esta é a mais dolorida. E também é a mais bela de todas, a mais digna.

Cada um reage de uma forma, conforme é sua tenacidade, sua maneira de ver e sentir. Seja como for, portanto, merece todo respeito e consideração. E mais uma vez como o vinho, deve ter seu tempo de amadurecimento, de cura, sob pena de, caso não seja conservada da maneira correta, virar vinagre e perder seu sabor e essência.

Ela mora dentro do peito, mas pode ser vista pela janela do coração, que é o olhar. Um olhar triste, verdadeiro, leal. Leal como a tristeza. Leal como o amor.

domingo, 2 de outubro de 2011

Vacilo no ABC

A Lusa desperdiçou uma oportunidade gigantesca de abrir ainda mais vantagem sobre a concorrência na Série-B. Mesmo estando três vezes à frente no marcador, permitiu que o São Caetano buscasse a igualdade e o jogo disputado no ABC paulista acabasse empatado em 3 a 3.


O jogo esteve sempre à mercê da líder do campeonato. O golo de abertura do escore não demorou para sair, o que deveria dar tranquilidade aos comandados de Jorginho. No entanto, menos de 10 minutos depois de Ananias marcar, Kleber empatou para o Azulão. Ainda na primeira parte o mesmo Ananias recolocou os visitantes na frente, e o placar foi mantido até o meio-tempo.


Pela posição privilegiada na classificação, a Portuguesa deveria voltar do intervalo tranquila, com a posse de bola e fazendo o São Caetano correr atrás. Afinal, a posíção que os anfitriões ocupam na tabela, abaixo da linha d'água, é que faria o time do ABC obrigar-se a atacar, pois o empate não lhe era um resultado interessante, mesmo contra o ponteiro do torneio.


Poderia, assim, a Lusa especular e matar o jogo nos contragolpes. Condição para isso tinha: a espinha dorsal da equipa estava em campo, com Guilherme, Marco Antonio, Ananias, Henrique e Edno, o que significa que Jorginho pode escalar o time da forma que mais gosta, com Guilherme e Boquita à frente da zaga, os laterais Marcelo Cordeiro e Luis Ricardo podendo avançar e tramar as jogadas de ataque com os meias Ananias e Henrique, abertos ou afunilando, coordenados pelo meia Marco Antonio, que funciona como o eixo da meia cancha rubro-verde, auxiliado (muito bem) pelo Edno, único avançado da equipa, e que ainda volta pra abrir espaços e bater de fora.


Logo, estava tudo a favor, mas faltou o essencial: serenidade. Bruno Recife, de lembranças pouco saudosas aos adeptos lusos empatou no inicio da segunda parte. Henrique marcou o terceiro da Lusa, que não soube segurar o ímpeto de um adversário desesperado e inferior, que tinha o atacante Kléber em tarde inspirada. Às vezes a Portuguesa passa a sensação de que resolverá a parada a qualquer momento, o que não é verdade. A vantagem colossal que tem no campeonato foi criada com muita luta e seriedade, o que faltou no Anacleto Campanela.


A invencibilidade é de 10 partidas. Entretanto, são apenas quatro vitórias. Não que o acesso esteja posto em risco, mas o título ainda está aberto. Que os tropeços, sobretudo o de sábado, abram os olhos do time e a taça venha o quanto antes, sem sustos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sorriso Verde e Amarelo


Depois de muito tempo, confesso que fiquei empolgadíssimo com os próximos jogos da Seleção Brasileira. Tudo por conta da vitória de ontem à noite sobre nossos hermanos queridos, conquistando o troféu no Superclássico das Américas. Com um time mais leve e objetivo, o Brasil ganhou da Argentina pelo placar de 2 a 0, no estádio Mangueirão, em Belém, com gols de Lucas, que poderia ser velocista, e de Neymar, cujo corte de cabelo não tem definição.

Não levo em conta o placar, poderia ter sido apenas 1 a 0, mas ressalto a maneira com que os jogadores do Brasil entraram em campo. No primeiro tempo, os hermanos só queriam se defender, e quando ameaçavam dar trabalho ao gol de Jefferson, o mesmo defendia como um digno goleiro de Seleção ou a zaga tirava com confiança. No caso da Seleção Brasileira, só faltava mesmo o gol, pois as jogadas eram criadas, o que não acontecia em jogos anteriores.

Ainda no primeiro tempo, comecei a perceber que ali estava uma equipe diferente, confiante, criativa e querendo vencer o jogo. Veio o segundo tempo e pude falar o que estava engasgado há muito tempo: esse é o Brasil que todos queremos ver. Esse é o time que impõe respeito.

Penso que já passou da hora de o Mano Menezes olhar com mais atenção para os jogadores que fazem a diferença e aos que não fazem, pois está na hora de definir o elenco para o restante dos amistosos, Copa das Confederações e Copa do Mundo.

