quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sobre fantasmas

Essa semana, o ex-todo poderoso do Vasco da Gama, Eurico Miranda, reapareceu na mídia ao fazer ameaças diretas ao atual presidente do clube da colina, Roberto Dinamite. Entre outros impropérios, o que mais chama a atenção é o truculento Euricão querer imputar a Dinamite a péssima situação atual o clube, inclusive afirmando, em recado direto, que irá acabar não só com a vida política, mas também com a vida particular do dirigente caso o Vasco seja rebaixado para a segunda divisão do futebol brasileiro.

O que me estranha não é a atitude do ex-presidente e dublê do igualmente indigesto Hugo Chávez, aquele que se fez Rei da outrora democrática Venezuela. Isso é bem do seu feitio. Causa-me espécie mesmo é esse troglodita (que me perdoem os trogloditas) ainda encontrar espaço pra poder destilar seu veneno por aí. Nada contra o repórter da rádio Bandeirantes que fez a entrevista, mas eu não teria estômago para tanto.

Eurico deve ter se acostumado aos tempos de deputado, quando assistido pela im(p)unidade parlamentar fazia e dizia o que bem lhe conviesse. Agora os tempos são outros, embora a justiça seja a mesma. O que ele reluta em admitir é que está morto. Sua morte política foi decretada nas urnas, há dois anos, quando não conseguiu se reeleger. Sua morte esportiva se deu quando o grupo do Dinamite assumiu o poder no Vasco.

O ápice do desespero é atirar pra tudo o que é lado, querendo se esquivar da culpa por ter deixado um clube tão grande, como é o Vasco, na penúria em que está. Os tiros, porém, só acertarão seu próprio pé, mas ele nem sentirá. Afinal, fantasmas não sentem.

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