quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Medalha de lata

Vergonhosa. Lamentável. Bisonha. Ridícula. Esses e outros adjetivos que o valham podem  perfeitamente ser usados para definir a participação da pseudo-Seleção masculina de futebol na Olimpíada de Pequim.

A começar pela preparação, pois o "treinador" foi definido pouco antes dos jogos. Se com o treinador foi assim, dizer o quê dos jogadores? Não houve tempo pra que se fosse ajeitada a equipe brasileira. Não havia sequer uma equipe!

O que se viu foi um catado. Não houve amistosos contra seleções gabaritadas, apenas um joguinho mequetrefe contra a seleção do Campeonato Brasileiro, outro mais sem-vergonha ainda contra um catadão do Rio, mais dois pseudo-amistosos contra pseudo-seleções. Sem contar a ação entre amigos pra recuperar e dar ritmo de jogo ao ex-melhor do mundo Ronaldinho Gaúcho - a propósito, ele ainda vive daquele gol que marcou contra a temida e igualmente garbosa Venezuela, na Copa América de 99, e do gol espírita que fez no Seaman, pelas Quartas-de-Final da Copa de 2002.

Quem agradeceu foi o Milan, seu novo clube. O gaúcho, aliás, jogou o de sempre, ou não jogou, o que, cá entre nós, é a mesma coisa. Apareceu (pouco) no formidável amistoso contra o Vietnã. Já contra a violenta Bélgica e seu ferrolho quase não foi notado em campo. Assim foi contra a China e a Nova Zelândia, também. Já no jogo que definiu o destino tupiniquim, contra nuestros hermanos, no único jogo de verdade, ficou tocando a bola horizontalmente. Escondeu-se do jogo e pra falar a verdade, só foi notado quando atendeu o telemóvel, no pódio. Isso mesmo: no pódio! Foi sintomático! Serviu pra que nós, meros e tolos torcedores, víssemos a importância que essa gente dá para a Seleção. Um verdadeiro papelão.

E pra coroar o espetáculo dantesco protagonizado por nossos "heróis", deram uma banana pro COI e foram receber as medalhas usando a camisa com o distintivo da CBF, que o mesmo órgão proibira, coberto com uma espécie de adesivo ou qualquer coisa que o valha. Quem eles pensam que são? Quiseram peitar o COI, da mesma forma que peitaram a história do futebol brasileiro.


Restou-lhes engolir a própria empáfia e aplaudir a bicampeã Argentina, que se preparou decentemente e fez por merecer a honraria.

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