terça-feira, 15 de novembro de 2011

Em casa que falta pão


De acordo com a sabedoria popular portuguesa, quem fala demais dá bom dia a cavalo. No Palmeiras as coisas andam mais ou menos neste sentido. E graças a uma das estrelas da companhia, o atacante Kléber.

O Gladiador entrou em rota de colisão com seus superiores, sejam diretores ou o técnico Felipão, e desde então a coisa desandou. Tirando os dias contados a partir do afastamento após a briga com o treinador, foram mais de 100 sem marcar um golzinho sequer.


É ponto pacífico que, para ser polêmico, alguém tem que ser indispensável, o que não é o caso do camisa 30 (por enquanto) do Verdão. Kléber não resolve os problemas do clube há muito tempo. E assim foi em todos os times por onde passou: São Paulo, Dínamo de Kiev, Cruzeiro e o próprio Palmeiras. É um jogador que tem uma técnica apenas razoável e uma raça que às vezes descamba para a violência quase desleal. E suas atitudes têm deixado um ambiente já hostil, de um time que não ganha há quase dois meses, ainda mais carregado.


Muita da culpa passa pela diretoria do próprio Alviverde. Quando o ranheta atacante foi a público vomitar os maiores impropérios em cima do vice-presidente Roberto Frizzo, o correto seria a diretiva verde puxar-lhe a orelha. E o que fizeram? Sob as bênçãos de Felipão passaram-lhe uma permissiva mão na cabeça e aí foi dado o cartão verde para o Gladiador.



Foi só mais um capítulo da esbórnia que se tornou o Palmeiras, desde que Thiago Neves deu de ombros para o contrato assinado e picou a mula para o Oriente Médio. O argentino Martinuccio fez o mesmo e foi para o Tricolor Carioca, atual time do Thiago Neves. Teve também o capítulo da agressão ao volante João Vitor, onde ninguém teve razão.


Casa em que falta o pão é assim mesmo. Mas no caso o que falta não é pão, é comando.

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