Sem me alongar, parabenizo os jogadores pela vitória, destacando o lateral-esquerdo Cortês e o atacante Borges, que entraram em campo com personalidade.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Terça-feira gorda

Em um dia de tantos assuntos, não poderia ficar apenas comentando o jogo da Lusa. Teve a lei da mordaça, implantada pelo Felipão, no Palmeiras, a suíte do pedido de dispensa do Mário Fernandes do time caseiro da CBF, a rodada da Champions, com direito à ressurreição do Kaká, a vitória do Benfica e a esperadíssima falta de profissionalismo de Tevez, no City.


Começando pelo Palmeiras, onde todo mundo grita e ninguém tem razão, não por falta de pão, mas de controle, Luís Felipe Scolari baixou determinação proibindo declarações dos jogadores à imprensa. A desculpa, esfarrapadíssima, por sinal, é que assim evita-se declarações polêmicas de alguém do grupo antes do jogo contra o lanterna América Mineiro.


O estopim foram as declarações do atacante Kléber, que reclamou de o time só fazer golos de bola parada. Falando em golos, o Gladiador não os marca há 100 dias. Muita resenha, pouca bola e nenhum respeito pelos companheiros. Felipão, perdido, não percebe que não será amordaçando o elenco que resolverá o problema. O buraco é muito mais embaixo: está na politicagem do clube, onde todo mundo manda, ninguém obedece e é o próprio Palmeiras quem perde com isso.


No Grêmio, Mário Fernandes voltou aos treinos um dia após dar uma bica na seleção caseira da CBF. Tudo o que tinha que ser dito a respeito o foi ontem. A vida segue, o lateral gremista terá outras chances com a camisa amarela e a seleção continuará agonizando na banalização promovida pela própria CBF, que conseguiu a proeza de transformar um Brasil x Argentina em um Araçatuba x Paysandu, só para manter as cores dos fardamentos.


Indo para o Velho Continente, rodada nobre pela Liga dos Campeões, com destaque para a vitória do meu Benfica (apenas porque é meu time), contra o romeno Otelul Galati, a ressurreição do futebol de Kaká na vitória madridista diante do Ajax, em dia de show do trio Ronaldo-Kaká-Benzema, e de mais uma molecagem do argentino Carlitos Tevez, que se recusou a entrar em campo na derrota do nanico endinheirado Manchester City para o enorme e fortíssimo Bayern de Munique.


A atuação do meia merengue é um alento para a Seleção, pois não há um meia sequer capaz de segurar o rojão. Kaká pode ser esse homem. Ganso é uma incógnita e Ronaldinho Gaúcho liderando o Brasil é uma piada de gosto extremamente duvidoso.


Em Munique, Tevez fez o que sempre fez: deu uma banana para o contrato que assinou e forçou, mais uma vez, a saída de mais um clube, como já fez no Boca, no Corínthians e no Manchester United. O clima é insustentável e o treinador Roberto Mancini disse que, com ele, Carlitos não joga mais. Agora ou o City o vende por um preço bem baixo ou vai ficar rasgando dinheiro com um ótimo jogador (e péssimo profissional) mofando, encostado.


Para fechar o dia, nada melhor que mais um espetáculo da Lusa. De manto novo e futebol à moda antiga, atropelou o Goiás no Canindé e abriu seis pontos do Náutico, segundo colocado. Rogério, Henrique e Marcelo Cordeiro marcaram, numa noite em que o maestro Marco Antonio desfalcou a equipa e Edno perdeu um comboio de golos, mas participou de dois dos que foram anotados. Mais Barcelusa do que nunca, o grená da camisa nova combina perfeitamente com o azul do céu que cobre as águas calmas que a nau lusitana navega em busca do porto seguro da primeira divisão.

sábado, 24 de setembro de 2011

Golzinho Cearense

Na última quinta-feira os palmeirenses respiraram um pouco mais aliviados com a vitória perante o Ceará. Foi um placar magrinho, é verdade, 1 a 0 no Canindé, com gol contra do zagueiro Thiago Matias, mas serviu para dar animo aos jogadores e encerrar um jejum de cinco partidas sem vencer. 
Os comandados de Luis Felipe Scolari jogaram um futebol raçudo, no qual a habilidade nem entrou em campo, como de costume. Porém, devido às turbulências nos últimos meses, não seria necessário apresentar um futebol arte, mesmo porque os jogadores que lá estão não possuem essa capacidade, mas era preciso dar uma resposta a torcida alviverde, ainda mais jogando no "seu" estádio.

Como um bom técnico gaúcho, Felipão armou muito bem sua defesa, fazendo com que seus pupilos marcassem bravamente os jogadores do Ceará, mas pecou quando escalou quatro atacantes, sendo que um deles ficaria com a função de armar o time. O atacante menos cotado para isso seria Kléber, devido ao seu estilo de jogo, mas foi ele quem ficou encarregado dessa tarefa. Resultado: não acrescentou em nada na partida. Sendo assim, o Palmeiras usou da sua melhor arma: cruzar a bola na área e quem pegar, pegou.

Quem sabe depois dessa vitória, a competência dos jogadores volte a circular pelos lados palestrinos. Mas calma, palmeirenses, ainda há muito uniforme para sujar dentro de campo.